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Conjuntura

- Publicada em 19 de Setembro de 2022 às 10:29

Projeção para IPCA de 2022 cede de 6,40% para 6,00% no Focus do BC

Para 2022, a estimativa para alta do IPCA foi reduzida pela 12ª semana seguida, de 6,40% para 6,00%

Para 2022, a estimativa para alta do IPCA foi reduzida pela 12ª semana seguida, de 6,40% para 6,00%


Luiza Prado/JC
Agência Estado
A dois dias da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), o Boletim Focus do Banco Central mostrou mais uma vez uma melhora das expectativas de inflação para 2022 e 2023, ao mesmo tempo em que apontou deterioração para 2024, para onde caminha o horizonte relevante de política monetária.
A dois dias da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), o Boletim Focus do Banco Central mostrou mais uma vez uma melhora das expectativas de inflação para 2022 e 2023, ao mesmo tempo em que apontou deterioração para 2024, para onde caminha o horizonte relevante de política monetária.
Para 2022, a estimativa para alta do IPCA - índice de inflação oficial - foi reduzida pela 12ª semana seguida, de 6,40% para 6,00%, reflexo das desonerações patrocinadas pelo governo para baixar combustíveis e energia e também do recuo dos preços de gasolina.
Há um mês, a projeção era de 6,82%. Em relação a 2023, a mediana recuou pela quinta semana consecutiva, de 5,17% para 5,01%, contra 5,33% quatro semanas antes.
Considerando somente as 104 estimativas atualizadas nos últimos 5 dias úteis, a mediana para 2022 passou de 6,06% para 5,93%. Para 2023, variou de 5,05% para 5,00%.
Contrariando o movimento firme observado nas projeções para 2022 e 2023, a mediana para o IPCA de 2024 avançou pela terceira semana seguida, de 3,47% para 3,50%, contra 3,41% há um mês. A previsão para 2025 permaneceu em 3,00%, porcentual igual ao de 62 semanas atrás.
Apesar da melhora considerável nas últimas semanas, as medianas divulgadas na Focus continuam a apontar para três anos consecutivos de estouro da meta, após o descumprimento do mandado do Banco Central em 2021, com o IPCA de 10,06%.
O alvo para 2022 é de 3,50%, com tolerância superior de até 5,00%, enquanto, para 2023, a meta é de 3,25%, com banda até 4,75%. Já para 2024 e 2025, a meta é de 3,00%, com intervalo de 1,5% a 4,5%.
No Copom de agosto, o BC atualizou suas projeções para a inflação com estimativas de 6,8% em 2022, 4,6 % em 2023 e 2,7% para 2024. O colegiado elevou a Selic em 0,50 ponto porcentual, para 13,75% ao ano.

Previsão de alta do PIB de 2022 sobe de 2,39% a 2,65% no Focus do BC

 
Após a divulgação dos dados de atividade de julho, o mercado financeiro continuou a melhorar as estimativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 no Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (19).
A projeção para a alta do PIB em 2022 saltou de 2,39% para 2,65%, 12ª alta seguida, contra 2,02% há um mês. A estimativa para a expansão do PIB em 2023, por sua vez, continuou em 0,50%, ante 0,39% um mês antes.
Considerando apenas as 68 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2022 avançou de 2,61% para 2,70%. No caso de 2023, houve 67 atualizações nos últimos cinco dias úteis, com variação da mediana de 0,55% para 0,50%.
O Relatório Focus ainda mostrou redução na projeção para o crescimento do PIB em 2024, de 1,80% para 1,70%. Para 2025, a mediana foi mantida em 2,00%. Quatro semanas atrás, as taxas eram de 1,80% e 2,00%, respectivamente.
Resultado primário
A pesquisa ainda mostrou prognóstico mais favorável para a relação entre resultado primário e o PIB deste ano, com o superávit previsto subindo de 0,50% para 0,75%. Há um mês, o porcentual era de 0,30% do PIB. Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2022 passou de 6,75% para 6,70%, contra 6,80% de um mês atrás.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.
O relatório ainda trouxe alteração na projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2022. A mediana passou de 59,00% para 58,70%, de 59,00% um mês atrás.
Em relação a 2023, a estimativa para a dívida líquida em relação ao PIB subiu de 63,05% para 63,17%, de 63,65% há um mês. A mediana para o déficit primário continuou em 0,50% do PIB. Para o rombo nominal, a estimativa permaneceu em 7,70% do PIB. Os porcentuais eram negativos em 0,47% e 7,70%, respectivamente, há quatro semanas.

Expectativa para Selic segue em 13,75% para 2022 e em 11,25% para 2023 no Focus

O mercado financeiro continuou a projetar que a taxa Selic deve terminar este ano em 13,75%, seu nível atual, embora o Banco Central (BC) tenha sinalizado que ainda vai avaliar uma possível alta de 0,25 ponto porcentual, para 14%, nesta semana. No Boletim Focus, o porcentual já era de 13,75% há um mês.
Para o fim de 2023, a mediana para a Selic também permaneceu em 11,25%, contra 11,00% há um mês. Considerando apenas as 84 respostas nos últimos cinco dias úteis, a expectativa para o juro básico no fim deste ano também seguiu em 13,75%. Para o término de 2023, as 84 revisões feitas nos últimos cinco dias úteis levaram a mediana de 11,00% para 11,25%.
Há duas semanas, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que a mensagem do último Copom segue válida e que o colegiado vai avaliar um possível novo aumento este mês.
Já o diretor de Política Monetária, Bruno Serra, disse que o BC já foi muito surpreendido neste ciclo de alta da Selic e que é preciso cautela no encerramento.
Conforme o Boletim Focus, a previsão para a Selic no fim de 2024 continuou em 8,00%, mesmo porcentual de um mês atrás. Já a mediana para o fim de 2025 foi mantida em 7,50%, repetindo a taxa de quatro semanas antes.
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