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Turismo

- Publicada em 21 de Julho de 2022 às 15:33

Casa de Pedra é restaurada e se torna ponto turístico em Garibaldi

Local recebeu R$ 652 mil via Lei de Incentivo à Cultura

Local recebeu R$ 652 mil via Lei de Incentivo à Cultura


Família Cercato / Divulgação / JC
Bárbara Lima
Quem gosta de um passeio turístico pela Serra Gaúcha poderá incluir no roteiro mais uma opção de lazer. A Casa de Pedra da família Cercato, localizada na cidade de Garibaldi, foi tombada pelo Governo Municipal de Garibaldi em 2018.
Quem gosta de um passeio turístico pela Serra Gaúcha poderá incluir no roteiro mais uma opção de lazer. A Casa de Pedra da família Cercato, localizada na cidade de Garibaldi, foi tombada pelo Governo Municipal de Garibaldi em 2018.
Agora restaurada, conta com um projeto enogastronômico para que o lugar se torne, primeiramente, destino para degustação de vinhos e espumantes fabricados pela família. Posteriormente, deve se tornar uma Osteria, com previsão de abertura para 2023.
Erguida em meados dos anos de 1890, em meio a uma paisagem deslumbrante no Vale dos Vinhedos, com plátanos que amarelam no outono e lembram um pedacinho da Europa no Brasil, a Casa de Pedra, de 97 metros quadrados (m²), é um marco histórico que representa o passado dos imigrantes italianos que colonizaram a região.
A habitação foi construída pelo italiano João Batista Cercato, oriundo da comuna de Martellago, na região de Vêneto, avô de Adriana Cercato, funcionária pública aposentada. Junto aos filhos e sobrinhos, ela conseguiu com que a casa fosse tombada e virasse patrimônio do Estado.
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Segundo Adriana, esse movimento é o contrário do que geralmente acontece em propriedades da região.
“Fomos atrás do tombamento pelo valor que a casa tem para nossa família e para a história da cidade e do Estado também”, diz a neta de João Batista Cercato. Na casa, cresceram o pai, os tios e os irmãos de Adriana.
“É um sentimento de pertença. As crianças da nossa família, depois que nos mudamos da casa de pedra, continuaram a brincar lá de castelo e de forte apache”, ressalta.
Ao ver a Casa de Pedra totalmente restaurada, Adriana relata um sentimento profundo de felicidade por se tratar de um ponto de encontro tão importante para toda a família e, agora, para quem quiser visitar.
“Eu olho pela janela do meu quarto e percebo que o mundo não é tão grande quanto costumava parecer, mas as memórias são gigantes. Parece uma homenagem para meus pais, tios e avós. É como se eu os mantivesse vivos”, reflete.

Restauração da Casa de Pedra preserva autenticidade da construção

Com um investimento de R$ 652 mil via Lei de Incentivo à Cultura, – LIC do Sistema Pró-Cultura do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, a iniciativa contou com o patrocínio de M.A. Silva, Medlive, Madesa e Sul Nativa Transportes. Com captação de recursos de Jac Sanchotene Marketing Cultural e gestão de projeto de Cult Assessoria e Projetos Culturais, a casa está em reparação desde setembro de 2021 e será entregue à população e à família Cercato pelo governo do Estado em 29 de julho. 
O trabalho, desde projeto e obras, foi liderado pelos arquitetos Patrícia Pasini, Lucas Volpatto e Jaqueline Manica, do Hub Arquitetônico. Volpatto explica que a execução preservou autenticidade da construção colonial.
“O principal era tentar interpretar o imóvel e deixar as facetas autênticas, não é original, pois houveram algumas intervenções, como a telha francesa e a ampliação em anexo, onde será uma cantina”, explica o arquiteto.
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Além disso, outro desafio, de acordo com Lucas, foi resgatar as técnicas utilizadas em Vêneto para manter a fachada de pedras aparentes. “A casa não tem reboco, tivemos que usar técnicas de brechamento, por exemplo”, detalha. Apesar de algumas intervenções, a Casa de Pedra preserva os marcos e as vergas originais.
Para ele, é fundamental olhar para essa arquitetura, definida como vernacular. “Com isso, quero dizer que é uma arquitetura que está na veia dos antepassados que vieram e que, utilizando material autóctone, fizeram algo único”, comenta. 
Adriana ressalta, ainda, que a restauração resgata uma história que não deve ser apenas romantizada. “Foi uma vinda de sofrimento. A casa de pedra é bonita, é de pedra, mas tu imaginas trazer as pedras do Rio Caí até aqui há 130 anos? Se hoje a cidade é um expoente no turismo, é por conta desse trabalho todo. Queremos que as novas gerações conheçam e preservem esse passado”, afirma. 
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