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Energia

- Publicada em 20 de Julho de 2022 às 16:45

Cogeração de energia avança no Brasil

Atualmente, são 646 usinas no País que atuam nessa modalidade

Atualmente, são 646 usinas no País que atuam nessa modalidade


Cogen/Divulgação/JC
Jefferson Klein
A prática da cogeração, em que é possível aproveitar um mesmo combustível para produzir mais de uma forma de energia (por exemplo, térmica e elétrica), tem crescido no cenário nacional. De acordo com dados da Associação da Indústria da Cogeração de Energia (Cogen), o País alcançou neste ano a marca de 20 mil MW de potência instalada nessa modalidade (o que seria suficiente para atender à demanda média de eletricidade de cinco estados como o Rio Grande do Sul).
A prática da cogeração, em que é possível aproveitar um mesmo combustível para produzir mais de uma forma de energia (por exemplo, térmica e elétrica), tem crescido no cenário nacional. De acordo com dados da Associação da Indústria da Cogeração de Energia (Cogen), o País alcançou neste ano a marca de 20 mil MW de potência instalada nessa modalidade (o que seria suficiente para atender à demanda média de eletricidade de cinco estados como o Rio Grande do Sul).
Apesar da evolução, o diretor de Tecnologia e Regulação da Cogen, Leonardo Caio Filho, recorda que a matriz elétrica brasileira é composta por cerca de 183 mil MW de capacidade instalada. “Então, em torno de 11% da matriz elétrica é advinda da cogeração e, quando a gente vê esse número isoladamente, parece bem representativo, mas a média mundial, hoje, é de 16% proveniente de cogeração”, comenta o dirigente. Ou seja, há ainda espaço para essa atividade crescer dentro do Brasil.
Caio Filho detalha que a maior parte da cogeração realizada no País é através das biomassas (matéria orgânica), com um pouco mais de 16 mil MW de capacidade instalada, sendo a cana-de-açúcar o principal destaque, com aproximadamente 12 mil MW. Já com o gás natural a potência em cogeração é de cerca de 3,1 mil MW. O diretor da Cogen ressalta que a energia elétrica oriunda dessa prática pode ser comercializada através de leilões promovidos pelo governo federal para atender à demanda do Sistema Interligado Nacional, pelo mercado livre (formado por grandes consumidores que podem escolher de quem vão comprar) e também destinada ao autoconsumo.
Ele reforça que a cogeração torna a produção de energia mais eficiente. O dirigente cita o caso de uma usina sucroalcooleira, que queima o bagaço da cana, produzindo vapor, que em parte pode ser empregado para a geração de energia elétrica e também é usado no processo industrial da produção de açúcar e etanol. Neste ano, até o momento, levantamento da Cogen aponta um incremento de 558,7 MW em cogeração. São 465,7 MW em novas usinas (o País conta atualmente com 646 plantas dessa natureza) e outros 93 MW em ampliações de capacidade instalada. A projeção é fechar 2022 com a entrada em operação comercial de 807,18 MW. Entre os cinco setores industriais que mais utilizam a cogeração estão o sucroenergético (12.119 mil MW), papel e celulose (3.262 mil MW), petroquímico (2.305 mil MW), madeireiro (832 MW) e alimentos e bebidas (657 MW).
No Rio Grande do Sul, Caio Filho considera que há potencial para a cogeração a partir do biogás (que pode ser obtido a partir de rejeitos como dejetos da cadeia suína e bovina), gás natural e resíduos de madeira. Outra possibilidade que pode se desenvolver, futuramente, é através de cereais voltados à fabricação de etanol. Contudo, o diretor da Cogen recorda que o Estado ainda tem uma participação pequena dentro da potência de 20 mil MW alcançada na cogeração. O Rio Grande do Sul registra cerca de 500 MW em cogeração, o que o coloca na oitava posição do ranking nacional, que é liderado por São Paulo com cerca de 7,5 mil MW. A maior usina gaúcha a cogeração pertence à CMPC e está localizada em Guaíba. Com 250 MW de potência, a unidade utiliza como combustível resíduos do processo de fabricação de celulose, um material conhecido como licor negro.
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