Cinco bairros de Porto Alegre apresentam as maiores taxas de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU): Jardim Europa, Bela Vista, Mont Serrat, Três Figueiras e Moinhos de Vento. Os dados constam em uma pesquisa inédita divulgada ontem pela Loft Dados, núcleo da startup Loft, que concentra análises sobre o mercado imobiliário, a partir de dados oficiais da prefeitura da Capital.
Segundo o levantamento, as ruas Armando Pereira Câmara, no bairro Petrópolis, e Abrahão Melnick, no Rio Branco, e a Travessa Farroupilha, entre os bairros Bela Vista e Partenon, são os endereços com as taxas mais altas do tributo. Nas três vias, o valor anual do imposto ultrapassa os R$ 7,5 mil, podendo chegar a R$ 9,8 mil no caso da Armando Pereira Câmara, que lidera o ranking. O gasto médio com IPTU na cidade é de R$ 503,OO.
Na lista das 20 ruas com o IPTU mais alto, o bairro Bela Vista se destaca, com quase a metade dos endereços figurando no ranking, 8 ruas. Além disso, a área é exemplo de como pode haver grandes variações no valor da taxa em uma mesma região. A mediana do valor anual do imposto na Rua Desembargador Moreno Loureiro Lima é de R$ 5,7 mil. Já na Travessa Farroupilha, localizada a menos de 500 metros, é de R$ 8,3 mil.
O levantamento revelou, ainda, segundo a Loft, as 20 ruas da Capital gaúcha com as menores taxas de IPTU. Nas vias Marechal Francisco Antônio Bitencourt e Lydia Moschetti e na Travessa Gaetano Célia, todas localizadas no bairro Jardim Dona Leopoldina, o imposto anual varia entre R$ 200 e R$ 300. O bairro Jardim Leopoldina concentra reúne oito dos 20 endereços com as menores taxas da cidade.
Entre os bairros com os menores valores de IPTU destacam-se, além do Jardim Leopoldina, Rubem Berta, Sarandi, Santa Maria Goretti e Parque Santa Fé.
O estudo utilizou dados públicos de IPTU disponibilizados pela prefeitura. Para os valores, foi utilizada a mediana (valor que separa a amostra ao meio) de preços.
O IPTU tem cobrança prevista pela Constituição Federal, com base no valor venal da propriedade. A taxa paga pelos contribuintes ajuda a custear investimentos em educação, saúde e obras públicas.
Em Porto Alegre, segundo a prefeitura, do total arrecadado com o imposto, pelo menos 25% são destinados à educação e 15% aplicados em saúde. Os outros 60% são utilizados em serviços prestados à população.