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Energia

- Publicada em 07 de Julho de 2022 às 17:56

OIW cria unidade de distribuição de geradores fotovoltaicos

Produção de energia solar registra desenvolvimento acelerado no País

Produção de energia solar registra desenvolvimento acelerado no País


OIW/Divulgação/JC
Jefferson Klein
 Um dos mercados que mais cresce no Brasil atualmente, o de energia solar, chamou a atenção da OIW, companhia sediada em Taquari e maior importadora de cabos de fibra óptica para telecomunicações do País. A empresa decidiu diversificar suas atividades e constituiu a OIW Solar, que atuará como distribuidora de geradores fotovoltaicos utilizados pelos consumidores que querem produzir sua própria energia.
 Um dos mercados que mais cresce no Brasil atualmente, o de energia solar, chamou a atenção da OIW, companhia sediada em Taquari e maior importadora de cabos de fibra óptica para telecomunicações do País. A empresa decidiu diversificar suas atividades e constituiu a OIW Solar, que atuará como distribuidora de geradores fotovoltaicos utilizados pelos consumidores que querem produzir sua própria energia.
O lançamento do novo braço da companhia foi realizado oficialmente nesta quinta-feira (7), em evento no Shopping Bourbon Country, em Porto Alegre. A estimativa inicial da empresa é atingir a comercialização de cerca de 450 geradores ao mês. Os mercados prioritários neste primeiro momento serão os estados da região Sul e São Paulo e a previsão é da entrada no Sudeste e no Centro-Oeste no último trimestre. A estrutura logística já constituída para a operação na área de Telecom, que conta com seis Centros de Distribuição espalhados por Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia e Ceará, poderá ser também aproveitada para a atividade com os equipamentos fotovoltaicos.
O CEO da OIW, Fabricio Azambuja Ferreira, destaca que a empresa observa o mercado da energia solar desde 2018. Entre os fatores que estão fazendo esse segmento crescer, o executivo destaca a preocupação com as crises energéticas e os sucessivos aumentos das tarifas de energia. “Está se mostrando (a geração própria) um excelente investimento para qualquer consumidor e de qualquer porte”, enfatiza.
O dirigente detalha que o público-alvo da OIW Solar não é o usuário final, mas os chamados integradores, que são os executores dos projetos fotovoltaicos. A nova área de atuação terá um papel relevante dentro da companhia. A OIW alcançou um faturamento de R$ 320 milhões no ano passado e Ferreira adianta que a expectativa é que o segmento solar represente em 2022 cerca de 15% da receita bruta total do grupo e para 2023 a estimativa é que possa alcançar até 30% ou 35%. O executivo adianta que deverão ser gerados de 25 a 30 postos de emprego com a atividade (no momento são 140 funcionários operando nas unidades da empresa).
A OIW trabalhará inicialmente com produtos vindos do exterior. Entre as marcas de equipamentos que serão importados, estão as chinesas Risen e DAH Solar, fabricantes de módulos fotovoltaicos, e a Growatt, de inversores e microinversores. Ferreira prevê que o caminho natural será futuramente a produção nacional de componentes fotovoltaicos aumentar, porém atualmente a importação, devido aos custos mais baixos, ainda é mais competitiva. Ele comenta que a própria OIW não descarta, mais adiante, avaliar a possibilidade de se tornar uma fabricante.
Os preços dos produtos, conforme o executivo, podem variar de R$ 10 mil, para soluções residenciais e de menor consumo de energia, até projetos milionários, dependendo do porte. Já o tempo de retorno do investimento também varia com o consumo de energia do cliente, porém o dirigente destaca que para os consumidores industriais o payback, em geral, está em torno de 35 a 40 meses, para os comerciais de menor consumo de 40 a 48 meses e residenciais de 48 a 60 meses.
O conselheiro nacional da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) e sócio-diretor da Noale Energia, Frederico Boschin, confirma que esse retorno financeiro, em um prazo não muito longo, é um dos fatores que têm atraído tantas pessoas para a geração distribuída (produção própria de energia). “Não é por acaso que mais uma distribuidora está entrando no mercado, é um setor que está crescendo exponencialmente”, enfatiza.
Ele recorda que a projeção para 2022 é do Brasil mais que dobrar a capacidade de instalações de geração fotovoltaica distribuída. De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o País fechou o ano passado com cerca de 8,3 mil MW de potência dessa fonte e a perspectiva é passar dos 17 mil MW em 2023. Boschin acrescenta que o Rio Grande do Sul está entre os estados que mais fazem uso desse recurso, sendo superado apenas por Minas Gerais e São Paulo.
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