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GASTRONOMIA

- Publicada em 03 de Julho de 2022 às 19:48

Restaurantes gaúchos enfrentam dificuldades para contratações

Reposição de funcionários tem sido um desafio em estabelecimentos como o bistrô Machry

Reposição de funcionários tem sido um desafio em estabelecimentos como o bistrô Machry


LUIZA PRADO/JC
Fabiana Damian
Depois de dois anos enfrentando o impacto das restrições trazidas pela pandemia, os bares e restaurantes encaram um novo desafio: a busca por funcionários. Na esteira do que aponta a pesquisa realizada pela Associação Nacional de Restaurantes (ANR), na qual 72% dos estabelecimentos ouvidos em todo País afirmaram encontrar dificuldades na contratação, a falta de mão de obra é uma dificuldade recorrente do setor de bares e restaurantes do Rio Grande do Sul, e piorou ainda mais em meio à crise sanitária.
Depois de dois anos enfrentando o impacto das restrições trazidas pela pandemia, os bares e restaurantes encaram um novo desafio: a busca por funcionários. Na esteira do que aponta a pesquisa realizada pela Associação Nacional de Restaurantes (ANR), na qual 72% dos estabelecimentos ouvidos em todo País afirmaram encontrar dificuldades na contratação, a falta de mão de obra é uma dificuldade recorrente do setor de bares e restaurantes do Rio Grande do Sul, e piorou ainda mais em meio à crise sanitária.
Para o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-RS), João Alberto de Melo, proprietário do tradicional restaurante Gambrinus, no Mercado Público, a falta de funcionários é histórica no setor, e existem vagas a serem preenchidas em estabelecimentos de todo o Estado: "É uma dificuldade que já tem muito tempo, e se agravou um pouco mais agora. Nós somos o primeiro emprego de muitas pessoas, que buscam se especializar, depois trocam de local de trabalho, e isso afeta bastante nosso setor", afirma.
As razões relatadas são várias, e envolvem, principalmente, uma baixa procura e candidatos com poucas competências para as vagas. "Há pouco interesse nas vagas e são poucas pessoas que chegam com qualificação", diz .
O restaurante Buen Apetito, no bairro Menino Deus, na Capital, teve seu quadro de funcionários reduzido em 30% após a pandemia. A proprietária Lexandra Tregnago conta que atualmente há uma vaga para auxiliar de cozinha em aberto há três meses, com dificuldade de ser preenchida.
"Até existem candidatos, mas a gente não encontra o perfil. Faltam comprometimento e persistência, é muito mais um problema comportamental do que técnico", pontua ela.
Segundo a empresária, algumas pessoas passaram pela função, mas não permaneceram, algo que acaba sobrecarregando o resto da equipe. Essa é a mesma situação vivenciada pelo armazém e bistrô Machry, na Zona Sul de Porto Alegre. O número de empregados também foi afetado pela pandemia, não por demissões, mas pela saída dos próprios funcionários, que encontraram desafios até mesmo na distância do local de trabalho. De acordo com Iara Machry, proprietária da casa, as pessoas estão com mais dificuldade de se manterem nos lugares.
"A gente encontra poucas pessoas com formação adequada. Atuar em restaurante é sempre algo trabalhoso. Tem momentos de pico, de intensidade, e isso tudo gera uma necessidade, uma energia maior. Lidamos muito com pessoas que têm pouca vontade de trabalhar", diz.
Ainda segundo a pesquisa da ANR, 73% dos respondentes manifestaram que há falta de candidatos qualificados e 44% notaram a falta de interesse. O presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre (Sindha), Paulo Geremia, acredita que uma saída é investir na qualificação dos funcionários. "O caminho é encontrar pessoas que queiram trabalhar no setor e treiná-las no local do trabalho. Vamos iniciar nos próximos meses uma formação inicial para garçons e auxiliares de cozinha. Queremos treinar bastante gente para aumentar essa oferta de mão de obra", enfatiza.
 
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