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energia

- Publicada em 01 de Junho de 2022 às 20:02

Comitiva gaúcha na Europa foca em energias renováveis

Complexo de energia no Porto de Eemshaven foi a primeira parada da comitiva do governo e Fiergs

Complexo de energia no Porto de Eemshaven foi a primeira parada da comitiva do governo e Fiergs


Guilherme Hamm / Palácio Piratini/jc
Guilherme Kolling, de Haia (Holanda)
Guilherme Kolling, de Haia (Holanda)
Duas coisas chamam atenção no caminho rodoviário entre o Norte da Alemanha e a fronteira com a Holanda. A qualidade das estradas alemãs e a quantidade de aerogeradores. É um parque eólico depois do outro - sem dúvidas, os cataventos gigantes estão entre os principais e mais frequentes elementos da paisagem.
Mas o cenário ganha dimensões maiores ao adentrar o Nordeste da Holanda, onde está instalado um complexo portuário de energia. Trata-se do Porto de Eemshaven. Ao invés de contêineres, o complexo tem, literalmente, um mar de cataventos. São centenas deles na parte em terra (onshore) e mais 17 parques eólicos no mar (offshore), tendo o 18º em construção.
Além disso, o local abriga três usinas - uma a carvão e duas a gás -, e tem projeto de produzir hidrogênio verde em grande escala. O porto é tomado por empresas prestadoras de serviços, de logística e manutenção, focadas em abastecer os parques eólicos. Além disso, é um espaço para montagem dos aerogeradores, que possuem dimensões grandiosas para operar no alto-mar.
Tem ainda pátios com sobra de espaço para a montagem dos mega-cataventos, com participação de fornecedores de diversos países, como Alemanha, Bélgica e Dinamarca. O resultado é um novo polo de desenvolvimento da Holanda - Reino dos Países Baixos, oficialmente -, onde há uma capacidade instalada de geração de energia de 8 mil MW - o equivalente a toda energia produzida no Rio Grande do Sul.
Como é um local em que nunca falta energia e que há diversidade da matriz, o Google instalou uma operação por lá também, que opera desde 2004, e agora está fazendo um imenso data center, que por sinal, consome muita energia.
Toda essa experiência foi conhecida por parte da delegação gaúcha na Europa nesta quarta-feira (01). Cerca de 20 pessoas que estavam na Feira de Hannover deram início a uma nova etapa da missão, focada em energias renováveis. Serão três dias de imersão em um país em que a paisagem nas margens das estradas é monotemática, com parques eólicos por todos os lados.
De certa forma, os cataventos reproduzem uma tradição holandesa - um dos símbolos do país, a imagem de moinhos de vento, seguem presente na paisagem. Fundamental para o desenvolvimento econômico e adoção de técnicas para garantir que parte das terras não ficasse submersa, a Holanda tem nos aerogeradores um novo elemento-ícone, com a energia eólica assumindo protagonismo na produção energética do País.
Integram a delegação três representantes da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), liderados pelo presidente Gilberto Porcello Petry, oito integrantes do governo do Estado, seis executivos de empresas ligados à área de energia e jornalistas.
O chefe da Casa Civil do governo do Estado, Artur Lemos, observa que não por acaso, a cúpula da área ambiental está presente na missão de prospecção, que permitirá ver in loco experiências bem-sucedidas. Lemos, que foi secretário de Minas e Energia no governo José Ivo Sartori (2015-2018) e assumiu a superpasta de Infraestrutura e Meio Ambiente no início da gestão Eduardo Leite, diz que as iniciativas focadas em produzir energias renováveis - eólica offshore e hidrogênio verde - são de longo prazo, mas que a atual gestão irá deixar projetos encaminhados.
Além de Lemos, integram a comitiva outros integrantes do primeiro escalão - a atual titular da pasta de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marjorie Kaufmann e o procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa - além do secretário-adjunto de Desenvolvimento, Joel Maraschin; o diretor de Promoção Comercial e Assuntos Internacionais, Leonardo Neves; o presidente da Fepam, Renato das Chagas e Silva, e chefe do Departamento de Controle da Fepam, Fabiane Vitt Tomaz.

Curiosidades sobre a Holanda

Bicicleta e canais: onipresentes nos Países Baixos

Bicicleta e canais: onipresentes nos Países Baixos


/GUILHERME KOLLING/ESPECIAL/JC
Holandeses usam muito a bicicleta como meio de locomoção; existem 37 mil quilômetros de ciclovias no País.
A Holanda, oficialmente Reino dos Países Baixos, tem como chefe de estado o rei Willem-Alexander, auxiliado pela rainha Máxima.
É o país mais densamente povoado da União Europeia, com 17,5 milhões de habitantes em uma área de 41,5 mil quilômetros quadrados.
Quase um terço da Holanda está abaixo do nível do mar.
A capital Amsterdã é construída inteiramente sobre palafitas e tem 1.200 pontes.
A Holanda tem a maior densidade de museus no mundo.
O país também é superlativono tamanho das pessoas, os holandeses são, em média, as pessoas mais altas do mundo.
Fonte: Embaixada do Reino dos Países Baixos
e Escritório Holandês de Apoio aos Negócios

Vídeo institucional

Antes da visita ao Porto de Eemshaven, foi apresentado um vídeo institucional de alguns minutos sobre o Rio Grande do Sul. A peça audiovisual, narrada em inglês, mostra dados gerais, como localização geográfica, aspectos econômicos, culturais e de gestão pública, como concessões, privatizações e projetos na área de energia. Além disso, destaca o potencial do Estado para investimentos, mostrando, por exemplo a industrialização e a qualidade das universidades gaúchas. Passou despercebido para os holandeses - e é provável que o vídeo tenha sido produzido há mais tempo -, mas as imagens de governo no Palácio Piratini são protagonizadas pelo ex-governador Eduardo Leite (PSDB), e não pelo atual chefe do Executivo gaúcho, Ranolfo Vieira Júnior (PSDB).