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Relações Internacionais

- Publicada em 07 de Abril de 2022 às 16:31

Itália espera aumentar parceria com Brasil e Rio Grande do Sul

Embaixador Azzarello destaca laços da cultura italiana com o Estado

Embaixador Azzarello destaca laços da cultura italiana com o Estado


LUIZA PRADO/JC
Jefferson Klein
Com ligações históricas já estabelecidas, a Itália pretende intensificar as relações comerciais e institucionais com o Brasil e particularmente com os gaúchos. “Obviamente o Rio Grande do Sul é um dos estados mais importantes para a Itália porque temos uma grande comunidade ítalo-brasileira aqui”, ressalta o embaixador italiano no Brasil, Francesco Azzarello.
Com ligações históricas já estabelecidas, a Itália pretende intensificar as relações comerciais e institucionais com o Brasil e particularmente com os gaúchos. “Obviamente o Rio Grande do Sul é um dos estados mais importantes para a Itália porque temos uma grande comunidade ítalo-brasileira aqui”, ressalta o embaixador italiano no Brasil, Francesco Azzarello.
O dirigente salienta que em torno de 30% da população gaúcha é de origem italiana. Uma prova que a aproximação entre as regiões deve se estreitar é a própria visita do embaixador ao Estado. Azzarello teve nesta quinta-feira (7), em Porto Alegre, encontros com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Valdeci Oliveira (PT), e com o governador gaúcho, Ranolfo Vieira Júnior, entre outras agendas. Na ocasião, o governador falou sobre o programa estadual de concessão de rodovias, lembrando que a Itália se destaca no ramo de concessionárias de autoestradas. Já o diretor-técnico da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Roger Pozzi, mencionou sobre as possibilidades de incentivos para empresas que se instalam no Rio Grande do Sul e disse que uma fabricante italiana de componentes eletrônicos para elevadores (a Giovenzana) está em processo de instalação em Guaíba.
Ainda no Estado, no final de semana, Azzarello visitará a região dos Vinhedos, na Serra gaúcha. O embaixador enfatiza que o Rio Grande do Sul possui vinhos e espumantes de excelente qualidade. Ele sustenta que o Brasil e o Estado precisam ter consciência do bom nível dos seus espumantes e vinhos e competir nos mercados internacionais. Além do setor vinícola, o dirigente vê oportunidades mútuas para italianos e gaúchos nos segmentos de móveis, máquinas e azeite.
De forma geral, Azzarello reitera que a parceria comercial entre brasileiros e italianos deve ser reforçada. No entanto, ele lembra que o mercado do Brasil sofre a influência de várias taxações, por isso a importância da concretização das reformas tributária e administrativa para melhorar o ambiente de investimentos.
De acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, as exportações do Brasil para Itália, de janeiro a março deste ano, totalizaram cerca de US$ 1,05 bilhão e as importações no mesmo período foram na ordem de US$ 1,29 bilhão. Entre os principais produtos enviados estão café não torrado, celulose e minério de ferro e seus concentrados. Por outro lado, os itens mais trazidos são partes e acessórios de veículos automotivos, artigos da indústria de transformação e motores de pistão e suas partes. O total das exportações em 2021 foi de cerca de US$ 3,86 bilhões e as importações de US$ 5,47 bilhões.
Já o Rio Grande do Sul exportou no ano passado US$ 296,6 milhões para a Itália (1,4% do total do Estado, o que torna o país europeu o 15º no ranking dos destinos das vendas externas gaúchas). Em contrapartida, as importações somaram US$ 313,6 milhões (8ª origem das importações do Rio Grande do Sul ou 2,67% do total).
Sobre a pandemia do coronavírus, que afetou fortemente tanto italianos como brasileiros, Azzarello adverte que a questão ainda não está totalmente resolvida e é preciso manter cuidados e prudência quanto a outras possíveis variantes do vírus. A propagação da Covid-19 e a aposentadoria de funcionários também afetou a operação dos consulados italianos no Brasil, admite o embaixador. Ele informa que as filas para realizar o procedimento de cidadania italiana aumentaram. Contudo, o dirigente espera que a situação melhore em um espaço de um a dois anos. Azzarello acrescenta que, atualmente, a comunidade brasileira vivendo na Itália já soma em torno de 150 mil pessoas.
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