Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Conjuntura

- Publicada em 06 de Abril de 2022 às 20:46

Ex-secretário de petróleo é indicado para a presidência da Petrobras

José Mauro Ferreira Coelho é a mais nova aposta do governo para a estatal, em substituição a Adriano Pires

José Mauro Ferreira Coelho é a mais nova aposta do governo para a estatal, em substituição a Adriano Pires


Fernando Frazão/Agência Brasil/JC
José Mauro Ferreira Coelho, ex-secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis foi indicado pelo Ministério de Minas e Energia à presidência da Petrobras, após Adriano Pires desistir do cargo na segunda-feira.
José Mauro Ferreira Coelho, ex-secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis foi indicado pelo Ministério de Minas e Energia à presidência da Petrobras, após Adriano Pires desistir do cargo na segunda-feira.
Além dele, Marcio Andrade Weber foi nomeado para o exercício da Presidência do Conselho de Administração. O cargo havia sido oferecido para o empresário Rodolfo Landim, que declinou também na última semana.
Ano passado, José Mauro Ferreira Coelho trocou o serviço público pela iniciativa privada, após passar um ano e meio no MME e outros quatro na EPE (Empresa de Pesquisa Energética). Coelho deixou a pasta em meio à subida dos preços de combustíveis.
Ontem, o presidente da República, Jair Bolsonaro, deu indicações de que pode fazer uma troca mais rápida de comando da Petrobras. Nas sondagens, o pouco tempo para a tomada da decisão tem sido um empecilho para a definição dos nomes. O governo tem sido aconselhado por investidores e lideranças do setor a deixar por mais 40 dias o presidente da empresa, Joaquim Silva e Luna, no cargo a tempo de convocar uma nova assembleia.
A posição de Bolsonaro e do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, no entanto, é resolver o impasse logo. Em nota, o Ministério de Minas e Energia afirmou que trabalha com a realização da assembleia no dia 13, próxima quarta-feira, e por isso fez a indicação dos novos nomes. Acionistas minoritários da Petrobras querem o adiamento da reunião, diante do imbróglio criado com a demora na indicação dos nomes.
As cédulas de votação para o conselho já foram distribuídas com os nomes de Landim e Pires e, na avaliação de alguns fundos, a troca poderia gerar problemas ou até a judicialização da assembleia, já que poderia influenciar no resultado final.
O pedido de adiamento, porém, não é unânime: há grupos de minoritários que entendem ser possível realizar a votação, alegando que há outros temas importantes na pauta, como a aprovação das demonstrações financeiras de 2021.
A forma como o governo vem tratando a Petrobras preocupa os acionistas, que avaliam existir uma forte pressão do Planalto para controlar os preços da empresa. Essa possibilidade foi apresentada pelo ministro Albuquerque a Jair Bolsonaro em reunião na terça-feira e o irritou, no momento em que o petróleo está em alta e o presidente se prepara para disputar a reeleição.
Os combustíveis têm peso relevante no cálculo da inflação medida pelo IPCA e, segundo pesquisa do DataFolha, 68% dos brasileiros consideram que Bolsonaro é o responsável por essa situação.
A disparada de preços levou Bolsonaro a demitir o primeiro presidente da Petrobras em seu governo. Roberto Castello Branco ficou um ano no cargo. Foi substituído por Silva e Luna, que ficou 11 meses.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO