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Energia

- Publicada em 15 de Fevereiro de 2022 às 19:47

Estado entrega licenças para projeto bilionário de gás em Rio Grande

Governador Eduardo Leite recebeu os empreendedores no Palácio Piratini

Governador Eduardo Leite recebeu os empreendedores no Palácio Piratini


jefferson klein/especial/jc
Jefferson Klein
Para demonstrar a importância da conquista da licença ambiental prévia da planta de regaseificação e da licença de instalação da termelétrica que o grupo espanhol Cobra planeja construir em Rio Grande, foi realizada no final da tarde de terça-feira solenidade de entrega dos documentos no Palácio Piratini, com a presença do governador Eduardo Leite e do diretor geral da Cobra Brasil, Jaime Llopis.
Para demonstrar a importância da conquista da licença ambiental prévia da planta de regaseificação e da licença de instalação da termelétrica que o grupo espanhol Cobra planeja construir em Rio Grande, foi realizada no final da tarde de terça-feira solenidade de entrega dos documentos no Palácio Piratini, com a presença do governador Eduardo Leite e do diretor geral da Cobra Brasil, Jaime Llopis.
As duas estruturas, que tiveram na segunda-feira as autorizações emitidas pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), somadas a um píer que será implementado para receber navios que transportarão gás natural liquefeito (GNL) e uma linha de transmissão, totalizarão mais de R$ 6 bilhões em investimentos.
"As licenças significam a viabilidade do projeto" comemora Llopis. Ele adianta que agora será discutido um cronograma de trabalho com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o que o executivo espera ser definido ainda neste primeiro semestre. O dirigente considera que seja possível a térmica entrar em operação em 2024. O advogado da Termelétrica Rio Grande e sócio do escritório STP LAW, Celso Silva, acrescenta que as obras de todos os empreendimentos (usina, planta de regaseificação, píer e linha de transmissão) deverão gerar de 4 mil a 5 mil postos de trabalho.
Leite lembrou que o projeto do grupo Cobra foi um dos temas tratados na missão governamental realizada pelo governo gaúcho no ano passado, na Espanha. Ele agradeceu a confiança da empresa e celebrou o avanço do licenciamento. "A repercussão (do empreendimento) é possível perceber pelo nível de expectativa que o Estado tem nesse investimento", frisou o governador. O cronograma das obras deve ser finalizado ainda no primeiro semestre.
A térmica teve uma potência habilitada pela Aneel de 1.238 mil MW (o que equivale a quase um terço da demanda média de energia elétrica do Rio Grande do Sul), porém a autorização da Fepam é para uma capacidade de até 1.280 mil MW. A usina venceu em 2014 um leilão de energia, promovido pelo governo federal, para comercializar sua geração. Quem conduzia na ocasião o empreendimento era a gaúcha Bolognesi, que tem atualmente um acordo de transferência dos direitos da termelétrica para a empresa Cobra.
Há cerca de cinco anos, a outorga da usina foi revogada pela Aneel por não cumprir prazos estabelecidos. Os empreendedores resolveram recorrer à justiça e, em abril do ano passado, uma decisão liminar determinou que fosse suspensa a revogação da outorga. Para que a térmica fosse retomada, era essencial a obtenção dos licenciamentos dessa planta e da unidade regaseificação. Ontem, Leite afirmou que vai a Brasília, nos próximos dias, conversar com a Aneel para manter as outorgas.
Conforme a presidente da Fepam, Marjorie Kauffmann, depois de muitos anos e muitos projetos, chegou o momento em que se atingiu a suficiência ambiental para conceder as licenças que serão um divisor de águas para o Rio Grande do Sul. "Todas as etapas foram cumpridas e, por esse motivo, emitimos a licença prévia para a atividade de regaseificação e a licença de instalação para a usina termelétrica, que vão compor o empreendimento juntamente com as já emitidas licenças prévias do píer e da linha de transmissão", salienta Marjorie.
Sobre alguns questionamentos enviados pelo Ministério Público Federal quanto aos projetos, a presidente da Fepam esclarece que todos eles foram respondidos pelo órgão ambiental antes da emissão das licenças. Já o secretário do Meio Ambiente e Infraestrutura, Luiz Henrique Viana, reforça que a iniciativa não é relevante apenas para o município de Rio Grande. "Demos mais um passo para que esse importante projeto para o Rio Grande do Sul se concretize, trazendo benefícios não só para a região Sul, mas para todo o Estado", enfatiza.
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