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Economia

- Publicada em 22 de Dezembro de 2021 às 03:00

Mercado Público tem novas regras de ocupação

Mercado Público de Porto Alegre
- Varejo
- Alimentos

Mercado Público de Porto Alegre - Varejo - Alimentos


/ANDRESSA PUFAL/JC
Adriana Lampert
Os permissionários do Mercado Público de Porto Alegre receberam novas regras para a ocupação do prédio, dentre elas a mudança no tempo aceitável de inadimplência junto à prefeitura. As alterações foram definidas através do Decreto 21.285, assinado pelo prefeito Sebastião Melo (MDB) ontem, em ato realizado no térreo do prédio histórico, e que contou com a presença de secretários municipais e comerciantes do espaço. Os atuais permissionários inadimplentes ou que não aderirem às novas regras deverão deixar os espaços até 18 de fevereiro de 2022.

Os permissionários do Mercado Público de Porto Alegre receberam novas regras para a ocupação do prédio, dentre elas a mudança no tempo aceitável de inadimplência junto à prefeitura. As alterações foram definidas através do Decreto 21.285, assinado pelo prefeito Sebastião Melo (MDB) ontem, em ato realizado no térreo do prédio histórico, e que contou com a presença de secretários municipais e comerciantes do espaço. Os atuais permissionários inadimplentes ou que não aderirem às novas regras deverão deixar os espaços até 18 de fevereiro de 2022.

Segundo o decreto, as permissões de uso dependerão também do cumprimento de normas de boas práticas e de segurança alimentar. Além disso, somente poderão permanecer os mercadeiros que exerçam atividades consideradas típicas de Mercado Público. Espaços que estão sendo utilizados para atividades não permitidas deverão ser desocupados.

Além de ficar permitida a continuidade de uso dos boxes, lojas e bancas por prazo indeterminado aos comerciantes que estejam com a mensalidade paga em dia, a regra vale também para aqueles que tenham eventual parcelamento especial de débitos inscritos em Dívida Ativa junto à Secretaria Municipal da Fazenda de Porto Alegre (SMF). No entanto, após 90 dias de inadimplência, o permissionário que não quitar sua dívida deverá desocupar o espaço de trabalho no empreendimento. "Os atuais ocupantes que estiverem em dia com a prefeitura e cumprirem as novas normas poderão permanecer no local, por meio de novas permissões de uso", frisou Melo.

O prefeito lembrou ainda que os mercadeiros que, por conta do incêndio de 2013, não puderam exercer suas atividades comerciais no segundo andar do prédio, deverão retornar para os espaços originais até 15 de março de 2022, "ficando assegurada a manutenção das condições financeiras vigentes", pelo prazo de seis meses a partir do decreto.

Também está prevista a reintegração dos espaços ocupados de forma irregular e licitação para espaços vagos. "O decreto é resultado de uma governança resolutiva com os mercadeiros. Com diálogo, construímos regras de convivência para elevar o nível de funcionamento das atividades. O que todos queremos é um Mercado Público funcionando a pleno e qualificado", discursou Melo.

Presente no ato do decreto, a procuradora-geral adjunta de Domínio Público, Urbanismo e Meio Ambiente, Eleonora Serralta, explicou que os termos de permissão de uso poderão ser revogados unilateralmente pela prefeitura, sem direito à indenização. "Em caso de inadimplência por três meses ou mais, descumprimento dos prazos em caso de parcelamento e das regras previstas no decreto, a revogação será automática."

O coordenador do Mercado Público, Ronaldo Pinto Gomes, lembrou que, atualmente, apenas um caso de inadimplência ainda não foi resolvido. No início da gestão de Melo, cerca de 18% dos comerciantes estavam em situação de inadimplência. Segundo a presidente da Associação dos Permissionários do Mercado Público de Porto Alegre, Adriana Kauer, só foi possível que os comerciantes quitassem suas dívidas "por conta do bom diálogo" com a gestão municipal. A presidente da Associação ainda destacou que antes desta gestão "as pessoas não tinham perspectivas" e tinham medo de se endividarem. "Com o diálogo que tiveram com os secretários e com o prefeito, foi possível sanar estes débitos."

"Este é um momento muito importante para nós. Os mercadeiros ficarão mais tranquilos. A regra é boa porque ela faz com que o bom permaneça. Queremos que seja cada dia melhor", destacou Adriana em seu discurso. "O Mercado Público é um espelho da cidade, e esse decreto privilegia o bom mercadeiro e as pessoas que estão dentro das regras, e que querem preservar a história e cultura de Porto Alegre. Esse é o caso da maioria esmagadora dos permissionários do empreendimento", garantiu.

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