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Varejo

- Publicada em 22 de Agosto de 2021 às 16:43

Público volta ao Brique da Redenção, mas expositores reclamam de camelôs

À esquerda, ambulantes; à direita, expositores cadastrados na feira

À esquerda, ambulantes; à direita, expositores cadastrados na feira


LUIZA PRADO/JC
O aumento do número de camelôs no Brique da Redenção em Porto Alegre preocupa os expositores da tradicional feira que ocorre aos domingos na avenida José Bonifácio. O evento que já tem quatro décadas – declarado Patrimônio Cultural do Rio Grande do Sul em 2005 – foi interrompido por meses em função da pandemia. Agora, gradativamente, vê o retorno do público. Neste domingo (22), por volta das 11h, os termômetros do parque marcavam 25ºC, com muito sol e um dia de ar primaveril. Uma multidão foi até o local no fim da manhã e também à tarde.
O aumento do número de camelôs no Brique da Redenção em Porto Alegre preocupa os expositores da tradicional feira que ocorre aos domingos na avenida José Bonifácio. O evento que já tem quatro décadas – declarado Patrimônio Cultural do Rio Grande do Sul em 2005 – foi interrompido por meses em função da pandemia. Agora, gradativamente, vê o retorno do público. Neste domingo (22), por volta das 11h, os termômetros do parque marcavam 25ºC, com muito sol e um dia de ar primaveril. Uma multidão foi até o local no fim da manhã e também à tarde.
Entretanto, as bancas de antiguidades e artesanato que estão ali há 42 anos, agora estão dividindo espaço com ambulantes. A reportagem do Jornal do Comércio esteve no Brique no fim da manhã deste domingo e observou que, no canteiro central da José Bonifácio estavam os expositores cadastrados e, do outro lado da rua, junto ao parque, dezenas de camelôs, vendendo mercadorias como roupas, redes, livros, bijuterias e óculos de sol.
Os expositores consideram que está ocorrendo uma descaracterização do tradicional espaço. Um dos integrantes da coordenação do Brique, Odair Jeferson Martins, salienta que é necessária uma fiscalização mais efetiva das 9h às 17h de domingo, horário em que ocorre a feira. Martins observa que além do espaço junto ao Parque, em frente aos expositores, a invasão já chega até mesmo ao canteiro central da José Bonifácio, espaço exclusivo para as bancas selecionadas pela prefeitura de Porto Alegre. 
Já ocorreram até desentendimentos entre expositores e feirantes – neste domingo, chegou a ser necessária a intervenção da Brigada Militar para resolver um conflito entre um expositor e um ambulante. Segundo Martins, a situação gera estresse e insegurança nas bancas.
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Parte da coordenação do Brique, Martins acredita ser preciso uma fiscalização mais intensa no horário da feira. Foto: Luiza Prado/JC
Outra expositora ouvida pela reportagem, Renita Stieler diz que está muito incomodada com a invasão de camelôs, que vendem itens sem nenhuma relação com a feira. O Brique, que, segundo ela, é uma atração turística de Porto Alegre. “É um cartão de visitas do nosso Estado. Todo o domingo, eu atendo pessoas vindas de inúmeras partes do Brasil, até do exterior, que têm um encantamento especial pelo Brique da Redenção”, salienta ela, que também vê "ameaça de descaracterização de um patrimônio, que deveria ser preservado".
Ela também pede mais fiscalização da prefeitura e diz que os expositores já buscaram a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, órgão que coordena as feiras em Porto Alegre. “Já tentamos de tudo e eles nos dizem que nada podem fazer.”
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Expositora do Brique, Renita pede maior ação do poder público para combater camelôs no local. Foto: Luiza Prado/JC
Um dos expositores-fundadores do Brique, José Lima Farias, reitera o fato de a feira ser um atrativo turístico de Porto Alegre que não estaria tendo atenção do poder público. Além da concorrência com camelôs, critica a os buracos e o asfalto asfalto irregular na José Bonifácio. Também avalia que iluminação pública do local precisa de melhorias – alguns expositores chegam bem cedo ao local.

Negócios estão melhorando gradativamente

Expositores percebem retorno gradual do público por conta do aumento da vacinação

Expositores percebem retorno gradual do público por conta do aumento da vacinação


LUIZA PRADO/JC
Expositores do Brique da Redenção ouvidos pela reportagem relatam que, com a volta gradual do público, as vendas também estão tendo alguma melhora. Antônio Gewehr, expositor de antiguidades, diz que depois da retomada das atividades, os negócios melhoraram. "O Brique da Redenção sempre está bom para os negócios", avalia, destacando o ponto privilegiado da feira.
Gewehr também destaca a alternativa do uso das redes sociais para alavancar a comercialização dos produtos de sua loja, que, inclusive, registraram boas vendas em 2020, mesmo com o Brique fechado. Ele cita que as pessoas passaram a buscar, na pandemia, muito produtos para decoração de suas casas e isso foi um dos fatores do sucesso de vendas.
Nara Rejane, expositora há 21 anos, também vê as vendas retomando o ritmo da normalidade com a volta do público. Nara comercializa artesanato de produtos feitos em madeira e também usa a internet para comercializar seus produtos, com bons resultados mesmo na pandemia. “As pessoas passaram a cuidar muito mais do ambiente de seus lares com a pandemia”, relata.
Sérgio Saul, que também expõe na feira, atribui a melhora nas vendas do Brique à ampliação da cobertura vacinal contra a Covid-19, o que está levando mais público gradativamente. Ele acredita que as vendas também irão aquecer com a retomada do turismo.