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Economia

- Publicada em 14 de Junho de 2021 às 03:00

Indústria brasileira abandona carros mais populares

Onix Joy, versão antiga mantida pela GM, não consta na relação de versões de entrada da Fenabrave

Onix Joy, versão antiga mantida pela GM, não consta na relação de versões de entrada da Fenabrave


GENERAL MOTORS/DIVULGAÇÃO/JC
Eles já contribuíram com mais da metade das vendas de automóveis no País e ajudaram o mercado a deslanchar. Agora, carros de entrada, antes chamados de populares, estão sendo deixados de lado pelas fabricantes. A categoria de hatchs - que abriga os modelos de entrada como subsegmento - é tradicional líder de vendas também está prestes a perder a posição. O foco das montadoras agora são os utilitários-esportivos (SUVs), que passaram a ser prioridade nos investimentos das montadoras em busca de maior margem de lucro nas vendas.
Eles já contribuíram com mais da metade das vendas de automóveis no País e ajudaram o mercado a deslanchar. Agora, carros de entrada, antes chamados de populares, estão sendo deixados de lado pelas fabricantes. A categoria de hatchs - que abriga os modelos de entrada como subsegmento - é tradicional líder de vendas também está prestes a perder a posição. O foco das montadoras agora são os utilitários-esportivos (SUVs), que passaram a ser prioridade nos investimentos das montadoras em busca de maior margem de lucro nas vendas.
Carro popular, na concepção em que foi criado, não existe mais há algum tempo e há quem aposte, até entre montadoras, que a categoria de entrada vai desaparecer pois não há lançamentos previstos nessa faixa.
No início do ano havia sete carros de entrada em produção. Agora são quatro, e o viés é de baixa. Já saíram de linha Ford Ka, Volkswagen up! e Toyota Etios. Há informações, não confirmadas, de que no fim do ano o Fiat Uno deixará o mercado e, em 2023, o Volkswagen Gol. Hoje, além de Uno e Gol são considerados de entrada o Renault Kwid e o Fiat Mobi. O Onix Joy, versão antiga mantida pela General Motors após a chegada do novo Onix, não consta da relação de versões de entrada da Fenabrave, associação dos concessionários, embora o mercado o coloque nessa categoria. Segundo a Fenabrave, de janeiro a maio foram vendidos 102,9 mil carros de entrada, uma participação de 15,3% do total de automóveis comercializados no período. Os preços ao consumidor variam de R$ 44,4 mil a R$ 60,2 mil e boa parte deles é adquirida por frotistas.
"Todo mundo está querendo pular fora desse segmento e procurando vender carros que dão mais rentabilidade", diz Paulo Cardamone, da Bright Consulting. Para ele, contudo, o segmento deve ser mantido, mas em nova configuração, com carros mais equipados e de maior conteúdo tecnológico. Isso, porém, acarreta em custos, o que descaracteriza ainda mais o conceito de popular.
A categoria de hatch saiu de uma fatia de 48% das vendas de automóveis e comerciais leves em 2011 para 32% neste ano. É nesse segmento que está a maioria dos modelos 1.0, muitos deles superequipados como o Novo Onix.
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