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EVENTOS

- Publicada em 14 de Janeiro de 2021 às 17:32

Retomada do setor de eventos começa a tomar forma em Porto Alegre

Formaturas, feiras, reuniões corporativas e festas já estão sendo reorganizadas na Capital

Formaturas, feiras, reuniões corporativas e festas já estão sendo reorganizadas na Capital


SENAC RS/DIVULGAÇÃO/JC
Permitida pela prefeitura de Porto Alegre desde o dia 10 de janeiro, mediante rígidos protocolos sanitários, a retomada de eventos em ambientes abertos e fechados começa a tomar forma na cidade. Ao longo da semana, o Escritório de Eventos da Capital, ligado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Smde), recebeu pelo menos 62 solicitações para a liberação de atividades corporativas, sociais e de entretenimento, que movimentam dezenas de empresas e milhares de profissionais da Capital.
Permitida pela prefeitura de Porto Alegre desde o dia 10 de janeiro, mediante rígidos protocolos sanitários, a retomada de eventos em ambientes abertos e fechados começa a tomar forma na cidade. Ao longo da semana, o Escritório de Eventos da Capital, ligado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Smde), recebeu pelo menos 62 solicitações para a liberação de atividades corporativas, sociais e de entretenimento, que movimentam dezenas de empresas e milhares de profissionais da Capital.
Com atividades paralisadas há 10 meses, o setor busca alavancar a demanda reprimida e adequar agendas remarcadas e novos cronogramas às exigências do cenário pandêmico. A realização de eventos passa pelo crivo da prefeitura, que autoriza cada demanda mediante análise de questões como número de pessoas envolvidas, local, período e protocolos necessários.
Para os eventos com até 300 pessoas precisam ser aplicados os protocolos sanitários estaduais e municipais, já no caso daqueles entre 300 e 600 pessoas, além da norma anterior, é também exigido da organização um pedido de autorização ao município. Para os eventos que reúnam entre 600 e 1,2 mil pessoas é preciso ainda autorização das associações de municípios da região Covid do distanciamento controlado (no caso de Porto Alegre é a R10). Os evento maiores, entre 1,2 mil e 2,5 mil pessoas, devem somar a esses requisitos também uma autorização do Gabinete de Crise do governo do Estado.
O secretário-adjunto da Smde, Vicente Perrone, empresário que vem exatamente do setor de eventos, destaca que a liberação das atividades atende as exigências de compor um equilíbrio entre saúde e economia, bandeira da gestão do prefeito Sebastião Melo. "Temos de conscientizar o segmento de que a segurança dos protocolos sanitários é o que manterá as atividades abertas, e fazê-los entender a relação entre causa e consequência", explica.
Todo o processo executado pelo Escritório de Eventos é constituído a partir de um tripé  estabelecido entre a Smde, a Secretaria Municipal e Saúde (SMS), por meio da Vigilância Sanitária da Capital, e a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19. São esses os órgãos que diariamente analisam a questão da abertura econômica da cidade e têm se envolvido na operacionalização da chamada "matriz para os eventos", tendo como base o alinhamento ao decreto estadual. "Estamos seguindo a orientação estadual, entramos de vez no decreto e na cogestão, estamos conseguindo avançar nesse sentido", complementa.
 
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Perrone esclarece que os pedidos que já chegaram ao longo da semana no Escritório não condizem com a totalidade dos eventos a serem realizados, que é muito superior, uma vez que alguns estabelecimentos apresentaram apenas uma solicitação ao município, porém, para licenciar um bloco de eventos.
Segundo ele, a prioridade da Secretaria tem sido a liberação de eventos com data mais próxima, e são os menores e de maior porte os mais solicitados e em análise. Os medianos, por sua vez, não têm tido tanta demanda, pois tornam-se inviáveis aos empresários, que penam para manter as estruturas adequadas a um público muito aquém de sua capacidade. "Uma casa de festas de grande capacidade, por exemplo, não tem como se adequar aos protocolos sanitários e manter serviço de som, bufê, segurança para um público pequeno, pois encarece demais o evento. No entanto, formaturas, aniversários em casa de festa, casamentos pequenos e reuniões corporativas em hotel já liberamos esta semana. Estamos analisando shows e atividades em centros de eventos também", comenta o secretário, que ressalta registro de negativa a algumas solicitações encaminhadas.
Ele lembra que todo o qualquer evento em Porto Alegre depende, no atual momento, da aprovação municipal, e ressalta que para o empresário isso representa passar por dois trâmites: um em curso normal, independente da pandemia, que se refere à segurança do local do evento, ao Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI0), à regularidade de contratos e alvarás, e as adequações sanitárias oriundas do atual momento. "Ou seja, todas as pessoas que querem realizar eventos legalizados buscam informações, passam por aqui. Por isso, tentamos ser céleres nesse processo e dar retorno a um setor que tanto precisa. A linha de raciocínio da Secretaria está ao lado do empreendedor, que tem de seguir os protocolos para voltar a trabalhar. No entanto, infelizmente, isso não representa a exclusão dos eventos clandestinos", ressalta.
Nesse sentido, Perrone enfatiza a fiscalização a esses eventos e afirma, inclusive, que cada solicitação negada pela prefeitura é informada a órgãos como a Guarda Municipal e a Vigilância Sanitária, responsáveis por monitorar e coibir as irregularidades e eventuais clandestinidades. Para receber o aval a seus eventos, são "quatro regras mágicas" a serem seguidas pelos empreendedores, apontada o secretário: distanciamento pessoal, álcool gel, medição de temperatura e uso de máscara. "Não tem mistério, é se adequar a isso ou não trabalhar. Não adianta nada liberar de um lado se o empresário não ajudar", alerta.
Para ele, o propósito é simplificar as ações, por mais complexo que o setor e as medidas impostas possam parecer. "Nosso decreto não impõe regras, mas adequa a cidade de Porto Alegre ao decreto estadual. Ou seja, os empresários porto-alegrenses têm um decreto a seguir, que é o estadual, e vamos trabalhar pró-ativamente para ajudá-los a voltar a trabalhar com segurança", finaliza Perrone.
Presidente do Porto Alegre e Região Metropolitana Convention e Visitors Bureau (POACVB), Adriane Hilbig destaca que o setor de eventos impacta em mais de 70 segmentos da economia, movimenta anualmente R$ 2 bilhões e gera cerca de 500 mil empregos diretos e indiretos no Rio Grande do Sul.
Segundo ela, levantamento feito pelo Sebrae no início da pandemia, no mês de abril de 2020, já mostrava que 98% do setor havia sido drasticamente afetado pelas medidas restritivas impostas pelo coronavírus. "É importante o olhar nestes números de um gigantesco setor muito afetado, pois os negócios ficaram paralisados. Além disso, o que mais se perdeu em todo este contexto foi a troca de informações e o networking, que somente os eventos são capazes de proporcionar e não acontecem num ambiente virtual", comenta, destacando que o setor está empolgado com a condução das licenças e possibilidade de avançar na retomada gradual.

Feiras e formaturas reabrem o calendário 2021 neste final de semana

Brick dos Desapegos voltará a ser realizado na rua, neste domingo, no Bom Fim

Brick dos Desapegos voltará a ser realizado na rua, neste domingo, no Bom Fim


FREDY VIEIRA/JC
Além de casas de entretenimento tradicionais da cidade, como o Pepsi On Stage e o Auditório Araújo Vianna, administrados pela Opinião Produtora, que no dia segunite à publicação do decreto municipal já encaminharam pedido para reabertura e aguardam o retorno das solicitações, segmentos como o de feiras, eventos corporativos e formaturas também se preparam para retomar as agendas.
Pamela Morrison, idealizadora da Feira Me Gusta, e integrante do coletivo Feiras Unidas POA, destaca que o setor está organizado e algumas edições de feiras já contam com pedidos de liberação junto à prefeitura. Segundo ela, houve avanço junto à administração, mas ainda há muito a ser melhorado, como a questão da cobrança de taxas de acordo com metragem da área a ser utilizada das praças, por exemplo, que agora precisa ser ampliada para respeitar a exigência de distância de 5 metros entre cada banca.
Autorizada pela prefeitura desde dezembro, ocorrerá neste domingo (17), com todos os cuidados necessários, o tradicional Brick dos Desapegos, feira de moda que há 10 anos é realizada em Porto Alegre. Esta primeira edição abre o cronograma 2021 da feira, que passará a ser realizada na Rua João Telles, no bairro Bom Fim. O evento, que em outras edições ocupava espaços fechados, como o Bar Ocidente, desta vez passa a ser aberto, para minimizar riscos e dar mais segurança à circulação dos participantes.
Segundo a organizadora do evento, Natália Guasso, serão 24 expositores divididos de acordo com os protocolos, com uso de máscara e todo os cuidados necessários. "Nunca faria um evento que não fosse seguro. As feiras de economia criativa têm um metodologia própria, são pequenas e mais simples de serem organizadas dentro do que precisa ser cuidado durante a pandemia. Os eventos estão sem capilaridade de giro, por isso precisamos buscar alternativas, e fazer na rua foi uma maneira viável nessa retomada", comenta.
Tradicional palco de eventos da cidade, o Teatro do Sesi também já garantiu a retomada das formaturas presenciais, com base no decreto municipal que autoriza a volta gradual das atividades com adequação aos protocolos sanitários. Neste sábado (16), ocorre a colação de grau da turma de Odontologia da Ulbra, primeiro evento de reativação do calendário 2021 do local, respeitando as medidas necessárias e com número reduzido de participantes presenciais.
Com uma média de 40 cerimônias realizadas ao longo de 2019, envolvendo um público total de aproximado 73 mil pessoas no ano, o Teatro deixou de sediar 21 cerimônias que estavam contratadas em 2020, ano em que tiveram de ser reprogramadas. O gerente do Centro de Eventos Fiergs, Kurt Ziegler, destaca a importância de retomar o calendário. “As colações de grau são alguns dos momentos mais marcantes na vida das pessoas e poder voltar a realizá-las é um grande avanço para a retomada do setor, com todos os cuidados necessários”, ressalta Ziegler.
Na primeira formatura no Teatro do Sesi em 2021 o público será de 600 pessoas (a capacidade do espaço é de 1.770) e algumas adaptações serão necessárias para o cumprimento dos protocolos. “Teremos uma solenidade diferente do que estamos acostumados, mas ainda assim com todo o encanto e emoção que uma colação de grau possui”, diz o gerente do Centro de Eventos FIERGS.