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Economia

- Publicada em 06 de Janeiro de 2021 às 20:36

RS deve aplicar R$ 500 mil em obras do Cais Mauá

Armazéns do antigo porto, tombados pelo patrimônio histórico, precisam passar por restauro

Armazéns do antigo porto, tombados pelo patrimônio histórico, precisam passar por restauro


MARCELO G. RIBEIRO/ARQUIVO/JC
Adriana Lampert
Tudo indica que os recursos para obras emergenciais de manutenção do Cais Mauá, em Porto Alegre, cheguem em abril deste ano aos cofres do governo do Estado. O valor, estimado entre R$ 400 mil e R$ 500 mil, será repassado pelos empreendedores do Cais Embarcadero, projeto que abre as portas para o público em março, ocupando o espaço entre a Usina do Gasômetro e o Armazém A7, não tombado.
Tudo indica que os recursos para obras emergenciais de manutenção do Cais Mauá, em Porto Alegre, cheguem em abril deste ano aos cofres do governo do Estado. O valor, estimado entre R$ 400 mil e R$ 500 mil, será repassado pelos empreendedores do Cais Embarcadero, projeto que abre as portas para o público em março, ocupando o espaço entre a Usina do Gasômetro e o Armazém A7, não tombado.
O empreendimento reunirá 14 operações comerciais em uma área de lazer e entretenimento, bares, restaurantes e uma marina para embarques e desembarques de passeios pelo Guaíba. 
De acordo com o superintendente da Portos RS, Fernando Estima, os recursos serão utilizados basicamente em reformas dos armazéns.
"Fizemos um laudo que entregamos ao governador Eduardo Leite e ao titular da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag), Cláudio Gastal, onde apontamos todos os cuidados a serem adotados", diz Estima.
Na lista de restauro, obras estruturais (paredes, estruturas metálicas e telhados) e de infraestrutura (hidráulica e elétrica) serão prioridades.
"São obras que, mais adiante, precisam ser estendidas de forma definitiva para os 11 prédios localizados em toda a extensão da avenida Mauá, desde o Gasômetro até as proximidades do Mercado Público", emenda o superintendente da Portos RS. 
O futuro do Cais Mauá vem sendo assunto de discussão há 16 anos. Com a devolução das áreas que estavam sob responsabilidade da União (consideradas como porto) para o governo do Estado - que compreende dois quilômetros de orla, as obras definitivas dos armazéns tombados dependem de um financiamento que o governo do Estado deve fazer junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Estima observa que esta fase passa pelo estudo de uma nova modelagem para o trecho. Segundo ele, isso ficará a cargo de uma consultoria, que irá se debruçar sobre diversos estudos já feitos para o local. 
"Primeiro é preciso definir quais os projetos que os porto-alegrenses gostariam e quais o mercado tem interesse", comenta o superintendente. Em 2019, o governo rescindiu contrato de concessão com o consórcio Cais Mauá do Brasil, firmado em 2010 e que acabou não saindo do papel. Investimentos e empreendimentos prometidos na área não foram executados.  
"Acredito que tem espaço para construção de hotel, torre comercial, centro comercial, cooperativas, incubadoras, área de artesanato e economia criativa para funcionar nos prédios tombados", opina, emendando que isso tudo pode ser integrado a uma de área de lazer e cultura.
O superintendente da Portos RS lembra ainda que o processo vai levar mais um tempo. O contrato com o BNDES deve ser anunciado pelo governador em breve, segundo projeção do próprio Leite.  
"O BNDES deve contratar uma empresa especializada para apresentar novo projeto que vai ter de passar por uma consulta popular e pelos órgãos de urbanismo e pela prefeitura. Somente depois vamos realizar as obras nos demais armazéns", lista Estima. A estimativa é de gasto de R$ 12 milhões na restauração dos armazéns. 
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