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Uma das prioridades da Secretaria de Desenvolvimento e Turismo do Rio Grande do Sul (Sedetur) será a aprovação de um projeto de lei capaz de dar mais agilidade e modernizar o principal programa de atração de investimentos do Estado. Chamado de Fundopem 4.0, o projeto está em fase final de desenvolvimento e deve ser encaminhado ainda no primeiro trimestre à Assembleia Legislativa. A expectativa é que o acesso ao novo modelo esteja disponível já no segundo semestre de 2021.
Um dos objetivos é atualizar a legislação e desenvolver plataformas online para que as empresas acessem todas as etapas do processo de adesão pela internet. Com isso, o tempo médio para concessão e utilização do benefício, que hoje chega a levar um ano, deve cair para cerca de 4 meses (redução de 30%).
Outra novidade deve ser a criação do Fundopem Express, voltado a pequenos e médios empreendedores a fim de adquirir uma máquina ou equipamento específicos. Hoje, os investimentos via Fundopem permitidos são para ampliação e implementação de plantas industriais, o que acaba servindo principalmente a empresas de maior porte.
“Com isso, estenderemos o programa a mais empresários gaúchos e conseguiremos facilitar o acesso a essa linha de financiamento, exigindo menos garantias”, projeta o secretário de Desenvolvimento e Turismo, Rodrigo Lorenzoni. Em 2020, foram aprovados 43 projetos no Fundopem, que totalizaram investimentos em torno de R$ 303 milhões. Estima-se que tenham sido gerados 667 novos postos de trabalho no Estado graças ao programa.
Outra ação que pode alavancar o crescimento do Estado no ano que vem, segundo Lorenzoni, é a consolidação do Entreposto Exporta-RS em Caxias do Sul. Lançado em outubro, o Entreposto é o primeiro fora de Porto Alegre e possui dois postos de atendimento na cidade (o principal, localizado na Microempa, e um dentro da Sala do Empreendedor).
Juntos, eles servem como tubo de ensaio para o processo de interiorização do programa de estímulo à exportação dos produtos gaúchos. A expectativa da Sedetur é de que em um ano cerca de 60 empresas caxienses ou dos municípios do entorno sejam atendidas.
A instalação de um Entreposto do Exporta-RS em Caxias do Sul é resultado da demanda das entidades empresariais e lideranças políticas daquela região. Mas a Sedetur pretende replicar essa experiência em outros polos regionalizados do Estado, com diferentes objetivos. A ideia é que ainda em 2021 um Entreposto passe a funcionar na metade Sul do Estado. Nesse caso, o intuito será aquecer a economia da região, diz Lorenzoni.
Campanhas lançadas em janeiro irão incentivar a retomada segura do turismo no Estado
Considerado um segmento cada vez mais estratégico para a economia do Estado, o turismo está também entre os setores que mais sentiram os impactos da pandemia da Covid-19. Em 2021, porém, a Secretaria de Desenvolvimento e Turismo (Sedetur/RS) espera que o processo lento de retomada das atividades experimentado desde outubro se acentue.
Duas campanhas serão lançadas ainda em janeiro a fim de estimular os gaúchos a descobrirem os destinos turísticos de dentro do Estado, sempre seguindo os protocolos de distanciamento e higiene. “Estamos focados em criar condições para uma retomada segura, gradual e progressiva. Nosso grande receio é perder o controle e assistir a um novo agravamento da situação e a mais fechamentos”, destaca o secretário de Desenvolvimento e Turismo, Rodrigo Lorenzoni.
De acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o Rio Grande do Sul é o segundo estado brasileiro em que o turismo mais cresceu a partir de outubro, atrás apenas da Bahia. A tendência, diz Lorenzoni, é que as pessoas continuem fazendo passeios curtos (bate-volta), em um eixo de aproximadamente 250 quilômetros da sua residência, em veículo próprio.
“Isso vai estimular os gaúchos a conhecerem o Estado. Por isso, todas as regiões devem estar preparadas para receber bem os turistas e oferecer uma experiência bacana e segura”, determina. As regiões também devem buscar diminuir os índices de contágio, salienta, pois só assim poderão continuar com negócios abertos e continuarão atraindo visitantes.
Para aqueles negócios relacionados à cadeia turística que estejam precisando fazer investimentos ou contar com capital de giro, o Banco Regional de Desenvolvimento (BRDE) conta com R$ 100 milhões em crédito especificamente para esse setor. “Este valor está disponível e pode ser captado por empresas de todos os tamanhos”, garante Lorenzoni.
Ao longo de 2020 foram investidos, ainda, R$ 60 milhões captados junto ao Fundo Geral do Turismo (Fungetur) e outros R$ 1,2 milhões através do Fundo Estadual do Turismo (Fundetur). O Rio Grande do Sul também entrou para a lista internacional de destinos seguros em relação à pandemia de coronavírus. O selo “Turismo Seguro” foi concedido pelo Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC).
“O selo atesta que aqui no Rio Grande do Sul estamos adotando boas práticas de segurança e que elas estão alinhadas aos protocolos globais de viagens seguras. Isso garante mais segurança aos viajantes, prestadores de serviços e todo o setor turístico gaúcho, que é muito forte”, explicou Lorenzoni. A partir da obtenção do selo, a Sedetur passou a gerir o processo de emissão do selo para os destinos turísticos e empresas do setor, desde que confirme que o local está seguindo todos os protocolos.