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Economia

- Publicada em 29 de Julho de 2020 às 19:40

RR Shoes, dona da Via Uno, abre 100 vagas, após pedir recuperação

Vagas abertas são para setores de costura e montagem na fábrica de Santo Antônio da Patrulha

Vagas abertas são para setores de costura e montagem na fábrica de Santo Antônio da Patrulha


RR SHOES/DIVULGAÇÃO/JC
Patrícia Comunello
A RR Shoes, com sede em Santo Antônio da Patrulha e dona da marca Via Uno, voltou a contratar. A abertura de cem postos de trabalho, anunciada esta semana, ocorre menos de um mês depois da empresa entrar com pedido de recuperação judicial. As vagas são para a unidade de Santo Antônio da Patrulha, única das três da RR Shoes em atividade. A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) divulgou dados do mercado de trabalho do setor apontando menor ritmo de cortes em junho.
A RR Shoes, com sede em Santo Antônio da Patrulha e dona da marca Via Uno, voltou a contratar. A abertura de cem postos de trabalho, anunciada esta semana, ocorre menos de um mês depois da empresa entrar com pedido de recuperação judicial. As vagas são para a unidade de Santo Antônio da Patrulha, única das três da RR Shoes em atividade. A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) divulgou dados do mercado de trabalho do setor apontando menor ritmo de cortes em junho.
A oferta de vagas na unidade de Santo Antônio da Patrulha começa a repor mais de 400 vagas fechadas em maio na cidade. A indústria, com plantas fechadas em Teutônia e Caraá, demitiu cerca 800 pessoas desde o começo do ano. Em fim de 2019, a RR Shoes atuava com cerca de 2 mil trabalhadores, entre contratados e de ateliers. A crise mais forte da operação foi associada à queda de pedidos provocada pela pandemia. Santo Antônio da Patrulha também teve o fechamento da fábrica da Piccadilly em abril.
Os postos da RR Shoes são para os setores de costura e montagem e devem ser preenchidos até 10 de agosto. Muitos trabalhadores que foram demitidos estão sendo contactados para retornar, segundo a empresa. Em nota, o CEO da calçadista, Ramon Rabelo, apontou que as contratações indicam que "a retomada é factível". A abertura de vagas é associada à redução de estoques e encomendas para a fabricação de modelos da coleção primavera-verão, que começa a ter venda.  
O principal mercado da fabricante são distribuidores e varejistas do Sudeste. Nos últimos três meses, Rabelo informa que a venda para players com operação de e-commerce passou a representar 50% dos negócios da empresa. Sobre a possibilidade de abrir mais postos, o CEO condicionou a mudanças no mercado em relação a restrições da pandemia e à sinalização da chegada de uma vacina da Covid-19. 
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Vagas são para costura e montagem e começam a repor demissões que ocorreram em maio. Foto: RR Shoes/Divulgação
No começo deste mês, quando entrou em recuperação judicial, a RR Shoes somava 379 trabalhadores. O pedido foi feito em 6 de julho. O passivo da indústria é de R$ 40,4 milhões. O processo foi deferido pela Justiça, segundo informação do escritório Medeiros, Santos & Caprara, que assessora a fabricante.
A Abicalçados aponta que, mesmo com redução de 20,8% no Estado e de 19% no Brasil nos postos do setor no primeiro semestre frente ao mesmo semestre de 2019, a velocidade nos cortes diminuiu. O Rio Grande do Sul cortou 14.774 vagas em seis meses - saldo entre admissões e demissões, mas apresentou menor número em junho neste saldo.
Depois de saldo negativo de 9,5 mil postos em abril e de 5,4 mil em maio, o mês passado teve saldo negativo de 1,7 mil vagas. O Brasil seguiu a mesma performance, com mais demissões que contratações, mas em número bem menor em junho. O saldo negativo em abril foi de 29.312 postos, de 16,5 mil em maio e de 5,2 mil no mês passado. O Estado liderou o enxugamento do setor e chegou a 72.130 trabalhadores em atividade no encerramento do primeiro semestre. O Brasil soma 225,4 mil postos.
O presidente-executivo da entidade, Haroldo Ferreira, disse, por nota, que a abertura do comércio em cidades como São Paulo sustentam a retomada de compras no setor. Mas Ferreira ressalta que "uma recuperação mais substancial só será sentida no ano que vem, isso se tudo der certo, acharmos a vacina e o comércio estiver em pleno funcionamento".
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