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Economia

- Publicada em 05 de Dezembro de 2019 às 21:35

Rio Grande do Sul perde 33 mil produtores de leite em quatro anos

Entre 2015 e 2019, 39,82% dos criadores deixaram atividade leiteira

Entre 2015 e 2019, 39,82% dos criadores deixaram atividade leiteira


/EDUARDO SEIDL/ARQUIVO PALÁCIO PIRATINI/JC
O Rio Grande do Sul perdeu 33.335 produtores de leite em quatro anos. O dado foi informado nesta quinta-feira (5), no lançamento do Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite no Rio Grande do Sul 2019, divulgado pela Emater em parceria com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seadpr). O evento ocorreu no Plenarinho da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre.
O Rio Grande do Sul perdeu 33.335 produtores de leite em quatro anos. O dado foi informado nesta quinta-feira (5), no lançamento do Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite no Rio Grande do Sul 2019, divulgado pela Emater em parceria com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seadpr). O evento ocorreu no Plenarinho da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre.
Segundo em relatório, em 2015 o Rio Grande do Sul contava com 84.199 produtores de leite. Em 2019, esse número caiu para 50.664, uma redução de 39,82% no período. A quantidade de vacas leiteiras nas propriedades também caiu. Em 2015, o Estado contava com um rebanho de 1.174.762 animais. Em 2019, esse número baixou para 930.399 vacas, uma queda de 20,8%, ou 244.363 cabeças.
O gerente técnico adjunto da Emater, Jaime Ries, apresentou as três principais dificuldades apontadas pela maioria dos produtores que tem afetado a atividade leiteira no Estado: 45,21% dos criadores de gado leiteiro apontaram a falta ou deficiência de mão de obra; 44,89% se mostraram descontentes em relação ao preço recebido pelo leite e 40,72% reclamaram da falta de sucessão familiar.
Entretanto, Ries também lembrou que houve aumento de rebanho e produtividade por propriedade, numa média de 1,1 vaca por ano e 19,1 litro/dia de leite. E a produtividade aumentou 165 litros/vaca, a cada ano, desde 2015.
Em 2015, os produtores em atividade possuíam uma média de 13,92 vacas. Em 2019, essa média subiu para 18,34 animais por criador. A produtividade média dos animais aumentou de 11,74 litros/ dia, há quatro anos, para 13,90 litros/dia atualmente. Com isso, a produção média de leite nas propriedades cresceu de 136,5 litros/dia em 2015 para 213 litros dia em 2019 (uma variação positiva de 56,04% em quatro anos).
"Mesmo com a redução significativa do número de produtores envolvidos na cadeia produtiva do leite, o aumento na produtividade se deve ao fato dos pequenos produtores estarem se especializando mais, investindo em tecnologias, equipamentos e instalações, garantindo o conforto e bem-estar animal", afirmou Ries.
Os números da Emater são referente aos produtores que vendem leite para indústrias, cooperativas ou queijarias e aos que processam a produção em agroindústria própria e legalizada. De acordo com o presidente da Emater, Geraldo Sandri, os dados foram coletados em 100% dos 497 municípios gaúchos entre 20 de maio e 30 de junho de 2019.
O titular da Seapdr, Covatti Filho, declarou que esse é o maior e mais completo estudo sobre a cadeia do leite realizado no Brasil. "São dados fundamentais para se ter o retrato da realidade e, com isso, poder atuar na melhoria da cadeia produtiva do leite, que é composta por 97% de agricultores familiares"
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