O varejo gaúcho registrou em setembro crescimento de 2,5% no volume de vendas frente a agosto, mas o desempenho é negativo, com queda de 3,8%, na comparação com o mesmo mês de 2018. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O confronto mensal aponta reversão do que foi verificado em agosto, quando o
volume de vendas havia caído 7,6%, mas frente a 2018, o setor encara o segundo mês de queda - em agosto, o recuo foi de 3,3%. O desempenho se refere ao setor geral. O dado da comparação mensal tem ajuste sazonal.
O setor de combustível registra o pior desempenho, com queda de 28,9% frente a setembro do ano passado. A pesquisa só mede a relação com o ano passado. Tiveram queda também as vendas de eletrodomésticos, de 4,4%, e nos supermercados, de 2,3%. Livros, jornais, revistas e papelaria mantêm recuo do ano, que chegou a 11,6% em setembro.
No País, a média do comércio mostrou mais vigor no confronto anual, subindo 2,7%, e 0,7% frente ao mês anterior. Os meses anteriores registram elevação.
Na comparação mensal recente, o setor gaúcho mostra reversão ante os dados de agosto, que haviam registrado recuo de 8,4% nas vendas. No ano, o saldo é positivo, com alta de 1,7% e, em 12 meses, o acumulado é de 2,3%. Na média das regiões brasileiras, a sequência mensal vem positiva desde abril. Já no ano, a alta é de 1,3%, e, em 12 meses, de 1,5%.
Já as receitas da comercialização do comércio no Estado, que também são captadas pela pesquisa do IBGE, tiveram alta de 2,7% frente a agosto, mas queda de 3,5% em relação a setembro de 2018. No ano, o faturamento acumula alta de 5,2% e, em 12 meses, de 6,4%. No Brasil, a receita subiu 0,7% frente a agosto e 3,5% em relação a setembro do ano passado.
No chamado varejo ampliado, que inclui venda de veículos e materiais de construção, a queda foi de 0,1% em relação a agosto e de 1,7% frente ao mesmo mês de 2018. É o segundo mês de recuos. O ano tem alta de 2,8%, e, em 12 meses, de 3,7%. A receita ficou estável na comparação mensal e caiu 1,1% em relação a setembro de 2018. No ano, o faturamento tem alta de 5,7% e de 7,1% em 12 meses.
Neste recorte, veículos apresentam evolução positiva, com alta de 5,2% em relação a 2018 - só é feito o confronto anual -, de 8,8% no ano e de 11,5% em 12 meses. Já materiais de construção estão em queda, com recuo mensal de 0,7%, de 1,5% no ano e de 1,1% em 12 meses.
No varejo geral, outros destaques foram as altas no volume de vendas dos artigos de uso pessoal e doméstico, de 10,5%, equipamentos e materiais para escritório, de 8,4%, e tecidos, vestuário e calçados, de 7,3%.