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Economia

- Publicada em 07 de Novembro de 2019 às 18:33

Xangai se consolida como vitrine do mundo para a China

Política de abertura do país inclui compra de produtos do exterior para atender mercado interno

Política de abertura do país inclui compra de produtos do exterior para atender mercado interno


GUILHERME KOLLING/ESPECIAL/JC
Guilherme Kolling
Futuro compartilhado, cooperação, parceria “ganha-ganha” entre os países, defesa da globalização, do multilateralismo e uma abertura econômica para o mundo. Esse é o mantra da China no momento, expressado pelo presidente Xi Jinping e repetido por dirigentes do governo chinês.
Futuro compartilhado, cooperação, parceria “ganha-ganha” entre os países, defesa da globalização, do multilateralismo e uma abertura econômica para o mundo. Esse é o mantra da China no momento, expressado pelo presidente Xi Jinping e repetido por dirigentes do governo chinês.
Grande exportador, o gigante asiático está buscando, nos últimos anos, comprar mais produtos estrangeiros e fazer investimentos, especialmente de infraestrutura, nos outros países, notadamente com a chamada “Nova Rota da Seda”, conjunto de obras que já é realidade em boa parte dos países da Ásia e da África.
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Independentemente da política externa, com crescente influência da nova potência mundial, há também espaço para o pragmatismo. A China tem um mercado interno em forte expansão, com alta do poder aquisitivo e aumento de consumo em uma escala tão expressiva quanto o número de 1,4 bilhão de habitantes do país asiático.
Nesse cenário, a China International Import Expo, em Xangai, se consolida como uma nova vitrine do mundo para o público chinês. Em um momento em que todos os países tentam alavancar a pauta de exportações, em um cenário de muitas disputas e discussões por causa de protecionismo, a China abriu uma feira para comprar produtos estrangeiros.
Em sua segunda edição, a feira de Xangai está maior e com mais representatividade. As razões são simples. “O mercado chinês é tão grande que todo mundo deveria vir aqui e ver o que ele tem a oferecer”, resumiu o presidente Xi Jinping, durante a abertura da Expo, na terça-feira, de acordo com registro do jornal local Shanghai Daily.
A feira de Xangai tem, neste ano, a participação de 155 países, com 3.893 empresas expondo produtos. Estão ali as principais multinacionais da indústria automobilística, farmacêutica, do agronegócio, da tecnologia, do mercado de luxo e moda, máquinas, equipamentos agrícolas, ou seja, uma infinidade de atrações numa área enorme, no fim da cidade.
A 30 quilômetros do centro de Xangai, o Centro Nacional de Convenções e Exibições é um complexo arquitetônico moderno, que, visto do alto, parece uma flor com quatro pétalas, sendo que cada uma equivalente ao tamanho de um estádio de futebol, subdividido em três ou quatro pavimentos de feira. São 360 mil metros quadrados de área.
Apesar da guerra comercial com os Estados Unidos, 192 empresas norte-americanas estão no evento. Pelo Brasil, segundo a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), 15 empresas brasileiras têm espaço na exposição em Xangai neste ano e 20 participaram da missão prospectiva da Fiesp.
Além da mostra de produtos, a feira de Xangai também é um grande espaço de discussões e antecipação de políticas do governo chinês. São dezenas de eventos paralelos. O gerente de agronegócios da Apex, Igor Brandão, participou de uma dessas atividades nesta quinta-feira (7), a 10ª Conferência Internacional do Setor de Carnes na China.
Segundo Brandão, o evento mostrou o crescente interesse chinês por mais carnes – grande consumidor de suínos, o gigante asiático está aumentando o consumo de carne de gado e de frango. “Também chamou a atenção a preocupação com a sustentabilidade ambiental na produção”, relatou Brandão.
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