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Economia

- Publicada em 28 de Junho de 2019 às 03:00

Macron ainda balança no acordo do Mercosul

Presidente francês está preocupado com sua indústria de importações

Presidente francês está preocupado com sua indústria de importações


/Yoan VALAT/POOL/AFP/JC
O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou nesta quinta-feira, que não assinará nenhum acordo comercial com o Brasil caso o presidente Jair Bolsonaro saia do acordo climático de Paris, ameaçando colocar em risco os trabalhos de negociações comerciais entre União Europeia e Mercosul. As negociações da União Europeia com o grupo do Mercosul se intensificaram, com Bolsonaro dizendo este mês que um acordo poderia ser assinado "logo", enquanto o grupo europeu o chamou de "prioridade número um". No entanto, a irritação da União Europeia em relação ao aumento de importações de carne e a hesitação do Mercosul sobre abertura de alguns setores industriais, como o automotivo, fizeram prazos anteriores para um acordo serem descumpridos. Se um acordo estiver perto, está além do alcance.
O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou nesta quinta-feira, que não assinará nenhum acordo comercial com o Brasil caso o presidente Jair Bolsonaro saia do acordo climático de Paris, ameaçando colocar em risco os trabalhos de negociações comerciais entre União Europeia e Mercosul. As negociações da União Europeia com o grupo do Mercosul se intensificaram, com Bolsonaro dizendo este mês que um acordo poderia ser assinado "logo", enquanto o grupo europeu o chamou de "prioridade número um". No entanto, a irritação da União Europeia em relação ao aumento de importações de carne e a hesitação do Mercosul sobre abertura de alguns setores industriais, como o automotivo, fizeram prazos anteriores para um acordo serem descumpridos. Se um acordo estiver perto, está além do alcance.
A França em particular está preocupada com o impacto sobre sua vasta indústria agrícola de importações sul-americanas, que não teriam que respeitar as estritas regulações de meio ambiente da União Europeia. "Se o Brasil deixar o acordo de Paris, até onde nos diz respeito, não poderemos assinar o acordo comercial com eles", disse Macron no Japão, antes da reunião do G-20. "Por uma simples razão. Estamos pedindo que nossos produtores parem de usar pesticidas, estamos pedindo que nossas companhias produzam menos carbono, e isso tem um custo de competitividade", disse ele. "Então não vamos dizer de um dia para o outro que deixaremos entrar bens de países que não respeitam nada disso", acrescentou o presidente francês.
Em Tóquio, onde acompanha o presidente Jair Bolsonaro (PSL) para a reunião do G-20, o general Augusto Heleno, ministro-chefe do GSI, evitou comentar a fala de Macron. Questionado se o Brasil vai permanecer no Acordo de Paris, ele disse que "isso já foi dito". "Pode ou não, se for perguntado. Não está na pauta do G-20 isso", afirmou o ministro. O ministro falou que a política de meio ambiente é totalmente injusta ao Brasil.
"O Brasil é um dos países que mais preserva meio ambiente no mundo. Quem tem moral para falar da preservação de meio ambiente do Brasil? Estes países que criticam? Vão procurar a sua turma", disse. Heleno defendeu que o Brasil tem que buscar "o famoso desenvolvimento sustentável", que aproveite as riquezas sem prejudicar o meio ambiente. Ele ainda afirmou que países não podem "dar palpite no Brasil".
"Quais são as florestas que o europeu preservou? Veja o que tinha de floresta no início do século e o que tem hoje. Veja o que o Brasil tinha de floresta e tem hoje." Na quarta-feira, a chanceler alemã, Angela Merkel, disse que deseja conversar com Bolsonaro sobre o desmatamento no Brasil. Ele ainda disse não ter dúvidas de que há ONGs por trás das estratégias de países que questionam a proteção ambiental no Brasil. "Está cheio de ONG por trás deles, ONG sabidamente a serviço de governos estrangeiros."
 
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