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Economia

- Publicada em 24 de Abril de 2019 às 22:12

Braskem investe em novas tecnologias

Terra quer mais campanhas de reaproveitamento do plástico

Terra quer mais campanhas de reaproveitamento do plástico


EDISON TERRA/DIVULGAÇÃO/JC
Jefferson Klein
Em um momento em que o plástico precisa se reinventar para não ser visto como um elemento agressivo ao meio ambiente, a maior petroquímica brasileira, a Braskem, está apostando em novas tecnologias, resinas renováveis e no conceito de economia circular (que envolve a prática de reciclagem e de um encaminhamento adequado dos produtos pós-uso). Particularmente no Rio Grande do Sul, a companhia projeta para o último trimestre deste ano a finalização da ampliação do seu Centro de Tecnologia e Inovação localizado em Triunfo.
Em um momento em que o plástico precisa se reinventar para não ser visto como um elemento agressivo ao meio ambiente, a maior petroquímica brasileira, a Braskem, está apostando em novas tecnologias, resinas renováveis e no conceito de economia circular (que envolve a prática de reciclagem e de um encaminhamento adequado dos produtos pós-uso). Particularmente no Rio Grande do Sul, a companhia projeta para o último trimestre deste ano a finalização da ampliação do seu Centro de Tecnologia e Inovação localizado em Triunfo.
O grupo pretende investir R$ 50 milhões na expansão da sua estrutura de inovação no Brasil, o que abrange a construção de um novo prédio de 2,8 mil metros quadrados de área no centro de inovação gaúcho para receber laboratórios em que serão desenvolvidas e testadas tecnologias para a fabricação de resinas. O gerente de Inovação & Tecnologia da Braskem, Alessandro Cauduro, detalha que o montante será aplicado na infraestrutura no Rio Grande do Sul no decorrer dos próximos três a quatro anos. Além do edifício que ficará pronto em breve, a medida prevê a aquisição de novos equipamentos. Essa ação permitirá a Braskem, frisa Cauduro, desenvolver pesquisas sobre processos de produção de resinas, melhorando a competitividade da cadeia do plástico.
VÍDEOS JC: veja mais detalhes sobre as iniciativas da companhia
Apesar da importância do centro de tecnologia no Estado, não é somente dentro do País que a empresa está desenvolvendo seus estudos. A Braskem realiza uma pesquisa quanto à matéria-prima monoetilenoglicol (Meg) verde, que será utilizada para a produção da resina PET através de açúcar. O diretor da Braskem José Augusto Viveiro detalha que a empresa brasileira firmou parceria com a dinamarquesa Haldor Topsoe para testar em uma planta de demonstração, com capacidade de 1 mil toneladas ao ano, a viabilidade do projeto. O executivo calcula que dentro de dois anos será possível decidir se será investido em uma unidade com escala comercial desse produto. Não há uma definição sobre o local que essa fábrica poderia ser instalada, mas o dirigente argumenta que a tradição sucroalcooleira do Brasil é um diferencial competitivo em favor do País. Recentemente, a Braskem lançou também o EVA verde usado, por exemplo, na fabricação de palmilhas de calçados.
Essa e outras questões foram apresentadas pela Braskem durante a Feiplastic, maior feira do setor plástico da América Latina, que será realizada até sexta-feira, no Expo Center Norte, em São Paulo. Na ocasião, o vice-presidente da Unidade de Poliolefinas América do Sul e Europa da companhia, Edison Terra, ressaltou que de 22% a 25% do volume de plástico que vai ao mercado brasileiro hoje volta para ser reciclado. Para aumentar esse número, o executivo argumenta que é preciso traçar estratégias para facilitar o acesso a esses resíduos e investir em campanhas educacionais sobre o reaproveitamento do plástico. Terra reforça que a questão também é cultural. "A economia circular inicia com um consumo consciente", reforça.
O executivo admite que a comercialização de resinas com material reciclado da Braskem ainda é muito pequena, menos de 5% do total, mas a perspectiva é que esse percentual cresça. O que representa uma escala significativa é a planta de polietileno verde (feito do etanol proveniente da cana) que a Braskem possui em Triunfo. O complexo tem uma capacidade para produzir 200 mil toneladas ao ano da resina e, conforme Terra, praticamente toda sua produção possui mercado. O dirigente acrescenta que a companhia tem a possibilidade de incrementar a capacidade da estrutura, caso haja demanda. Um problema para uma maior propagação desse material é o seu valor mais elevado em relação à resina fóssil. A Braskem também mantém pesquisas para o desenvolvimento do polipropileno verde, de forma que seja economicamente viável.
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