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Agronegócios

- Publicada em 22 de Novembro de 2018 às 22:23

SLC investirá em grãos e revendas de máquinas

Eduardo Logemann palestrou para a Câmara Brasil-Alemanha

Eduardo Logemann palestrou para a Câmara Brasil-Alemanha


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Thiago Copetti
Após a venda da SLC Alimentos para a Camil, no final de outubro, a SLC Participações se retirou do setor industrial, origem da empresa aberta há mais de 70 anos em Horizontina. Em 2017, já havia se desfeito da Ferramentas Gerais, ampliando a concentração na agricultura, e, agora, tem foco total no setor primário e pequena presença no comércio de máquinas, que poderá ser expandir.
Após a venda da SLC Alimentos para a Camil, no final de outubro, a SLC Participações se retirou do setor industrial, origem da empresa aberta há mais de 70 anos em Horizontina. Em 2017, já havia se desfeito da Ferramentas Gerais, ampliando a concentração na agricultura, e, agora, tem foco total no setor primário e pequena presença no comércio de máquinas, que poderá ser expandir.
Os motivos da guinada total do setor secundário para o primário se justifica pelas boas perspectivas que tem a produção de alimentos no mundo, tema da palestra do diretor-presidente da empresa, Eduardo Logemann, nesta quinta-feira, no Palácio do Comércio. "A população e o poder de compra mundial crescem constantemente, o mundo está se urbanizado e quer comer mais e melhor, mais proteína. E a produção de carnes depende de soja e de milho. E o Brasil é o país que tem as melhores condições de fornecer esses insumos ao mundo", sintetizou Logemann.
A confiança do empresário no futuro do agronegócio brasileiro é parte da explicação da guinada total da SLC Participações para o campo. Ao falar a empresários e gestores, em evento da Câmara Brasil-Alemanha, nesta quinta-feira, Logemann, de certa forma, explicou o passado e o futuro da SLC Participações, que, hoje, opera no Estado apenas com a venda de máquinas e implementos agrícolas. "Temos 17 fazendas em diferentes parte do País. No Rio Grande do Sul, só revendas de máquina agrícolas, especialmente no Noroeste, atividade que estudamos levar para outras partes do Brasil", antecipou Logemann ao Jornal do Comércio, antes da palestra.
Os bons olhos com os quais o executivo olha os rumos do agronegócio brasileiro se direcionam até mesmo a uma das áreas mais sensíveis do setor: a logística. Hoje, diz o empresário, o custo logístico por bushel de soja chega a US$ 2,2 no Mato Grosso, onde o grupo tem boa parte de suas fazendas (nos EUA, é de US$ 0,85) "Mas, ainda que lentamente, esse custo será reduzido com melhoras que estão vindo, e virão, em portos e ferrovias, por exemplo. Ou seja, seremos ainda mais competitivos", avalia Logemann.
O empresário citou como fonte das boas perspectivas no setor de infraestrutura os investimentos privados, pois o governo deverá levar adiante as PPPs no setor. "Devemos esquecer o governo. É o setor privado que tem de fazer as melhorias necessárias em logística", alertou o empresário. Logo após, destacou que são infundados os temores de avanço da presença chinesa, por exemplo, na logística brasileira em portos e ferrovias. "Ninguém levará para China um ferrovia construída aqui. Tudo que se fizer aqui, ficará aqui", alertou, comentando os temores que considera infundados sobre o aumento dos investimentos do gigante asiático no Brasil, como já foi sinalizado pelo novo governo federal.
Os riscos na relação com a China, diz Logemann, são na elevada dependência brasileira sobre o país asiático na hora de exportar seus grãos, especialmente soja. O diretor da SLC Participações recomenda a busca por diversificação de mercados. Mas ressalta que, dado o elevado consumo do país e o atual conflito comercial com os Estados Unidos, o Brasil não tem como deixar de aproveitar para ampliar sua presença por lá. Seja com grãos, seja com algodão - hoje, o principal cultivo da SLC Participações. "Metade da nossa receita, hoje, vem do algodão. Respondemos, sozinhos, por aproximadamente 10% do total das exportações brasileiras de algodão. E, claro, boa parte direcionado à China", conta Logemann.
 
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