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- Publicada em 19 de Novembro de 2018 às 22:38

Cenário força Copagra a fechar unidades em Porto Alegre

Autorizada Ford sente os efeitos negativos da crise que afetou a indústria automotiva em todo o País

Autorizada Ford sente os efeitos negativos da crise que afetou a indústria automotiva em todo o País


/MARCO QUINTANA/JC
Uma das maiores e mais antigas revendas da Capital, a Copagra anunciará em breve o fechamento de unidades em Porto Alegre, onde opera há 55 anos. Procurado para falar sobre o final da atividades, o diretor executivo da Copagra, Rafael Cestari, disse que somente comentaria o fato após comunicado oficial sobre o assunto, o que deve ocorrer na quinta-feira.
Uma das maiores e mais antigas revendas da Capital, a Copagra anunciará em breve o fechamento de unidades em Porto Alegre, onde opera há 55 anos. Procurado para falar sobre o final da atividades, o diretor executivo da Copagra, Rafael Cestari, disse que somente comentaria o fato após comunicado oficial sobre o assunto, o que deve ocorrer na quinta-feira.
O fim de atividades da Copagra, segundo fontes que acompanham o setor, não estaria ligado a problemas na empresa, mas relacionado a diferentes movimentos de retração do setor e da própria Ford. Setorialmente, é fato a acentuada queda nas vendas desde 2013, início da crise brasileira. De acordo com a Fenabrave, o segmento automotivo levará até 2023 para retomar os patamares de 2012, quando a produção de automóveis no País foi de cerca de 2,8 milhões de unidades. Até outubro de 2018 os licenciamentos nacionais de automóveis mal alcançam 1,7 milhão.
No caso da Ford, montadora com a qual opera a Copagra, o problema seria um perda maior de mercado nos últimos anos, o que teria resultado em um excesso de concessionárias. Especializada em informações sobre negócios e finanças, a Bloomberg, inclusive, indicou em agosto deste ano que a Ford estaria se readaptado no mercado da América Latina, cujas mudanças impactariam fortemente o Brasil.
A reorganização do setor ocorreu também, recentemente, com a Guaíba Car, que fechou portas em Cachoeirinha, por exemplo. O ano mais crítico no País como um todo foi 2015, quando a Fenabrave apontou o fechamento mais de 1 mil concessionárias. O setor, no entanto, não se movimenta apenas com retrações.
O ano de 2019 pode ser o começo de uma retomada das vendas, ainda que lenta. E por isso há também certa confiança para investir na expansão de algumas revendas. O Grupo Betiolo, de Caixas do Sul, comprou a revenda Fiat Sbardecar no final do ano passado, por exemplo. Marcelo Paim, responsável pela área de marketing da Betiolo, lembra que a própria Fiat já fez ajustes em sua rede de concessionária em meio à crise.
"Enquanto a venda de novos cai, a de seminovos cresce, e vice-versa. Como viemos da área de seminovos, seguimos um caminho inverso e decidimos investir na compra da Sbardecar", diz Paim, ressaltado que hoje a empresa inclusive está inaugurando uma nova revenda, a Betiolo Jeep, em Lajeado.

Financiamento de zero km cresce 13,9% em outubro

As vendas financiadas de veículos automotores, tanto nos mercados de novos como no de usados, totalizaram 495.458 unidades em outubro de 2018. Levando em conta o total de financiamentos para o mês, incluindo motos e pesados, novos e usados, a alta foi de 10% na comparação com outubro do ano passado.
O indicador é resultado de um levantamento da B3, que opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), base integrada de informações que reúne o cadastro de veículos dados como garantia em operações de crédito em todo o Brasil. Do total de veículos vendidos no mês passado, 120.485 veículos são autos leves zero quilômetro. Este número revela um crescimento de 13,9% na comparação com outubro de 2017.
Considerando os 22 dias úteis de outubro de 2018, foram financiados 8.654 veículos novos por dia. Essa é a maior média diária registrada desde dezembro de 2015, quando o volume diário foi de 9.019 veículos novos financiados.