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Economia

- Publicada em 23 de Julho de 2018 às 22:25

PF abre inquérito sobre a venda de ações do Banrisul

Investigação recai sobre venda de 29 milhões de papéis que renderam R$ 537,4 milhões ao governo

Investigação recai sobre venda de 29 milhões de papéis que renderam R$ 537,4 milhões ao governo


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Patrícia Comunello
A Polícia Federal (PF) no Rio Grande do Sul instaurou inquérito que vai apurar se houve irregularidade nos leilões de venda de ações do Banrisul que pertencem ao Estado. Foram operações em abril deste ano com venda de quase 29 milhões de papéis. O segundo leilão, em 27 de abril, não chegou a ter divulgação prévia da negociação. O pedido de investigação foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF) no Rio Grande do Sul. A Delegacia de Combate a Crimes de Corrupção e aos Crimes Financeiro, ligada à Superintendência Regional da PF, cuidará do caso.
A Polícia Federal (PF) no Rio Grande do Sul instaurou inquérito que vai apurar se houve irregularidade nos leilões de venda de ações do Banrisul que pertencem ao Estado. Foram operações em abril deste ano com venda de quase 29 milhões de papéis. O segundo leilão, em 27 de abril, não chegou a ter divulgação prévia da negociação. O pedido de investigação foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF) no Rio Grande do Sul. A Delegacia de Combate a Crimes de Corrupção e aos Crimes Financeiro, ligada à Superintendência Regional da PF, cuidará do caso.
Após a abertura do inquérito na sexta-feira passada, foram encaminhados pedidos de informações à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), informou a assessoria da PF. Além dos órgãos federais, há medidas para apurar as circunstâncias de venda tomadas pelo Ministério Público Estadual, que abriu inquérito em 1º de julho, e do Ministério Público (MP) de Contas, que já solicitou inspeção especial nas operações. O MP de Contas também já havia pedido explicações do banco. O Estado autorizou o Banrisul a fazer a venda. O banco emitiu em 11 de julho um fato relevante garantindo que seguiu as regras da CVM.
O MPF pediu a instauração de inquérito para apurar se houve crime contra o mercado de capitais na venda de ações preferenciais na Bolsa de Valores (B3). O MPF enviou Ofício Especializado Criminal, segundo a assessoria de imprensa, à PF "para instauração de inquérito policial, considerando a existência de indícios da prática de crimes contra o mercado de capitais". A medida foi tomada após denúncia do SindBancários e da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do Estado (Fetrafi-RS) sugerindo manipulação de mercado e informação privilegiada em leilões de papéis do banco estadual.
O banco promoveu leilões nos dias 10 e 27 de abril para a venda de quase 29 milhões de ações da fatia do Estado, que manteve o controle, pois tem maior fatia dos ativos ordinários, mas recuou o peso no capital a 49,89%. O governo estadual autorizou a instituição a fazer as operações, o que incluía contratar uma corretora, que foi o BTG Pactual. O que chamou mais a atenção foi a oferta em 27 de abril, que somou quase 3 milhões de ações preferenciais BRSR3, que não foi comunicada previamente. A B3 e a CVM solicitaram explicações sobre a movimentação atípica, indicando a variação de preços, 31% abaixo do fechamento do dia anterior. A CVM instaurou processo para avaliar as operações.
O Estado obteve R$ 537,4 milhões nos leilões. Os recursos foram usados para pagar o funcionalismo.
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