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GASTRONOMIA

- Publicada em 18 de Setembro de 2015 às 00:00

Tutti Giorni, o bar dos cartunistas, reabre as portas nesta sexta-feira


JONATHAN HECKLER/JC
Jornal do Comércio
Conhecido por ser frequentado por cartunistas, o bar Tutti Giorni reabre nesta sexta-feira (18) em Porto Alegre. As novas instalações do local são próximas de onde ele abriu pela primeira vez, ainda em 1989: as escadarias da avenida Borges de Medeiros, ou Viaduto Otávio Rocha – desta vez próximo à esquina com a Jerônimo Coelho, ao lado do Hotel Savoy. 

Conhecido por ser frequentado por cartunistas, o bar Tutti Giorni reabre nesta sexta-feira (18) em Porto Alegre. As novas instalações do local são próximas de onde ele abriu pela primeira vez, ainda em 1989: as escadarias da avenida Borges de Medeiros, ou Viaduto Otávio Rocha – desta vez próximo à esquina com a Jerônimo Coelho, ao lado do Hotel Savoy. 

Ernani Marchioretto, o Nani, como é chamado, é o fundador e dono do Tutti. Natural de Muçum, no Vale do Taquari, Nani se mudou com a família para a Capital em 1979, quando tinha 15 anos. Dez anos depois, quando passaram dificuldades financeiras e com sua mãe doente, ele decidiu abrir um negócio. Descobriu uma sala vaga no Centro e, com o jornalista e amigo Emílio Pedroso como sócio, nasceu o Tutti Giorni.

O nome - já tradicional da noite porto-alegrense - foi criado pelo cartunista Iotti. Aliás, a presença de cartunistas se tornou uma das marcas principais do lugar. Em razão de os donos serem amigos de ilustradores, e muitos deles frequentarem o local, as reuniões da Grafar (Grafistas Associados do Rio Grande do Sul) passaram da Casa de Cultura Mario Quintana para as dependências do bar. Desde então, as paredes do lugar são cheias de obras originais produzidas pelos fregueses.

Outra marca registrada é o prato social. Percebendo que nem todo mundo desejava o tradicional à la minuta, Ernani resolveu produzir seu próprio prato feito. e com um preço simbólico: R$ 1,99. Composto por carreteiro (que varia de charque a linguiça), pão ou salada e refrigerante, a iguaria continuará no cardápio, desta vez a R$ 7.

Ainda assim, a reabertura do bar não foi tarefa fácil. Em 2012, após 23 anos nos altos da escadaria da Borges, o bar foi obrigado a fechar. Isso porque, após sofrer um acidente, Nani passou a ter problemas financeiros. Antes abrindo para almoço e à noite, de segunda a sexta, o Tutti passou a abrir só de dia. A pedido dos amigos cartunistas, começou a operar apenas nas terças à noite para as reuniões. Quando Nani percebeu que não conseguiria mais arcar com o condomínio, segundo ele, “se agarrou na lei” que diz que estabelecimentos térreos com entrada independente não necessitam pagar a taxa. Mesmo assim, a administração do prédio entrou com uma ação e Ernani, mesmo recorrendo, perdeu a ação. Ele lembra que na época alguns clientes até organizaram uma espécie de “vaquinha”, mas o valor arrecadado foi insuficiente para manter o espaço. 

Assim, o bar teve que se mudar, e foi parar em frente à Praça dos Açores, onde permaneceu até junho de 2014. Com problemas com o Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI) e reclamações da vizinhança, o bar mais uma vez teve que fechar as portas.

“Eu controlava o horário e as pessoas que estavam dentro do bar. Mas muita gente se reunia na frente, nos Açores. Aí começaram a vir os ambulantes e a galera ficava ali até tarde. Quando acabava o horário do Tutti eu até batia um sininho para avisar, mas não podia expulsar as pessoas que estavam do lado de fora, não posso fazer o papel da polícia”, disse. 

Pouco mais de um ano depois procurando um novo local “que tivesse PPCI”, como ele conta, Nani achou a sala que fica próxima ao lugar que o acolheu no final da década de 1980. 

Para alegria dos apreciadores da atmosfera única do bar, o Tutti Giorni reabre nesta sexta à noite e, a partir de segunda-feira (21), também para almoço. O local ainda contará com algumas aberturas noturnas, mas ainda sem dias fixos. E mais: promete para breve um festival de música brega.

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