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TRABALHO

- Publicada em 31 de Agosto de 2015 às 00:00

Empresas ampliam uso de nomenclaturas estrangeiras


ENEIDA SERRANO/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
Com a crescente globalização da economia, tem aumentado também o número de empresas situadas no Brasil que trocam seus cargos de diretores por chief officers, seus gerentes regionais por country managers e seus presidentes por CEOs. As nomenclaturas podem causar estranhamento para quem as ouve pela primeira vez, mas não passam de uma adaptação. "Eu diria que quanto maior e mais globalizada for uma empresa, mais comum são essas denominações", avalia José Inácio Fritsch, presidente da Fritsch Consulting, de Porto Alegre, e com experiência em atuação na posição de CIO (Chief Information Officer).
Com a crescente globalização da economia, tem aumentado também o número de empresas situadas no Brasil que trocam seus cargos de diretores por chief officers, seus gerentes regionais por country managers e seus presidentes por CEOs. As nomenclaturas podem causar estranhamento para quem as ouve pela primeira vez, mas não passam de uma adaptação. "Eu diria que quanto maior e mais globalizada for uma empresa, mais comum são essas denominações", avalia José Inácio Fritsch, presidente da Fritsch Consulting, de Porto Alegre, e com experiência em atuação na posição de CIO (Chief Information Officer).
Em grande parte dos casos, as terminologias são introduzidas no Brasil por empresas estrangeiras, a partir de fusões e aquisições, com o objetivo de igualar a política de gestão de pessoas. No entanto, é comum que companhias nacionais que atuam no exterior também se adaptem, a fim de facilitar as negociações com outros países. De acordo com Fernando Poziomczyk, gerente executivo da Michael Page de Porto Alegre, não existe um padrão que iguale as instituições que adotam essas nomenclaturas, mas elas são mais usuais nas de grande porte. "Os cargos mais corriqueiros são os de CEO (Chief Executive Officer) e CFO (Chief Financial Officer), presidente e diretor financeiro, respectivamente."
Poziomczyk explica ainda que o CEO e o presidente são usualmente a mesma figura, responsáveis por operacionalizar toda a empresa, e acrescenta que o inglês ainda traz outro termo que pode ser confundido: o chairman. "Normalmente, o chairman é o representante do conselho de diretores, que representa o interesse dos investidores e dá as diretrizes para a companhia. A partir disso os diversos ?Cs vão executar as operações". As posições de CIO (diretor de tecnologias da informação) e CTO (diretor de tecnologias) também são comumente igualadas. "O CIO antes tinha o papel técnico e também o de desenvolvimento de processos. Hoje, o CTO é mais responsável pela técnica, enquanto o CIO é mais focado na governança de processos", diferencia Fritsch.
Outra demanda que tem crescido, principalmente com o aumento de startups com filiais no Brasil, é a de profissionais aptos a ocupar a posição de country managers, também chamada de regional president. "São dirigentes regionais de unidades de negócios de multinacionais. O country manager é a maior figura executiva de uma operação dentro de um país", define Poziomczyk. Geralmente, eles são os maiores responsáveis por consagrar um negócio em um novo país a partir de metas traçadas pelas companhias e executadas por eles.
Flávia Jovelina Lemos Pereira, diretora de sistemas de remuneração da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) do Rio Grande do Sul, avalia que a literatura estrangeira sobre administração e gestão também pode ter influenciado a crescente adoção dos termos. No que diz respeito à remuneração, ela aponta que o CEO é o que está no topo da hierarquia dos diretores e, consequentemente, é o melhor remunerado. O restante dos executivos têm remunerações variadas. "Um valor fixo, baseado nas responsabilidades e entregas esperadas em cada cargo e uma parcela variada, que é atrelada a metas e resultados globais, além de um pacote de benefícios que possa atrair os melhores profissionais do mercado em cada posição", explica.
Além disso, enquanto muitos cargos estão tendo suas nomenclaturas alteradas, cresce o número de profissões que são originalmente adotadas com a denominação estrangeira, como é o caso dos profissionais de coaching. Fabíola Rumich, que atua como Personal Branding Coach - especialista na promoção de uma pessoa, marca ou negócio - avalia que um dos motivos da profissão se manter com o nome em inglês é que a tradução direta do termo coaching para o português seria treinamento, termo usualmente associado ao esporte. "A ideia de um coaching de carreira é mais aceita que a de um treinador. De certa forma, as pessoas aqui valorizam o inglês", acredita.

FONTE: FLÁVIA JOVELINA LEMOS PEREIRA
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