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Mercado Financeiro

- Publicada em 28 de Agosto de 2015 às 00:00

Dólar sobe com exterior e dados internos decepcionantes de PIB e resultado fiscal


Jornal do Comércio
Após a trégua de quinta-feira (27) quando o dólar caiu mais de 1%, os investidores voltaram a buscar a moeda americana nesta sexta-feira (28) influenciados por fatores internos e externos. Os números decepcionantes do PIB brasileiro e do resultado fiscal de julho favoreceram a procura por dólares no Brasil, enquanto lá fora declarações de um dirigente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) no início da tarde reforçaram o movimento.

Após a trégua de quinta-feira (27) quando o dólar caiu mais de 1%, os investidores voltaram a buscar a moeda americana nesta sexta-feira (28) influenciados por fatores internos e externos. Os números decepcionantes do PIB brasileiro e do resultado fiscal de julho favoreceram a procura por dólares no Brasil, enquanto lá fora declarações de um dirigente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) no início da tarde reforçaram o movimento.

O dólar à vista de balcão fechou em alta de 0,56%, aos R$ 3,5830. Na semana, a alta acumulada foi de 2,58%. No início do dia, às 9h32, chegou a registrar a mínima de R$ 3,5450 (-0,51%) e, à tarde, no pico da sessão, marcou R$ 3,6000 (+1,04%). O dólar para setembro, que encerra apenas às 18 horas, avançava no fim da tarde a R$ 3,5850 (+0,76%).

Pela manhã, o mercado até ensaiou a continuidade do movimento de venda de dólares visto ontem, realizando os lucros mais recentes. Mas, quando os números da economia brasileira foram divulgados, ficou claro que o País tem dificuldades para voltar a crescer e para ajustar suas contas. O Produto Interno Bruto (PIB) de julho indicou retração de 1,9% no segundo trimestre, ante o primeiro, e caiu 2,6% ante o segundo trimestre do ano passado. Para piorar, o PIB do primeiro trimestre do ano foi revisado em baixa, de -0,2% para -0,7% ante o quarto trimestre de 2014. Na prática, o País está em recessão técnica.

Já o Banco Central informou que o setor público consolidado teve um déficit primário de R$ 10,019 bilhões em julho - bem pior que os R$ 8,050 bilhões negativos esperados pelo mercado (mediana das previsões).

Esta combinação explosiva - recessão e rombo fiscal - fez investidores buscarem a segurança do dólar. A moeda acelerou ainda mais no início da tarde, após declarações do vice-presidente do Fed, Stanley Fischer, sobre o futuro da política monetária nos EUA. Segundo ele, é "muito cedo para dizer o que vamos fazer em setembro", na reunião do comitê do Fed. O comentário, na prática, não descarta a possibilidade de alta de juros no próximo mês, o que deu força ao dólar ao redor do mundo e também aos yields dos Treasuries naquele momento.

Depois disso, o dólar acomodou-se em patamares mais baixos, mesmo porque hoje também já foi percebida certa pressão de investidores vendidos (posicionados na queda da moeda) antes da determinação da ptax de fim de mês, na segunda-feira. Na outra ponta, os comprados pressionaram as cotações para cima em alguns momentos.

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