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Negócios Corporativos

- Publicada em 27 de Agosto de 2015 às 00:00

Vale vende mina de carvão na Austrália para mineradora suíça e grupo australiano


Jornal do Comércio
Dando continuidade à venda de ativos não essenciais, a Vale fechou acordo para vender uma mina de carvão desativada na Austrália para a mineradora suíça Glencore e a empresa de serviços de engenharia australiana Bloomfield por um valor não divulgado. Em julho, a brasileira já havia vendido uma de suas minas de carvão na Austrália por menos de US$ 1.

Dando continuidade à venda de ativos não essenciais, a Vale fechou acordo para vender uma mina de carvão desativada na Austrália para a mineradora suíça Glencore e a empresa de serviços de engenharia australiana Bloomfield por um valor não divulgado. Em julho, a brasileira já havia vendido uma de suas minas de carvão na Austrália por menos de US$ 1.

A mina, chamada de Integra, estava em manutenção desde maio de 2014, quando a Vale disse que os baixos preços do carvão tornavam insustentável mantê-la aberta. O valor do negócio não foi divulgado. Em comunicado conjunto, Glencore e Bloomfield disseram que a transação será fechada nas próximas semanas.

O complexo de Integra reúne minas a céu aberto e subterrâneas que produzem tanto carvão metalúrgico - usado na indústria siderúrgica - como térmico, usado na geração de eletricidade. Nas subterrâneas, a capacidade é de 4,5 milhões de toneladas por ano. Nas que ficam a céu aberto, a capacidade é de cerca de 3,6 milhões de toneladas anuais.

Pelo acordo, a Glencore ficará com as operações subterrâneas e a Bloomfield ficará com as minas a céu aberto, além da ferrovia usada para escoamento. A Vale detém 61% do complexo. O restante pertence a um pool de empresas asiáticas, entre elas a siderúrgica sul-coreana Posco.

É a segunda mina de carvão que a Vale vende em um mês. Em 30 de julho, a mineradora brasileira vendeu a mina de Isaac Plains, também na Austrália, para uma operadora local em meio a uma desaceleração do setor que custou milhares de empregos e bilhões de dólares em prejuízos.

Os preços do carvão usado na mineração caíram de US$ 300 por tonelada em 2011 para cerca de US$ 85, refletindo um excesso da oferta global e uma desaceleração na produção de aço na China. Os dois principais insumos para a produção siderúrgica são minério de ferro e carvão e, com a desaceleração chinesa, o carvão exportado a partir da Austrália perdeu espaço no mercado.

A Vale não divulgou nota. Disse apenas que a venda está em linha com sua estratégia de deter ativos de classe mundial capazes de produzir grandes volumes a custos competitivos.

Na Austrália, a Vale ainda mantém uma mina (Carborough Downs), que, ao contrário das outras duas, está em funcionamento. O principal ativo de carvão da empresa fica em Moçambique, onde a mineradora desenvolve o projeto de Moatize.

A Vale vem se desfazendo de ativos não-estratégicos desde 2011, com o objetivo de concentrar investimentos em projetos essenciais para a companhia, como o S11D (expasão do complexo de minério de ferro de Carajás, no Pará). Já foram vendidos navios, parte do ouro produzido no Pará e até uma subsidiária de minério de ferro.

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