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Governo Federal

- Publicada em 03 de Agosto de 2015 às 00:00

Ministro diz que Cunha não deve transformar Câmara em bunker da oposição


JOSÉ CRUZ/ABR/JC
Jornal do Comércio
O ministro da Defesa, Jaques Wagner, disse nesta segunda-feira (3) que estranharia se o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que rompeu recentemente com o governo, transformasse a Casa em um bunker de oposição. Depois de participar da reunião semanal que a presidente Dilma Rousseff mantém com seus principais ministros, Wagner admitiu que o comportamento de Cunha na retomada dos trabalhos legislativos é uma preocupação do governo.
O ministro da Defesa, Jaques Wagner, disse nesta segunda-feira (3) que estranharia se o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que rompeu recentemente com o governo, transformasse a Casa em um bunker de oposição. Depois de participar da reunião semanal que a presidente Dilma Rousseff mantém com seus principais ministros, Wagner admitiu que o comportamento de Cunha na retomada dos trabalhos legislativos é uma preocupação do governo.
"A preocupação geral que se tem é que se mantenha a institucionalidade da Casa. O papel do presidente da Casa, independente de não ser vedado a ele ter suas preferências, mas é um papel de magistrado e portanto de manter o equilíbrio da Casa. Eu acho estranho se a presidência da Câmara dos Deputados se transformar no bunker organizador da oposição. Isso é papel das lideranças da oposição", afirmou o ministro em entrevista coletiva após o encontro com Dilma.
Wagner disse ainda que o governo não vai estimular rivalidade entre Cunha e o presidente do Senado, Renan Calheiros, que se mantém oficialmente na base aliada do governo.
"(Renan) é um homem que estava e continua se declarando da base do governo, eu acho que a relação tem momentos de mais ruído, menos ruído mas é uma relação que está caminhando normal. Não há por que ficar fazendo contraponto entre presidentes das duas casas. Renan se declara na base. Não seria positivo estimular mais guerra num ambiente conflituado. Quem é governo quer paz", disse Wagner.
O ministro negou que o governo esteja trabalhando neste momento na redução no número de ministérios, atualmente em 39. O enxugamento da máquina pública e a redução dos gastos do governo são bem-vindos, mas não há discussão prática sobre o tema.
Sobre a fusão e redução de ministérios, diria que é uma preocupação constante de qualquer governo e deste. Imagino que a nível de Ministério do Planejamento com a Dilma pode estar se fazendo cenários, que acho que é sempre positivo você fazer a racionalização da máquina, mas hoje realmente não teve nenhuma discussão objetiva sobre pasta a ou b, fusão dessa com aquela. Mas diria que o guarda chuva da boa gestão e da racionalidade vai estar sempre presidindo, principalmente num momento de dificuldade. Então, sempre que você puder, sem prejuízo político, fazer redução de custos, acho que é sempre bem-vinda", argumentou Wagner.

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