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INDÚSTRIA

- Publicada em 24 de Abril de 2015 às 00:00

FGV aponta que é difícil haver recuperação da indústria até o 3º trimestre


Jornal do Comércio
A confiança da indústria de transformação sinaliza que será difícil haver uma recuperação na atividade até pelo menos o terceiro trimestre deste ano. O Índice de Expectativas da sondagem do setor atingiu neste mês o menor nível de toda a série, iniciada em abril de 1995, conforme a prévia divulgada nesta sexta-feira (24) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). No horizonte de seis meses, as expectativas sobre os negócios continuam piorando, e nos próximos três meses a produção e o emprego tendem a diminuir ainda mais.

A confiança da indústria de transformação sinaliza que será difícil haver uma recuperação na atividade até pelo menos o terceiro trimestre deste ano. O Índice de Expectativas da sondagem do setor atingiu neste mês o menor nível de toda a série, iniciada em abril de 1995, conforme a prévia divulgada nesta sexta-feira (24) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). No horizonte de seis meses, as expectativas sobre os negócios continuam piorando, e nos próximos três meses a produção e o emprego tendem a diminuir ainda mais.

"Ainda não dá para dizer que a indústria está vendo o final do período de piora. A indústria ainda vê riscos e vai continuar cautelosa. No horizonte de três a seis meses, o cenário ainda será muito difícil", afirmou o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da FGV, Aloisio Campelo.

Nesta sexta, a instituição informou que a confiança da indústria recuou 3,2% na prévia de abril ante o resultado final de março, para o menor patamar desde outubro de 1998. Campelo lembrou que, naquela época, o setor penava com a sobrevalorização do real (no regime de câmbio fixo em que R$ 1 valia US$ 1), com o volume pequeno de reservas internacionais e falta de liquidez no mundo após a Crise Asiática.

As expectativas, por sua vez, cederam 8,2% na passagem do mês, ao menor nível já registrado. Segundo o superintendente, o resultado se deu por uma redução do número dos que ainda estavam otimistas com o futuro. A mudança, no entanto, não tem a ver com a condução da política econômica atualmente. "A percepção é de que o ajuste é necessário. Os empresários estão chegando à conclusão de que o nível de atividade ainda está fraco", disse Campelo.

Por outro lado, a percepção sobre a situação atual melhorou 1,9% na prévia divulgada nesta sexta. "Isso não tem a ver com o Nuci (Nível de Utilização da Capacidade Instalada), nem é por melhora muito expressiva nos estoques. Estamos detectando melhora na percepção da demanda externa, possivelmente em função do câmbio, e na situação atual dos negócios. Isso tem a ver com redução das turbulências e com o risco menor de racionamento", afirmou.

Outra boa notícia, segundo o superintendente, é que a confiança da indústria de bens de capital parou de cair em abril. "Não acho que vai haver um boom de investimentos, pelo contrário. Mas já é alguma coisa", comentou. A confiança da categoria de bens intermediários também melhorou, provavelmente devido ao real mais desvalorizado ante o dólar. Já as categorias de bens duráveis, não duráveis e de material de construção seguiram em deterioração neste mês, segundo a FGV.

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