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Comércio Exterior

- Publicada em 03 de Fevereiro de 2015 às 00:00

Plano Nacional de Exportação é adiado para março


Jornal do Comércio
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Armando Monteiro, afirmou ontem, durante palestra promovida pela FecomercioSP, que trabalha com “ampla participação do setor privado” no Plano Nacional de Exportações, que será lançado no início de março. No início do ano, o ministro afirmou que pretendia lançar o plano em fevereiro.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Armando Monteiro, afirmou ontem, durante palestra promovida pela FecomercioSP, que trabalha com “ampla participação do setor privado” no Plano Nacional de Exportações, que será lançado no início de março. No início do ano, o ministro afirmou que pretendia lançar o plano em fevereiro.
Citando as dificuldades econômicas que serão enfrentadas em 2015 e afirmando que os ajustes fiscais que estão sendo feitos pelo governo são necessários, o ministro informou que o Brasil precisa ter uma política comercial “mais ativa e pragmática” e destacou que as exportações serão colocadas no foco das atenções comerciais brasileiras. “As exportações podem ajudar na recuperação da economia”, afirmou a uma plateia de 70 empresários.
O ministro destacou que trabalhará para ser uma espécie de “modulador” entre as demandas do setor privado e o governo. “Nosso ministério é uma plataforma de interlocução com o setor privado.” “Ao mesmo tempo em que reconhecemos que o ajuste fiscal no Brasil é imperativo e impõe restrições, temos que encontrar espaço para algumas políticas que possam, de alguma maneira, garantir o nível de atividade, sobretudo setores mais expostos a concorrência externa.”
Monteiro destacou que a pasta terá que ser “solidária” com as medidas de ajustes, mas que elas “não podem também ter efeitos paralisantes” sobre agendas de reformas que se destinam a melhorar empresas e retomar investimentos a médio prazo. Segundo ele, o Brasil carece de reformas que, infelizmente, não se completaram nos últimos anos, e o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff “se reinaugura com a necessidade de produzirmos o reequilíbrio macroeconômico”. “Sem os ajustes, o Brasil não vai retomar ciclo de crescimento. Se medidas não forem adotadas, os custos serão muito maiores para sociedade brasileira”, afirmou.
Além das grandes reformas, Monteiro disse que trabalhará para “enfrentar a agenda microeconômica”, com melhoria do ambiente regulatório e tributário. Ele reforçou que vai atuar para que o impacto das medidas possa ser amortecido. Citando o crescimento mundial e da China na última década, o ministro afirmou que nos últimos anos o Brasil se beneficiou do ciclo de preços em alta de commodities, mas, em 2014, experimentou um déficit importante por conta do processo de queda desses preços.
“Nos últimos anos, o Brasil teve resultados favoráveis nos termos de troca, acumulando reservas e superávits, mas isso de fato não resultou em ganhos e conduziu o País a uma certa acomodação no enfrentamento da agenda de reformas”, avaliou.

Setor precisa de ‘previsibilidade no câmbio’

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Armando Monteiro, comentou as declarações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de que o governo não tem a intenção de manter o câmbio “artificialmente valorizado”. “Evidentemente, ninguém fixa artificialmente taxa de câmbio, mas, por outro lado, o setor exportador precisa de previsibilidade; isso significa que câmbio não pode ser muito oscilante e volátil”, afirmou.
Na última sexta-feira, 30 de janeiro, Levy mencionou a questão cambial ao responder pergunta de um economista do Bradesco sobre como o governo planeja contribuir para a indústria brasileira, especialmente a que exporta, conseguir se reerguer. Levy afirmou que o câmbio é uma variável que não se pode controlar com facilidade e afirmou não ter a intenção de manter o câmbio “artificialmente valorizado”. “Não faremos grandes operações no câmbio”, disse.
Monteiro afirmou ainda que “gostaria de adicionar” sua opinião à colocação do ministro Levy e disse que para ele “o câmbio não pode ser usado também como instrumento de combate da inflação”. “O câmbio é um preço importante na economia e, portanto, precisa produzir um equilíbrio no processo concorrencial.”
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