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energia

- Publicada em 26 de Janeiro de 2015 às 00:00

CEEE vai reavaliar data de reajuste


FERNANDO C. VIEIRA/CEEE/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
Alteraram-se os nomes da diretoria do Grupo CEEE e, com isso, também mudou a convicção sobre uma das estratégias que já tinha sido traçada pela empresa. Entre os antigos planos, estava a tentativa de passar a data das revisões e reajustes tarifários anuais da companhia de 25 de outubro para 25 de fevereiro. Porém, o novo presidente da estatal, Paulo de Tarso Pinheiro Machado, que teve a cerimônia de posse celebrada na sexta-feira, adianta que essa questão será analisada novamente. 

Alteraram-se os nomes da diretoria do Grupo CEEE e, com isso, também mudou a convicção sobre uma das estratégias que já tinha sido traçada pela empresa. Entre os antigos planos, estava a tentativa de passar a data das revisões e reajustes tarifários anuais da companhia de 25 de outubro para 25 de fevereiro. Porém, o novo presidente da estatal, Paulo de Tarso Pinheiro Machado, que teve a cerimônia de posse celebrada na sexta-feira, adianta que essa questão será analisada novamente. 

“Temos que saber por que o pedido foi negado em um primeiro momento”, argumenta o dirigente. A solicitação da antiga diretoria do Grupo CEEE foi recusada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no ano passado, mas a pasta deixou aberta a possibilidade de rediscutir o tema, com mais tempo para o debate. O ex-presidente da empresa Gerson Carrion sustenta que a transferência do período do reajuste seria benéfica para a companhia e para o Estado.

Apesar dessa posição de repensar sobre a mudança da data do seu reajuste, os clientes do Grupo CEEE, especificamente neste ano, não estarão livres de um novo aumento da conta de luz ainda no primeiro semestre. Isso porque a estatal está inserida entre as distribuidoras que estão buscando uma revisão tarifária extraordinária, com a motivação de alcançar um alinhamento econômico-financeiro do setor. Machado ressalta que a defasagem financeira implicou às concessionárias brasileiras um prejuízo de aproximadamente R$ 2,5 bilhões.

O dirigente comenta que a empresa apresentará para a Aneel um pleito quanto ao percentual de reajuste almejado, contudo não revelou quando o número será sugerido e qual será o incremento solicitado. O economista, durante as entrevistas concedidas antes da cerimônia de posse, mostrou-se cauteloso e assumiu que está tomando conhecimento da situação da companhia. A solenidade ocorreu no salão da sede do Grupo CEEE, que estava com todos os seus 130 acentos ocupados, além das dezenas de pessoas que ficaram em pé acompanhando o evento. O público era composto, principalmente, de políticos, empresários e funcionários da estatal.

Machado adianta que o foco do trabalho da nova direção será em gestão e eficiência operacional. Entre as metas, estão melhorar a qualidade do serviço e garantir a renovação da concessão da CEEE-D (a companhia de distribuição do grupo), que vence em julho. O presidente diz que será necessário adotar “inovação e criatividade para buscar os recursos e as ações necessárias para romper esse ciclo de dificuldades”. Machado admite que o segmento de distribuição precisa reverter a sua performance operacional, não apenas para cumprir os requisitos do marco regulatório, mas também para atender aos clientes com rapidez.

Quanto a investimentos, o dirigente frisa que o conjunto de obras que conta com recursos de fontes externas, como Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), está sendo executado. “O que vamos procurar fazer é acelerar os cronogramas de execução, porque esses empreendimentos ajudarão a elevar a capacidade de operação”, enfatiza. No que diz respeito a novas iniciativas, Machado informa que serão encaminhadas dentro das condições da empresa e com sustentabilidade suportada pela tarifa. Outro objetivo será reduzir a perda não técnica de energia (causada, entre outros fatores, pelos famosos gatos) na área de distribuição, que atualmente chega a ser da ordem de 18% e o nível regulatório estipulado é de 6%.

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