Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

AGRONEGÓCIOS

- Publicada em 15 de Janeiro de 2015 às 00:00

Marfrig cessa operações em Alegrete


Jornal do Comércio
O Marfrig pretende dispensar, em 4 de fevereiro, mais de 650 empregados que trabalham na planta de Alegrete, segundo o Sindicato da Alimentação da cidade, informado da decisão na terça-feira. Os empregados estão em férias coletivas desde 5 de janeiro (até 3 de fevereiro) e não foram oficialmente comunicados, destaca o presidente da entidade, Marcos Rosse. “Vamos tentar evitar que isso se concretize. Para nós, não faz sentido”, diz.
O Marfrig pretende dispensar, em 4 de fevereiro, mais de 650 empregados que trabalham na planta de Alegrete, segundo o Sindicato da Alimentação da cidade, informado da decisão na terça-feira. Os empregados estão em férias coletivas desde 5 de janeiro (até 3 de fevereiro) e não foram oficialmente comunicados, destaca o presidente da entidade, Marcos Rosse. “Vamos tentar evitar que isso se concretize. Para nós, não faz sentido”, diz.
Prevista desde setembro do ano passado, a interrupção da unidade já teria se concretizado no segundo semestre de 2014 se não fossem as negociações entre o sindicato, a empresa e o poder público, lembra Rosse. E é justamente por conta das discussões que o dirigente critica a decisão anunciada nesta semana. “Todos se empenharam para fazer com que as operações continuassem”, lamenta, reforçando que o sindicato irá buscar junto aos governos federal e estadual quais foram os incentivos e empréstimos concedidos ao grupo. “Se a empresa foi beneficiada, ela tem uma responsabilidade social em manter esses empregos.”
Desde meados do ano passado, o Marfrig estuda mecanismos para melhorar os resultados da fábrica de Alegrete e mesmo reconhecendo o engajamento do governo do Estado, da prefeitura e dos sindicatos, alega, por nota, que “apesar de vários esforços, não conseguimos transformar o modelo do negócio da unidade. A planta permanece deficitária e sem perspectivas de mudança no curto e médio prazo, considerando as atuais variáveis de mercado”.
Mesmo interrompendo as operações da planta, momentaneamente, o Marfrig vai manter o aluguel do espaço, pelo qual, segundo o sindicato, paga mensalmente R$ 100 mil. Fontes internas do Marfrig afirmam que a empresa continuará buscando viabilidade financeira para a unidade, que pode voltar a operar futuramente. É pouco provável, no entanto, que o retorno das operações aconteça antes de setembro deste ano. Para Rosse, a situação revela que a empresa tenta evitar o ingresso de outro concorrente no mercado, embora reconheça que a planta industrial requer um grande volume de abatimentos, acima de 550/dia, para não operar no prejuízo.
O grupo Marfrig, que havia se reunido com o sindicato na terça-feira, solicitou uma nova reunião para hoje. “Eu não confirmei. Pretendo agendar para o início da próxima semana”, alega Rosse. O sindicato vai avaliar junto ao departamento jurídico quais são as ações possíveis para reverter a situação e também recorrerá ao Ministério Público e ao Ministério Público do Trabalho. A procuradora do Trabalho em Uruguaiana Fernanda Arruda Dutra está acompanhando o assunto e só deve agir caso o sindicato dos trabalhadores faça o acionamento. Em 2014, o órgão recebeu denúncia após a ameaça de fechamento da unidade, mas como a empresa recou, não chegou a tomar medidas.
Segundo nota, o Marfrig pretende concentrar as suas operações no Rio Grande do Sul nas plantas de Bagé, São Gabriel e Hulha Negra. De acordo com proposição enviada ao sindicato, a empresa prevê paralisar as atividades no dia 4 de fevereiro, mas informa que abrirá até 150 oportunidades de transferência para a unidade de São Gabriel – os trabalhadores que aceitarem receberão ajuda de custo equivalente a um salário e pagamento das despesas com a mudança, além do custeio de um mês de hotel em São Gabriel. Os demais trabalhadores terão os contratos de trabalho rescindidos e receberão, além das verbas trabalhistas, dois meses de vale alimentação (o valor do benefício é de R$ 150,00 por mês, segundo o sindicato).

Investimentos sugerem maior consolidação do setor de lácteos no Brasil, avalia relatório do Rabobank

Os recentes investimentos e transações das companhias de lácteos no Brasil sugerem uma maior consolidação do setor no futuro, avalia o Rabobank. Em relatório, o banco destaca que a concentração do mercado do leite no País é baixa na comparação com outros países da América Latina.
Enquanto as 10 maiores companhias brasileiras do setor detêm uma participação de 33% no mercado nacional, nos demais países da região esse percentual supera os 60%. A diferença, segundo a instituição, faz do Brasil um mercado estratégico. “Negócios recentes no mercado brasileiro — incluindo a aquisição das operações de lácteos da BRF pela Lactalis, a reestruturação e venda de diversos ativos da LBR, bem como a aquisição de 50% da Itambé pela Vigor — sinalizam um aumento gradual na consolidação”, explica o analista André Padilla. Segundo ele, as pequenas e médias empresas do setor enfrentam dificuldades para aumentar suas margens e competir com grandes companhias, o que deve abrir espaço para que empresas como Lactalis, Nestlé, Vigor e Danone aumentem suas fatias de mercado.
O banco, no entanto, destaca que o aumento de capital (não apenas no Brasil, mas em toda a América Latina) demandará mais garantias do poder público. “Se a região espera um maior investimento global no setor de laticínios, o setor público precisa fazer mais para garantir melhores condições para projetos”, diz Padilla.
Segundo o Rabobank, a América Latina respondeu apenas por 3% das transações do setor de laticínios nos últimos sete anos. O total aplicado pelas principais companhias internacionais contrasta com o crescimento das vendas de leites e derivados na região. Em 2014, as vendas dos países latino-americanos somaram US$ 76 bilhões, ficando atrás apenas dos mercados emergentes da Ásia, que alcançaram US$ 80 bilhões.
Além da expansão do consumo de produtos lácteos em toda a região, o banco espera ainda que a desvalorização cambial ajude a atrair mais recursos para o setor no Brasil. Com um real mais fraco, a expectativa é de que os investimentos em dólar fiquem mais atrativos.

Banrisul prorroga contratos de agricultores com prejuízos

Os produtores com contratos no Banrisul que plantaram culturas de inverno e tiveram prejuízos na safra, podem procurar o banco para solicitar a prorrogação de financiamentos. A informação foi repassada pela diretoria do banco ao secretário da Agricultura,
Ernani Polo, em reunião ontem. 
O Banrisul possui cerca de 3 mil operações para as culturas de inverno, sendo a maioria delas, cerca de 2200, para o trigo, envolvendo Proagro, que contempla 1600 operações e Pronaf, com 1500. A reunião foi realizada com o presidente do Banrisul, Túlio Zamin, o superintendente para negócios rurais, Anderson Rostirolla e Guilherme Cassel, diretor de crédito.
De acordo com o superintendente para Negócios Rurais do Banco, Anderson Rostirolla, o produtor que desejar quitar o débito e que tenha Pronaf pode utilizar o Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (Pgpaf), que lhe garante um desconto de até 25% do que é devido,  através do valor especificado mensalmente pelo governo federal.
Também foi informado que o agricultor que não vendeu seu produto e está com dificuldade de comercialização, pode solicitar parcelamento do saldo devedor do contrato, em aquisições do Pronaf com parcelamento em até três vezes e para o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e demais programas em quatro parcelas.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO