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Negócios Corporativos

- Publicada em 07 de Janeiro de 2015 às 00:00

Criação de empresas no Estado diminui 20%


Jornal do Comércio
O Rio Grande do Sul registrou queda na criação de empresas e aumento de extinções e falências em relação a 2013. A formação de empresas caiu 20%, a extinção aumentou 32% e a falência cresceu 33%, segundo dados da Junta Comercial do Rio Grande do Sul (Jucergs). As movimentações podem ser explicadas pela falta de planejamento ao abrir micro e pequenas empresas no Estado e pela conjuntura econômica adversa, que atinge especialmente as grandes organizações.
O Rio Grande do Sul registrou queda na criação de empresas e aumento de extinções e falências em relação a 2013. A formação de empresas caiu 20%, a extinção aumentou 32% e a falência cresceu 33%, segundo dados da Junta Comercial do Rio Grande do Sul (Jucergs). As movimentações podem ser explicadas pela falta de planejamento ao abrir micro e pequenas empresas no Estado e pela conjuntura econômica adversa, que atinge especialmente as grandes organizações.
Foram 77.656 empresas abertas em 2014, contra 97.374 constituídas no ano anterior. É o menor número de empresas abertas no Estado desde 2011. “O ano passado não existiu. A Jucergs praticamente parou durante a greve de ônibus, as manifestações sociais e a Copa do Mundo”, considera o secretário geral do órgão, José Tadeu Jacoby. Mudanças da metodologia de registro de novas empresas também atrasaram a criação de novos empreendimentos. Para 2015, Jacoby aposta na retomada de crescimento da abertura do número de empresas.
Já os negócios fechados em 2014 totalizaram 31.349, contra 23.687 do ano anterior. “Especialmente as indústrias quebraram em função do ano ruim na economia”, opina Jacoby. Na mesma linha, também houve aumento das falências. No ano passado, 57 empresas faliram no Rio Grande do Sul, e em 2013, 43. Para Jacoby, as falências ainda são consequência da crise econômica de 2011. Desde então, muitas empresas recorreram às recuperações judiciais para suspender ou renegociar dívidas, mas a tentativa de se recuperar através dessa ferramenta não funcionou. “Nos próximos três anos, é possível que haja aumento do número de falências, em função do mau desempenho da economia em 2014”, projeta o secretário geral da Jucergs.
Para a gerente de atendimento individual do Sebrae-RS, Viviane Ferran, os dados de redução da criação de empresas e do aumento de extinções e falências não devem ser encarados como necessariamente ruins. Depois do boom de microempreendedores individuais, esses números poderiam indicar apenas a volta à estabilidade. “Pela facilidade de abertura de empresas individuais, muitas foram criadas no calor da discussão, mas sem o planejamento e o conhecimento de gestão necessários”, aponta.
A empolgação inicial não necessariamente leva ao sucesso do negócio e, entre as principais dificuldades alegadas pelos empreendedores, estão falta de capital de giro, de clientes e de crédito bancário, além da carga tributária elevada. “Mais do que dinheiro e oportunidade, é preciso ter conhecimento de gestão”, explica Viviane.

No Brasil, falências de grandes empresas registram alta de 29,3%

Houve redução de 5,5% dos pedidos de falência no Brasil, especialmente entre as micro e pequenas empresas, segundo um balanço divulgado ontem pela empresa de consultoria Serasa Experian. Foram 1.661 requerimentos efetuados no ano passado, contra 1.758 em 2013. A redução, no entanto não é motivo para comemoração, segundo o economista Luiz Rabi, responsável pelo balanço. “Pedidos de falência têm custo. A redução indica que os credores estão preferindo outras formas de cobrança, mais baratas”, sugere.  
Em compensação, entre as grandes empresas, o número de falências cresceu 29,3%, com 402 requerimentos no ano passado. “O impacto da conjuntura econômica adversa não atinge as micro e pequenas empresas, mas sim as grandes”, explica. Assim, o aumento das falências entre esse grupo de organizações é resultado da estagnação do crescimento, dos juros elevados e da alta do dólar. 
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