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AGRONEGÓCIOS

- Publicada em 24 de Outubro de 2014 às 00:00

Trigo já colhido apresenta baixa qualidade no Rio Grande do Sul


VANESSA ALMEIDA DE MORAES/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
A qualidade do trigo colhido nas lavouras gaúchas tem deixado a desejar, conforme o Informativo Conjuntural da Emater divulgado nesta quinta-feira. Devido ao excesso de chuvas durante o desenvolvimento da cultura, o PH dos grãos não está atingindo, em muitos casos, o patamar necessário para o produto ser classificado como trigo, forçando os agricultores a entregar triguilho. Esta situação tem feito com que cooperativas e cerealistas recusem o produto da atual safra, uma vez que ainda existem estoques de safras anteriores, de melhor qualidade.
A qualidade do trigo colhido nas lavouras gaúchas tem deixado a desejar, conforme o Informativo Conjuntural da Emater divulgado nesta quinta-feira. Devido ao excesso de chuvas durante o desenvolvimento da cultura, o PH dos grãos não está atingindo, em muitos casos, o patamar necessário para o produto ser classificado como trigo, forçando os agricultores a entregar triguilho. Esta situação tem feito com que cooperativas e cerealistas recusem o produto da atual safra, uma vez que ainda existem estoques de safras anteriores, de melhor qualidade.
Outro fato que vem dificultando a comercialização do trigo é que indústrias de ração não têm aceitado o produto devido ao alto teor de micotoxinas, resultante das infestações de doenças fúngicas causadas pelo excesso de umidade. Em praticamente todos os municípios produtores de trigo, os agricultores estão solicitando o Proagro, através das comunicações de perdas. Além da baixa qualidade de grãos, as lavouras de trigo têm apresentado produtividade reduzida. No momento, a colheita atinge 13% do total plantado no Estado, tendo ainda 41% maduros e prontos para colheita.
A mesma situação verificada na cultura trigo também pode ser percebida em outra cultura de inverno, a canola. Na região central, a produtividade das primeiras áreas colhidas está abaixo do esperado inicialmente (1.620 quilos por hectare), em função das condições meteorológicas desfavoráveis, ficando ao redor de 1.000 quilos por hectare.
Nessa região, a cultura da canola vem crescendo de forma significativa, passando dos 3.500 hectares semeados no ano anterior para 6.575 hectares da atual safra. Os principais municípios produtores são Tupanciretã, com 3.800 hectares, Cachoeira do Sul, Júlio de Castilhos, Jari, Capão do Cipó e Pinhal Grande. No momento, a cultura encontra-se com 30% das lavouras em enchimento de grãos, 50% em maturação e 20% já colhidas.
O plantio da safra de feijão segue em atraso se comparado com os anos anteriores, causado, segundo os técnicos, pelas condições meteorológicas adversas à cultura registradas em importantes zonas de produção. Nas lavouras já implantadas, a emergência das sementes e o desenvolvimento inicial são considerados bons, com casos pontuais de prejuízos causados por ventos fortes e pela queda de granizo.
O tempo seco e as temperaturas mais elevadas favoreceram a retomada do plantio do milho, fazendo com que o Estado atingisse 65% da área plantada. A boa umidade, aliada à alta luminosidade deste período, foi benéfica para a evolução da cultura, que apresenta, na maioria dos casos, lavouras com bom desenvolvimento, ainda que algumas áreas tenham sofrido problemas com as geadas ocorridas em setembro e, recentemente, com as chuvas acompanhadas de ventos fortes. Nestas últimas semanas, foram realizados tratos culturais, como aplicação de ureia e controle de plantas invasoras, seja pelo método mecânico ou químico. A partir de agora, o ritmo da semeadura do milho deverá ser mais lento, com os produtores dando preferência à soja.
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