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ELEIÇÕES 2014

- Publicada em 09 de Outubro de 2014 às 00:00

Vereadores derrotados para Assembleia e Câmara analisam resultados


Jornal do Comércio
Dos 36 vereadores que integram a Câmara Municipal de Porto Alegre, 17 tentaram conquistar vagas na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados e um parlamentar concorreu como segundo suplente da candidata ao Senado Simone Leite (PP). Entretanto, somente três se elegeram, o que fez com que o clima no Legislativo municipal depois da eleição de domingo fosse marcado pela reflexão daqueles que não tiveram sucesso no pleito.
Dos 36 vereadores que integram a Câmara Municipal de Porto Alegre, 17 tentaram conquistar vagas na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados e um parlamentar concorreu como segundo suplente da candidata ao Senado Simone Leite (PP). Entretanto, somente três se elegeram, o que fez com que o clima no Legislativo municipal depois da eleição de domingo fosse marcado pela reflexão daqueles que não tiveram sucesso no pleito.
Dos que concorreram a deputado estadual, mas não se elegeram, Kevin Krieger (PP) foi o que fez mais votos: 22.668. O ex-presidente da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) avaliou como positiva sua participação, principalmente o aumento de sua votação na Capital. “Eu saí de pouco mais de 11 mil para quase 18 mil votos somente em Porto Alegre, e no Interior foram cerca de 8 mil. Nós ficamos à frente de algumas lideranças consagradas”, disse Krieger, que confirmou que pretende concorrer novamente.
A vereadora Fernanda Melchionna (P-Sol) também comemorou seus 23.310 mil votos que ajudaram a eleger o colega de bancada na Câmara, o vereador Pedro Ruas. “A votação foi fundamental para eleger a primeira bancada do P-Sol na Assembleia Legislativa, por isso fico muito feliz, principalmente pelo apoio da juventude”, comemorou.  Tarciso Flecha Negra (PSD) também celebrou sua votação e comparou o caso ao futebol. “Eu disputei 13 campeonatos nacionais e ganhei só um”, refletiu o vereador.
Já alguns vereadores ficaram satisfeitos por ajudarem seus respectivos partidos. Airto Ferronato (PSB) disse na tribuna que ele e seu colega Paulinho Motorista (PSB) fizeram, juntos, cerca de 20 mil votos, o que ajudou a bancada federal do PSB, vaga que ambos buscaram. Paulo Brum (PTB) e Alceu Brasinha (PTB) também avaliaram desta forma. “Eu entrei para ajudar o partido e nós conquistamos cinco cadeiras na Assembleia”, disse Paulo Brum.
Outros parlamentares que não obtiveram sucesso nas urnas fizeram críticas ao atual sistema político brasileiro, como a vereadora Sofia Cavedon (PT), que foi a mais votada do PT em Porto Alegre, mas que não se elegeu. Ela tachou de “perverso” o atual modelo de eleições proporcionais. Valter Nagelstein (PMDB) disse que sempre foi contra o voto facultativo, mas agora começa a reavaliar. “Acho que a política está muito vazia de conteúdo”, analisou o peemedebista, que coordenará a campanha do candidato José Ivo Sartori (PMDB) ao Palácio Piratini na Região Metropolitana. Thiago Duarte (PDT) disse estar agradecido pelos votos que recebeu, principalmente na zona Sul da cidade, mas não mostrou entusiasmo ao ser questionado sobre concorrer novamente a deputado estadual.  A vereadora Lourdes Sprenger (PMDB), que atua em defesa dos direitos dos animais e concorreu a deputada federal, também fez algumas críticas. “O que prevaleceu foi a política tradicional, embora se fale muito em nova política”, avaliou a peemedebista, que diz estar honrada por ter passado de 4.402 para 17.234 votos. 
Os vereadores Bernardino Vendruscolo (Pros) e Márcio Bins Ely (PDT) optaram pela autocrítica. Vendruscolo, que usou o slogan “Voto não tem preço, tem consequência”, admite que não conseguiu convencer os eleitores, mas se orgulha de ter seguido à risca sua bandeira, não aceitando doações financeiras de empresas. Márcio Bins Ely avalia que errou em sua estratégia de apostar mais no Interior do que na Capital.
O vereador Claudio Janta (SDD) fez cerca de 45 mil votos para deputado federal. O número não foi suficiente para elegê-lo, entretanto, na hora da apuração, estes votos não estavam sendo contabilizados, pois sua candidatura estava sub judice. Em licença saúde, Janta utilizou as redes sociais para lamentar o fato, que segundo ele fez com que perdesse muitos votos. “É triste quando uma só mentira divulgada mil vezes propagandeada a quatro ventos destrói mil verdades e um sentimento e milhares de sonhos”. Waldir Canal (PRB), que concorreu como segundo suplente da candidata Simone Leite (PP) ao Senado, disse que foi uma eleição diferente, mas que foi possível contribuir para o resultado final. 
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