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CONJUNTURA

- Publicada em 02 de Outubro de 2014 às 00:00

Icatu espera choque de credibilidade de eleito


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Jornal do Comércio
Quem vencer a eleição presidencial terá de promover “um choque de credibilidade”. A atitude foi cobrada pela economista-chefe da Icatu Seguros, Victoria Werneck, palestrante do Tá na Mesa da Federação das Associações Comerciais do Estado (Federasul), ontem em Porto Alegre. Victoria listou problemas da economia brasileira, como baixo crescimento e desestímulo ao investimento privado, e projetou que 2015 será “um ano duro”. A economista destacou que a crise econômica mundial, que ainda freia a atividade na União Europeia, não pode ser usada para justificar a situação no Brasil.
Quem vencer a eleição presidencial terá de promover “um choque de credibilidade”. A atitude foi cobrada pela economista-chefe da Icatu Seguros, Victoria Werneck, palestrante do Tá na Mesa da Federação das Associações Comerciais do Estado (Federasul), ontem em Porto Alegre. Victoria listou problemas da economia brasileira, como baixo crescimento e desestímulo ao investimento privado, e projetou que 2015 será “um ano duro”. A economista destacou que a crise econômica mundial, que ainda freia a atividade na União Europeia, não pode ser usada para justificar a situação no Brasil.
A analista citou que números da economia dos Estados Unidos, que registram elevação de mais de 4% no PIB no segundo trimestre e recuperação do mercado de trabalho, provam que há alteração no estado de humor da atividade. Apesar disso, o banco central norte-americano, o Federal Reserve, não definiu rumo de juros ou mesmo retirada completa de medidas para elevar a liquidez no país. Para a economista-chefe, o vencedor da eleição presidencial terá de desatar o nó, referindo-se aos entraves para a garantia de um crescimento mais vigoroso do Produto Interno Bruto (PIB).
“Vai ter de dar um choque de credibilidade, independentemente de quem ganhar a eleição”, preveniu a especialista, que admitiu pelo menos dois anos para que uma situação mais favorável de indicadores se estabeleça. “A redução de juros não ocorre em pouco tempo”, exemplificou Victoria, que frisou ao abrir sua apresentação que o após “vive uma encruzilhada”. O que reforça a necessidade de tomada de posição, indicou a economista, é o fato de a inflação ter se mantido em quase todo o governo Dilma Rousseff bem próxima ou no limite do teto superior do sistema de metas (6,5% ao ano).
Victoria acredita que a mensagem clara de como será a postura do eleito “já desengavetará projetos de investimento”. Expectativas mais pessimistas sobre o andamento da atividade contagiaram planos de aportes e ampliação de capacidade e mais produção. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam queda dos aportes privados e públicos, que significaram 16% do PIB no segundo trimestre de 2014. A queda foi de 11,2% frente ao mesmo período de 2013. No segundo trimestre do ano passado, o volume de investimento havia ficado 7% acima ao do ano anterior. Usando a regra da comparação sobre o mesmo período anterior, a economista destacou que o País enfrenta quatro trimestres seguidos de recuo de aportes em capacidade produtiva.
A analista da Icatu citou a projeção de alta de 0,7% do PIB em 2014, presente no relatório de inflação do Banco Central, divulgado na segunda-feira passada. Será a menor taxa desde 2009, auge da crise internacional. “Se continuar com crescimento baixinho, teremos problema no emprego, que, por enquanto, está bem”, advertiu a convidada. A situação das contas públicas mereceram recomendações, como menor repasse de recursos do Tesouro Nacional para lastrar a capacidade de empréstimos e investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes). Ela cobriu ações para retomar superávit primário a 3%. “Não imagino fazer isso em sã consciência com cortes em gastos sociais.”
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