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CONSUMO

- Publicada em 16 de Setembro de 2014 às 00:00

Magazine Luiza ampliou vendas durante a Copa


MARCO QUINTANA/JC
Jornal do Comércio
Ao contrário das expectativas, em razão a Copa do Mundo, as vendas do varejo no Brasil caíram 0,7% em junho, a maior queda mensal desde 2012. No mesmo período, a inadimplência em curto prazo (até 90 dias) subiu para 63,3% em julho, com atrasos em 18,9% dos pagamentos, segundo balanço da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgado no mês passado. No Magazine Luiza, a estratégia arriscada de associação direta da marca ao Mundial de futebol garantiu à rede, formada por 744 lojas, em 16 estados brasileiros, um incremento de 27% em julho – o que significa, em um mês de forte retração para os demais agentes do setor, uma progressão próxima do crescimento médio (28%) registrado nos últimos cinco anos.
Ao contrário das expectativas, em razão a Copa do Mundo, as vendas do varejo no Brasil caíram 0,7% em junho, a maior queda mensal desde 2012. No mesmo período, a inadimplência em curto prazo (até 90 dias) subiu para 63,3% em julho, com atrasos em 18,9% dos pagamentos, segundo balanço da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgado no mês passado. No Magazine Luiza, a estratégia arriscada de associação direta da marca ao Mundial de futebol garantiu à rede, formada por 744 lojas, em 16 estados brasileiros, um incremento de 27% em julho – o que significa, em um mês de forte retração para os demais agentes do setor, uma progressão próxima do crescimento médio (28%) registrado nos últimos cinco anos.
Ao longo da última década, uma fusão com o Ponto Frio foi responsável por tirar as Casas Bahia do vermelho. No Estado, a Colombo optou por encolher as operações no restante do País para seguir crescendo e a Manlec confirmou o decreto de falência em agosto deste ano.  Estes e outros dados passam ao largo da continuidade de um processo de expansão iniciado em 1998 - quando a pequena Magazine Luiza, fundada em Franca, no interior paulista, em 1957, ainda faturava R$ 600 milhões.  Quinze anos depois, e com um IPO (abertura de capital) no meio do caminho, a receita anual atingiu a marca de R$ 10 bilhões em 2013. Mas qual é a chave para a “imunidade” que cerca o Magazine Luiza ao longo do tempo?
A diretora executiva, Luiza Helena Trajano, afirma que a resposta é menos complicada do que parece. “Este é o nosso Brasil. Um mercado interno forte e com muitos avanços nos últimos anos. O Brasil não é apenas o que se lê de negativo nos jornais, é um país que ainda tem muitas coisas boas para comemorar. O crescimento negativo fica por conta do PIB, que ainda não chegou ao varejo”, comenta. Segundo ela, o mesmo vale para os níveis de inadimplência de um negócio em que mais de 60% do faturamento depende de operações de crédito ao consumidor. 
A empresária, que esteve em Porto Alegre, na tarde de ontem, a convite do Sindilojas, para participar do congresso que ocorre, até amanhã, em paralelo a 2ª Feira Brasileira do Varejo (Febravar) conquistou uma plateia formada por lojistas no Centro de Eventos do BarraShoppingSul. Na ocasião, a descontraída Luiza quantificou uma parcela de seu otimismo para o futuro.
Sem projetar metas, em razão do período de silêncio que antecede a publicação de balanços trimestrais, a executiva afirma que a previsão de 23 milhões de novas moradias no próximo ano devem manter os níveis de consumo de eletrodomésticos em alta. Aliado a isso, a constatação de que apenas 54% das donas de casa possuem máquina de lavar roupa, somente 7% das famílias têm televisão de plasma e 1% da população dispõe de ar condicionado split dá alguns indícios de segmentos em potencial.   Luiza, que já recusou alguns convites para assumir cargos ministeriais ligados às pequenas empresas, evitou assuntos ligados à política partidária e à macroeconomia.  No entanto, ela se disse favorável à mudanças no regime diferenciado Simples e de uma reforma política-tributária, que, segundo ela, seria o único meio de reduzir uma cesta de 64 impostos e a carga de 27% associada à retenção de ICMS.
Em tom motivacional, na palestra de quase duas horas, a empresária Luiza Helena Trajano destacou o papel das relações com os clientes e a inovação como forma de diferenciação competitiva. Um dos exemplos pôde ser constatado durante o evento realizado na semana passada, com foco específico em uma parcela de 5%, dos 36 milhões de consumidores ativos da rede – o chamado “cliente ouro”.
Sem campanhas publicitárias, apenas com convites distribuídos a um público de cerca de 1,8 milhão de pessoas, que realiza até quatro compras por mês e mantêm 100% dos pagamentos, a promoção especial gerou um incremento-extra de R$ 80 milhões em um único fim de semana. Neste contexto, Luiza destaca o fluxo de caixa como uma das áreas sensíveis do negócio.
“Há pessoas que pensam como pobres, agem como ricos e isso se reflete no fluxo de caixa. Uma empresa pode sobreviver sem lucro, mas sem fluxo de caixa o negócio não dura uma semana”, comenta.
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