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CONSUMO

- Publicada em 14 de Agosto de 2014 às 00:00

Copa puxa a retração de 3,4% nas vendas em junho


MARCOS NAGELSTEIN/JC
Jornal do Comércio
O comércio gaúcho fechou o mês de junho com uma queda real de 3,4% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo o Índice de Vendas do Comércio (IVC). O indicador, calculado pela Fecomércio-RS e Fundação de Economia e Estatística (FEE), a partir de dados fornecidos pela Secretaria da Fazenda (Sefaz), foi influenciado pela realização da Copa do Mundo, que provocou uma diminuição no tempo de abertura de lojas no Estado.
O comércio gaúcho fechou o mês de junho com uma queda real de 3,4% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo o Índice de Vendas do Comércio (IVC). O indicador, calculado pela Fecomércio-RS e Fundação de Economia e Estatística (FEE), a partir de dados fornecidos pela Secretaria da Fazenda (Sefaz), foi influenciado pela realização da Copa do Mundo, que provocou uma diminuição no tempo de abertura de lojas no Estado.
Por isso, em junho, o desempenho negativo foi explicado pelo comportamento das vendas do comércio varejista (IVV), que apresentou, na mesma base de comparação, recuo de 6,1%. Já o comércio atacadista (IVA) permaneceu estável, com leve redução de 0,4% no mesmo período.
A repercussão negativa é extensiva a sete das nove atividades pesquisadas. O destaque positivo ficou por conta dos segmentos de móveis e eletrodomésticos, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos, que apresentaram expansão real no período analisado.
De acordo com a economista-chefe da Fecomércio-RS, Patrícia Palermo, o resultado negativo já era esperado. “Já víamos a economia desacelerando. Há menor geração de empregos, a confiança do consumidor está abalada, a inflação elevada e existe baixa expansão de crédito, seja por restrição ou pelas taxas de juros. Neste contexto, o evento esportivo que, ocorrendo ou não na nossa cidade, leva a uma diminuição sistemática das horas em que as lojas ficam abertas contribui com a desaceleração”, analisa.
No acumulado do ano, o setor de comércio (IVC) apresenta expansão real de 1,5%, estimulado pelo crescimento de 2,8% do comércio atacadista (IVA), já que o comércio varejista (IVV) teve um desempenho mais tímido, de 0,1%, na mesma base de comparação. Em 12 meses, o IVC cresceu 2,8%, mais uma vez influenciado pelo comércio atacadista, com alta de 3,7%, com desempenho positivo de cinco das oito atividades pesquisadas.
O comércio varejista (IVV), ao longo dos últimos 12 meses, teve nova desaceleração, motivada pela queda significativa em junho de 2014. O crédito mais restrito e a inflação ao redor de 6% no período também são fatores que limitaram a expansão do IVV.
No entanto, conforme a economista, a queda foi considerada bastante significativa em todos os setores, mesmo naqueles que ainda se mantem positivos no acumulado do ano. É o caso do comércio de móveis e eletrodomésticos que em maio cresceu 5,8% sobre o mês anterior e, em junho, obteve incremento de apenas 1,4%. 
Em junho, das sete mesorregiões analisadas, seis apresentaram queda das vendas. Apesar dos jogos da Copa em Porto Alegre, a Região Metropolitana não foi a que apresentou a maior variação negativa no período. As quedas mais significativas em comparação com o mesmo período de 2013 foram verificadas nas Mesorregiões Nordeste (-7,1%) e Sudeste (-6,9%) do Estado.
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