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mercado financeiro

- Publicada em 31 de Julho de 2014 às 00:00

Alta dos juros pelo Fed deve puxar quedas em Nova Iorque


Jornal do Comércio
As bolsas dos Estados Unidos devem abrir o pregão desta quinta-feira (31) em baixa, sinalizam os índices futuros. Os eventos da quarta-feira agitada continuam afetando as bolsas em Wall Street na manhã de hoje e investidores voltam a temer alta de juros mais cedo do que se previa em meio a indicadores mais fortes da economia. Além disso, o cenário externo não estimula as compras de ações e resultados corporativos vieram mistos. Às 10h24min (de Brasília), no mercado futuro, o Dow Jones perdia 0,74%, o Nasdaq recuava 0,79% e o S&P 500 tinha baixa de 0,69%.

As bolsas dos Estados Unidos devem abrir o pregão desta quinta-feira (31) em baixa, sinalizam os índices futuros. Os eventos da quarta-feira agitada continuam afetando as bolsas em Wall Street na manhã de hoje e investidores voltam a temer alta de juros mais cedo do que se previa em meio a indicadores mais fortes da economia. Além disso, o cenário externo não estimula as compras de ações e resultados corporativos vieram mistos. Às 10h24min (de Brasília), no mercado futuro, o Dow Jones perdia 0,74%, o Nasdaq recuava 0,79% e o S&P 500 tinha baixa de 0,69%.

O Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) não deu ontem novas pistas de quando os juros vão começar a subir e falou que ainda há fraquezas no mercado de trabalho. Mais cedo, o Produto Interno Bruto (PIB) do país veio mais forte que o esperado no segundo trimestre, crescendo 4%, o que fazem os investidores repensarem suas apostas de quando as taxas podem subir, com alguns esperando que este aumento pode vir mais cedo. "Boa notícia vai virar notícia ruim de novo para o mercado", afirma o banco BMO Capital Markets, ressaltando que números que mostrem melhora da economia podem ser interpretados como sinalizando alta mais rápida nos juros.

Além das dúvidas sobre a economia doméstica, o cenário externo não ajuda. Na Europa, aumentam as preocupações com o Banco Espírito Santo (BES), após a instituição divulgar ontem o maior prejuízo de sua história e as ações chegarem a cair 50%. Além disso, a Argentina não fechou acordo com fundos dos EUA sobre o pagamento de US$ 1,3 bilhão e a Standard & Poor's (S&P) rebaixou o rating do país para "default seletivo".

"As bolsas hoje devem abrir com queda considerável, na medida em que os investidores digerem os eventos de ontem e reavaliam os resultados da reunião do Fed", avalia o avalia o estrategista-chefe da Capitol Securities, Kent Engelke. A falta de surpresas na reunião dos dirigentes do Fed, ao mesmo tempo em que o indicadores vem mostrando a economia melhor, fazem os investidores repensarem suas estratégias, avalia em um relatório a investidores.

Entre os indicadores de hoje, os pedidos de auxílio-desemprego subiram para 302 mil na semana encerrada no último dia 26. O número, porém, veio melhor que o esperado. Os economistas previam que ficassem em 305 mil. Além disso, o dado da semana passada foi revisado para baixo, mais um indício de que o mercado de trabalho segue bom em julho. Amanhã será divulgado o relatório de emprego e aposta dos especialistas é de mais um mês com criação de vagas acima de 200 mil postos.

Ainda no mercado de trabalho, outro indicador mostrou aumento de 49% nas demissões planejadas em julho, segundo dados divulgados hoje pela consultoria Challenger, Gray & Christmas. A piora, porém, foi puxada pela Microsoft, que anunciou a demissão de 18 mil funcionários.

Depois da abertura do mercado, às 10h45min (de Brasília), deve atrair atenção o índice de atividade industrial do ISM Chicago, com leitura final de julho. A equipe de economistas do RBC Capital Markets espera pequena queda, de 62,6 da leitura anterior, para 61,5, mas com o índice ainda bem acima do nível de 50. Números superiores a este patamar, pela metodologia, mostram expansão da atividade. Chicago é conhecida pela indústria de máquinas e da cadeia produtiva do setor automobilístico, setor que tem batido recorde de vendas.

No noticiário corporativo, os balanços trimestrais seguem atraindo atenção. Nesta manhã, a gigante de petróleo ExxonMobil anunciou lucro de US$ 8,78 bilhões no segundo trimestre, um crescimento de 28% ante o mesmo período do ano passado. O número superou as previsões de analistas do setor, mas no pré-mercado, o papel perdia 1,36%. Ainda nos balanços, a bandeira de cartões Mastercard superou as previsões, com lucro de US$ 931 milhões, alta de quase 10%. Já a Kellogg teve queda de 16% no lucro, para US$ 295 milhões, abaixo do esperado.

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