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CONJUNTURA

- Publicada em 29 de Julho de 2014 às 00:00

Analistas reagem com cautela a pacote de medidas anunciado pelo Banco Central


Jornal do Comércio
O pacote de medidas anunciado pelo Banco Central no final da semana passada é visto com cautela pelos economistas. A autoridade financeira liberou, imediatamente, R$ 30 bilhões aos bancos, aumentando a oferta de crédito no intuito de estimular a economia brasileira. O montante, com o passar do tempo, pode se estender a até R$ 45 bilhões. Além disso, o BC permitiu que até 50% do recolhimento compulsório relativo a depósito a prazo seja cumprido com operações de crédito. Os economistas, no entanto, veem a estratégia com certa cautela.
O pacote de medidas anunciado pelo Banco Central no final da semana passada é visto com cautela pelos economistas. A autoridade financeira liberou, imediatamente, R$ 30 bilhões aos bancos, aumentando a oferta de crédito no intuito de estimular a economia brasileira. O montante, com o passar do tempo, pode se estender a até R$ 45 bilhões. Além disso, o BC permitiu que até 50% do recolhimento compulsório relativo a depósito a prazo seja cumprido com operações de crédito. Os economistas, no entanto, veem a estratégia com certa cautela.
A medida deverá ter pouco impacto no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), na avaliação do professor da Faculdade de Ciências Econômicas da Ufrgs Marcelo Portugal. “É um montante pequeno. Ajuda, mas vamos continuar com uma perspectiva de crescimento de 1% ao ano”, afirma. O economista acredita que, com a decisão, a instituição mostra preocupação com a baixa taxa de crescimento do País e não só no combate à inflação.
O diretor executivo de estudos e pesquisas econômicas da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel de Oliveira, analisa que a decisão do BC é oposta à sua postura recente. “Nos últimos tempos, o BC aumentou os juros básicos (Selic) para conter a inflação, encarecendo o crédito. E agora anuncia expansão no crédito. São medidas bastante contraditórias”, destaca.
O economista, entretanto, acredita que a iniciativa terá pouco impacto no desempenho da economia. Até porque, segundo Oliveira, os bancos devem continuar mais moderados no repasse de recursos ao consumidor, evitando se expor à inadimplência.
Por outro lado, o dirigente da Anefac elogia a redução dos compulsórios. “O BC subiu muito os juros compulsórios durante a crise e já se esperava, há mais tempo, que houvesse essa redução”, lembra Oliveira. Entre as outras decisões anunciadas pelo BC estão a ampliação do rol de instituições financeiras (de 58 para 134) que podem deduzir compulsórios para usar os recursos como crédito, a alteração nos critérios para os compulsórios à vista destinados ao Programa de Sustentação de Investimento (PSI) e a ampliação do limite de exposição dos bancos nos empréstimos a pequenas empresas (de R$ 500 mil para R$ 1,6 milhão).
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