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TRABALHO

- Publicada em 15 de Julho de 2014 às 00:00

Metalúrgicas ajuízam dissídio coletivo em Caxias do Sul


Jornal do Comércio
Sem acordo com os trabalhadores, o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs) ingressou no Tribunal Regional do Trabalho com processo de dissídio coletivo contra o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos. O objetivo é buscar uma solução judicial para o impasse a respeito da convenção coletiva 2014.
Sem acordo com os trabalhadores, o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs) ingressou no Tribunal Regional do Trabalho com processo de dissídio coletivo contra o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos. O objetivo é buscar uma solução judicial para o impasse a respeito da convenção coletiva 2014.
O presidente da entidade, Getulio Fonseca, explicou que a decisão se deu em razão do impasse na negociação coletiva com o sindicato dos trabalhadores, que não aceitou a última proposta patronal de reajuste salarial de 6,08% a partir de 1 de junho de 2014 e a manutenção das cláusulas anteriormente acordadas. Acrescentou que a medida também foi tomada em função de atos, considerados ilegais pela entidade, que vêm sendo praticados pelo Sindicato dos Trabalhadores visando a provocar atrasos no início do expediente nas fábricas.
Já Luiz Carlos Ferreira, presidente em exercício do Sindicato dos Metalúrgicos, anunciou que, diante da decisão do Simecs, a entidade pretende negociar os avanços nas cláusulas sociais e o aumento real de salarial por empresa e não mais coletivamente. “O Simecs repete o que fez em fevereiro, quando buscamos melhores condições de trabalho em função do calor: lavou as mãos na busca conjunta de uma solução. Na época, conseguimos avanços em negociações individualizadas. É o que faremos novamente,” anunciou o sindicalista.
Para mobilizar os trabalhadores, a entidade tem realizado assembleias nas portas das fábricas antes do início do expediente. O principal objetivo é explicar a nova situação e conclamar para a assembleia geral marcada para sexta-feira, dia 18, às 10h, na sede da entidade, quando serão definidos os novos rumos da campanha.
Para o presidente do sindicato, a proposta empresarial ofende os trabalhadores, pois só repõe a inflação. A reivindicação é de 13,5% de aumento. Desde o início das negociações, na primeira semana de junho, não houve qualquer avanço, com cada parte mantendo as suas propostas. Ferreira acusa o Simecs de forjar uma crise para desmobilizar e intimidar a categoria. Assegura que as empresas elevaram suas receitas no ano passado e, neste, estão investindo ampliação de fábricas e anúncio de novas. “Quem está em crise, não investe em aumento das operações.”
Já o Simecs sustenta que o setor passa por dificuldades e apresenta números. Até maio, o faturamento da indústria teve declínio de 13,61% sobre igual período do ano passado, e o número de trabalhadores empregados já é inferior ao do final do ano passado. “Fechamos perto de 400 vagas até maio. E a tendência é que as demissões cresçam no segundo semestre,” destaca Fonseca. Em Caxias, a indústria metalúrgica emprega em torno de 51 mil trabalhadores. A data-base da convenção coletiva é 1 de junho e atende aos municípios de Caxias do Sul, Farroupilha, Garibaldi, Flores da Cunha, São Marcos, Nova Pádua e Nova Roma do Sul.
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