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copa 2014

- Publicada em 14 de Julho de 2014 às 00:00

Capacitação gera resultados para empreendimentos na Copa do Mundo


MARIANA FONTOURA/JC
Jornal do Comércio
Mais uma prova de que os resultados aparecem a partir da capacitação foi dada por empreendimentos turísticos e gastronômicos gaúchos durante o período da Copa do Mundo no Brasil. Quem se preparou está comemorando os resultados positivos e vive agora a expectativa de continuar colhendo frutos depois da divulgação durante o Mundial que, para Porto Alegre, se encerrou há 15 dias, e foi finalizado ontem no País.

Mais uma prova de que os resultados aparecem a partir da capacitação foi dada por empreendimentos turísticos e gastronômicos gaúchos durante o período da Copa do Mundo no Brasil. Quem se preparou está comemorando os resultados positivos e vive agora a expectativa de continuar colhendo frutos depois da divulgação durante o Mundial que, para Porto Alegre, se encerrou há 15 dias, e foi finalizado ontem no País.

Desde 2011, o Sebrae trabalhou com empresas interessadas em fazer parte deste circuito da Copa do Mundo, com treinamento e capacitação nas áreas de atendimento aos turistas. Conforme o presidente da entidade, Vitor Koch, o maior ganho das empresas no período foi o da qualificação dos negócios. “Foram trabalhadas questões como a análise do negócio e a sensibilização de que poderia haver um aprimoramento das micro e pequenas empresas para receber estes turistas. Este é o grande ganho. Uma melhoria muito percebível no processo de gestão.”

Participante dos processos de capacitação do Sebrae, o Porto Alegre Hostel, localizado no bairro Floresta, dobrou seu faturamento, de acordo com o proprietário Carlos Augusto Silveira. Ele conta que todos os 16 quartos com 60 leitos do local foram ocupados durante todos os dias que os jogos estiveram na Capital. “Não tivemos nenhuma cama vaga, e o bar lotou todos os dias. Além dos países que vieram jogar em Porto Alegre tivemos hóspedes da Colômbia, Uruguai e Equador”, salienta.

Silveira avalia que a capacitação potencializou o trabalho no hostel, que já tinha a experiência de receber pessoas de outros países e alguns dos colaboradores já falavam outras línguas. “Fizemos várias reuniões e capacitações sobre informações turísticas. Algumas etapas nós pulamos. Não tivemos essa dificuldade com o idioma porque o nosso dia a dia é este”, explica.

Outras regiões também foram beneficiadas pelos processos de capacitação da gestão dos negócios e esperam avançar a partir da experiência da Copa do Mundo. O Brasil Raft Park, em Três Coroas, que faz parte do destino turístico Paradouro Gaúcho, teve uma movimentação acima da média para o período do ano. Segundo o proprietário, Cristian Krummenauer, o maior público aparece no verão e são de clientes da Região Metropolitana de Porto Alegre.

Krummenauer acredita que as visitas de estrangeiros registradas durante a Copa do Mundo vão auxiliar na potencialização do turismo ligado à natureza, especialmente os esportes radicais. “Será uma grande oportunidade para este setor. Nos preparamos para ter acesso a este mercado e atender melhor o cliente.”

A estimativa inicial do Sebrae do Rio Grande do Sul é de que o faturamento das empresas envolvidas em capacitações e rodadas de negócios esteja em torno de R$ 8,5 milhões. Para Koch ainda é cedo para estimar os ganhos financeiros, pois este número pode aumentar. “Tem muito faturamento que ainda não chegou até nós e que deve ser contabilizado nos próximos dias”, prevê.

Mundial mais do que dobra a demanda pelo Real

As casas de câmbio viram um aumento de até 150% nas compras de Real por estrangeiros que vieram ao Brasil curtir a Copa do Mundo. As maiores altas foram em cidades-sede.

O aumento médio de 150% foi observado nas cidades-sede pela Western Union, maior empresa de pagamentos do mundo e que, no início do ano, assumiu as operações do grupo Fitta - que atuava como corretora e casa de câmbio - no País. O aumento superou as expectativas da empresa, de acordo com Luiz Eduardo Citro, diretor de desenvolvimento de negócios da Western Union. “Esperávamos um avanço de 50%, e a média foi de cerca de 150%. As praças que não foram sede de jogos registraram crescimento de 56%”, afirma.

De acordo com o Banco Central (BC), os gastos de estrangeiros no Brasil - que incluem a troca de moedas - foram US$ 531,2 milhões em maio, quase US$ 10 milhões acima do valor visto um ano antes. Em junho, até o dia 18, a cifra estava em US$ 365 milhões, e a expectativa da autoridade é de que o saldo total seja 24% maior em relação ao mês anterior.

Na Confidence, o aumento na demanda por real foi de 85,61% em junho na comparação com o mesmo mês do ano passado. As principais moedas estrangeiras que serviram de base para troca foram: peso mexicano, peso colombiano, peso chileno, peso argentino e dólar. Na Cotação, por sua vez, a alta foi de pelo menos duas vezes o volume de moeda estrangeira comprado antes da Copa, afirma Alexandre Fialho, diretor da empresa.

“O pessoal veio ao Brasil com alguns reais na mão para não chegar sem nada e sofrer com câmbio abusivo. Houve um aumento de 10% a 15% no montante de troca de moeda estrangeira por real em nossas casas de câmbio no último mês”, diz Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.

O tíquete médio transacionado ficou bem próximo nas casas procuradas. Na Western Union, o valor médio foi de R$ 860,00 no mês passado - número que se mantém estável desde fevereiro. Na Cotação, o valor mensal se situa entre US$ 300 e US$ 500. Na Confidence, a média no ano é de cerca de R$ 760,00.

Para atrair esse público, as empresas adotaram estratégias que incluíram a distribuição de folhetos nos locais mais frequentados por turistas, como restaurantes, bares e hotéis.

No caso da Confidence, foi lançado um cartão pré-pago em real com função débito e saque, a exemplo dos que existem quando o turista brasileiro quer viajar ao exterior. O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) cobrado é de 6,38% a cada operação. Nas demais casas de câmbio, a maior procura continuou sendo por espécie, que tem a incidência de 0,38% de IOF por transação.

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