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TECNOLOGIA

- Publicada em 06 de Junho de 2014 às 00:00

Startups querem acelerar negócios com Business One


PATRICIA KNEBEL/ESPECIAL/JC
Jornal do Comércio
Uma quer ser uma referência em marketplace on-line de venda de produtos feitos por artesãos de todo Brasil; a outra assumiu a missão de ajudar a colocar no mercado profissionais para funções mais operacionais, que muitos dos sites de emprego da web ou o próprio Linkedin não se preocupam em ter na sua rede.
Uma quer ser uma referência em marketplace on-line de venda de produtos feitos por artesãos de todo Brasil; a outra assumiu a missão de ajudar a colocar no mercado profissionais para funções mais operacionais, que muitos dos sites de emprego da web ou o próprio Linkedin não se preocupam em ter na sua rede.
A Solidarium e a Emprego Ligado são startups ainda buscando o seu lugar ao sol, mas, sim, já rodam aplicações da SAP. As empresas estão entre as cinco selecionadas dentro de uma iniciativa de parceria entre a SAP e a Endeavor que patrocina a implantação do Business One, solução do player de tecnologia para pequenas e médias. Esse apoio vale por três anos e depois as empresas passarão a pagar uma mensalidade para seguir com o serviço.
Como resultado dessa parceria, há alguns meses os jovens empreendedores estão recebendo mentoria e tecnologia para darem um upgrade nos seus negócios. Na Empresa Ligado, atualmente todos os sistemas rodam em planilhas de Excel ou Google Docs — da folha de pagamento até orçamentos e verbas para controle de custos. “Isso sempre gerou confusão, daí a nossa expectativa de darmos um salto completo a partir da implantação do ERP da SAP”, projeta o CEO da operação, Jacob Rosenbloom. O projeto iniciou há um mês e tem previsão de duração total de três meses.
A Emprego Ligado está há dois anos no mercado. Foi fundada por três jovens que estudaram juntos em Stanford, nos Estados Unidos, e hoje já soma 30 profissionais. A ideia do modelo de negócio veio da percepção de que faltavam ferramentas para ajudar as empresas a contratarem alguns perfis de profissionais. “Hoje já somos o maior fornecedor de mão de obra operacional no Brasil focado em cargos como de vendedor e atendente de call center”, explica Rosenbloom.
Como o foco são as classes C, D e E, a empresa decidiu usar como plataforma tecnológica o SMS para se comunicar com os candidatos, que não precisam pagar nada para concorrer às vagas. A rentabilização vem a partir de pacotes de indicações comercializados para as companhias. Com a implantação do ERP da SAP, ele acredita que a startup conseguirá usar essa tecnologia para obter uma vantagem competitiva. “Esse processo todo já está nos levando a arrumar a casa e depois esperamos conseguir alcançar um outro patamar no uso dos dados que gerado diariamente”, projeta.
O mesmo está acontecendo na Solidário, que começou como uma empresa com lojas em shop-ping centers e, recentemente, migrou totalmente o foco para a internet. Hoje são oito funcionários, mais de 5 mil artesãos cadastrados e 60 mil produtos sendo oferecidos. Esses profissionais precisam apenas se cadastrar no site e, em alguns minutos, já começar a ofertar os seus produtos em uma página própria.
O CEO da empresa, Tiago Dalvi, comenta que o investimento da SAP veio no momento ideal. “Estamos crescendo e percebemos que seria cada vez mais difícil tomar decisões rápidas usando um modelo manual de análise dos dados”, observa. Agora, tudo está integrado, como controles fiscais, tributários e de orçamentos. O sistema entrará no ar na próxima semana.
São cerca de mil pedidos feitos mensalmente — antes das notas fiscais eram preenchidas uma a uma, e hoje isso já acontece automaticamente. Ele relembra o trabalho que deu se preparar para a implementação, na medida em que um projeto como esse exige muita profissionalização da empresa. Foi preciso, por exemplo, ir em busca de todos os cadastrados para pegar dados básicos que precisavam estar no sistema, como CPF. “Foram meses para criar esse standard padrão de grande empresa, mas foi necessário e será fundamental para o futuro da operação”, diz.

Com cloud, SAP mira em vários setores de mercado

Não só focar nas pequenas e médias, mas aumentar as vendas de soluções específicas para as gigantes. A estratégia de se transformar cada vez mais em uma empresa de cloud faz com que a SAP mire a oferta dessa tecnologia nos mais diferentes segmentos de mercado e portes de cliente.
A lógica é a de oferecer um modelo de contratação que simplifique a compra das soluções e a implementação — se um ERP antes levava anos para começar a rodar, isso agora pode ser feito em semanas. A presidente da SAP Brasil, Cristina Palmaka, comenta que, com a nuvem, as empresas de menor porte, que não tem toda infraestrutura de TI que as grandes, podem ter soluções similares apoiando os seus negócios. Já as maiores começam a apostar cada vez mais no modelo híbrido, ou seja, continuam na suíte tradicional SAP, mas passaram a adquirir algumas soluções na nuvem, como de RH o suprimentos. “Apesar do nosso forte comprometimento com a nuvem, não existe a diretriz de, no futuro, vendermos apenas esse tipo de contratação. O que buscamos é oferecer opções para os clientes”, diz a executiva. Ela esteve no Sapphire, que ocorreu essa semana em Orlando (EUA).
A solução de RH é considerada pela SAP o seu carro-chefe na nuvem, especialmente após a compra da Success Factors. A própria companhia possui um case interno de uso dessas ferramentas. A oferta dessa tecnologia para as áreas de suprimentos e de CRM vem logo em seguida. O modelo de cloud oferece uma flexibilidade maior para a oferta de soluções de TI ao mercado, tanto por atender todos os portes de operações.
A subsidiária do Brasil é a terceira maior da SAP, atrás dos Estados Unidos e Alemanha. Para Cristina, isso é importante não por uma simples boa colocação no ranking, mas pelo que representa em termos de possibilidades de investimentos no Brasil. Prova disso foi a recente duplicação do SAP Labs Latin America, em São Leopoldo, e na decisão de instalar um data center no País – projeto sobre o qual a companhia em breve dará mais detalhes.
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