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TECNOLOGIA

- Publicada em 31 de Dezembro de 2013 às 00:00

Marketplaces são a próxima onda do comércio eletrônico no Brasil


VTEX/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
Depois da explosão dos sites de compras coletivas, os market-places já são apontados como a próxima onda do comércio eletrônico brasileiro. Tudo graças a uma grande vantagem apontada pelos especialistas nessa área: toda a cadeia sai beneficiada. 

Depois da explosão dos sites de compras coletivas, os market-places já são apontados como a próxima onda do comércio eletrônico brasileiro. Tudo graças a uma grande vantagem apontada pelos especialistas nessa área: toda a cadeia sai beneficiada. 

A lógica desse modelo de negócios é a de um shopping virtual, no qual um grande varejista ou representante de algum nicho específico de mercado abre espaço para que empresas de menor porte possam oferecer os seus produtos complementares. “É algo ainda embrionário no e-commerce brasileiro, mas, como em outros lugares do mundo, tende a se tornar sólido”, comenta o diretor de vendas e marketing da VTEX, Alexandre Soncini. 

A Amazon e o e-Bay são cases mundiais desse modelo. No Brasil, redes como Extra.com.br, Walmart.com, Magazine Luiza, Saraiva, MercadoLivre e Buscapé passaram a abrir espaço em seus próprios sites para que lojas menores, especializadas em categoria de nicho, vendam produtos. Segundo a e-Bit, as vendas por esse canal movimentaram R$ 6,5 bilhões em 2012, o equivalente a 29% do comércio online tradicional. 

Soncini comenta que esse modelo traz benefícios para todos na cadeia. O consumidor é favorecido por conseguir encontrar produtos de diferentes segmentos dentro de um único local. É como se tivesse uma caixa registradora na saída do 

shopping e não em cada loja. Para os pequenos varejistas, a grande vantagem é visibilidade, pois seus produtos são divulgados para um número muito maior de pessoas. “Isso é estratégico, pois essas empresas geralmente têm dificuldade para investir em marketing, algo fundamental para alavancar as vendas na internet”, relata o analista. 

Já os donos do marketplace se apropriam da base de clientes que possuem para aumentar a taxa de compra orgânica no seu site, estimular a venda dos clientes e aumentar o ticket médio. Tudo resultado do fato de passarem a ter uma variedade maior de produtos para ofertar. “Todos os grandes varejistas tendem a se movimentar para se tornarem marketplace. É uma questão, inclusive, de estar alinhado com o que a concorrência está fazendo”, acrescenta Soncini. A VTEX fornece tecnologia para a criação de lojas de e-commerce e participou do projeto de marketplace do Walmart e do Extra.

GetNinjas aposta em shopping online para contratação de serviços

Não são apenas os grandes varejistas que acreditam nesse modelo de shopping virtual. A GetNinjas, fundada em outubro de 2011, é uma plataforma para contratação de serviços locais como reformas, limpeza, assistência técnica, fotografia e aulas particulares. Atualmente, a empresa recebe cerca de mil pedidos de orçamentos por dia. “Os profissionais se cadastram no nosso site e passamos a ser uma espécie de vitrine, intermediando o contato com os potenciais clientes”, comenta o CEO da operação, Eduardo L’Hotellier. 

É quase como se fosse um classificado online, porém, com o acréscimo da tecnologia. O cliente diz o serviço que deseja, como “pintar meu quarto na semana que vem”, a GetNinjas identifica na sua base os profissionais da região que fazem esse serviço e colocam as duas partes em contato.

Cada demanda é enviada para cerca de cinco profissionais, e a empresa recebe R$ 5,00 de cada fornecedor contatado para enviar a sua proposta. “Eles sabem que tem concorrência, então, se esforçam para oferecer bom preço”, diz, destacando que isso passa a ser ainda mais interessante para os clientes. Atualmente, são mais de 40 mil profissionais na base de atuação em todo Brasil, sendo 1 mil deles no Rio Grande do Sul. L’Hotellier relata que a empresa faz algumas verificações como telefone, pedido e permite avaliações de clientes antigos. “Não temos como garantir que o cliente vai ficar satisfeito, mas fazemos todo trabalho para que tudo dê certo”, diz. 

Ele comenta que o marketplace já tem profissionais que atenderam cem clientes, sempre bem avaliados. Esses, claro, são favorecidos no momento da indicação, pois existe um algoritmo no sistema de tecnologia do site que reconhece que determinado prestador de serviço atendeu a várias pessoas e com nenhuma reclamação. Desde que está no mercado, a GetNinjas recebeu aportes de capital da Otto Capital, Monashees Capital e da Kaszek Ventures. Isso representou um aporte de R$ 7,3 milhões. 

De acordo com o executivo, esses recursos estão sendo usados para financiar a operação, que ainda não atingiu a fase de ser lucrativa. “Nesse momento estamos focados em crescer, não em rentabilizar. Sabemos que o nosso negócio é de longo prazo”, diz, citando como exemplo o MercadoLivre, que demorou anos para ser lucrativo e hoje é referência nessa área. 

Elo7 reúne 120 mil artesãos em todo o País

Com mais de 120 mil artesãos cadastrados no Brasil e mais de 2 milhões de produtos anunciados, o Elo7 quer reforçar a sua atuação em toda América Latina. O site, fundado em 2008, é um marketplace com o objetivo de fomentar o comércio online de produtos artesanais.

São mais de 60 milhões de pageviews e 8 milhões de visitas por mês. “A nossa ideia sempre foi conectar artesãos com compradores. São produtos que as pessoas geralmente vendem em feiras locais e, agora, têm essa oportunidade de expandir para novos compradores”, comenta o CEO da Elo7, Carlos Curioni. Entre os produtos estão enxoval, festas, lembranças, decoração, moda e acessórios feitos de forma artesanal e decoração. 

O profissional paga R$ 29,90 ao Elo7 por ano e, em troca, recebe uma página virtual na qual pode expor seus produtos, como se fosse em uma vitrine. A cada mercadoria vendida, o player recebe uma comissão de 12%. 

Para o gestor, esse modelo é interessante porque a empresa tem uma base pulverizada de vendedores e consegue permitir que artesões de qualquer local possam participar. Atualmente, 140 mil desses profissionais expõem os seus produtos no site, com representação em 3.700 cidades no Brasil. “O marketplace traz a oportunidade de, sem grandes investimentos, as pessoas poderem expor seus produtos. Nós fazemos todo trabalho de divulgação”, explica Curioni.

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