Recentemente homenageado pela Prefeitura de Igrejinha como empresa destaque na categoria empreendimento turístico por ser o maior arrecadador desse setor da economia municipal, o Ecoland segue com metas de continuar gerando empregos diretos e indiretos e contribuindo para o progresso econômico e social local. De acordo com a hoteleira do empreendimento Monique Willers, a região tem buscado se mobilizar. “O Ecoland é um meio de hospedagem que virou referência na cidade e tem impulsionado as visitas a Igrejinha”, afirma a gestora, ressaltando que as ações do poder público no setor de turismo em geral envolvem parcerias com o empreendimento.
“Não há dúvidas de que o complexo assumiu um papel muito importante no turismo, se tornando um dos indutores do setor na cidade”, admite o vice-prefeito de Igrejinha, Dalciso Oliveira. “Nossas rotas identificadas sempre passam por ali.” O gestor ainda chama a atenção para o crescimento do turismo de compras no município, que é corredor para a Serra Gaúcha (está a 35 quilômetros de Gramado). Em outubro, mais de 150 mil visitantes estiveram na cidade durante a Oktoberfest. “Isso mostra a importância que a festa tem para o município e também o quão necessária é uma boa estrutura para receber os turistas”, comenta Oliveira, afirmando que o sucesso do Ecoland é tamanho que a prefeitura pretende investir em um empreendimento semelhante para ampliar a recepção de visitantes.
Fundado há 15 anos pelo empresário Paulo Willers com o objetivo de promover entretenimento por meio da pesca esportiva, o complexo turístico tem 153 hectares e está situado em um vale rodeado por mata nativa. Destinado ao lazer em família e à realização de seminários, palestras e encontros corporativos, conta com 42 apartamentos, seis salas de eventos, restaurante, duas piscinas, quiosques, lagos para pesca, campo de futebol, quadra de vôlei, minizoológico e área coberta para jogos e entretenimento. Também oferece passeios a cavalo, ou charretes, carretas de boi e bicicletas, além de duas trilhas no meio da mata.
“As empresas que fazem reuniões e treinamentos também podem utilizar parte dessa estrutura”, destaca Monique. Segundo a hoteleira, no verão, cresce a demanda por locações para festas de casamentos durante a semana, enquanto, nos finais de semana, a maior parte da hospedagem ocorre com a chegada de famílias em férias. O movimento da temporada quente começou forte neste ano, com ocupação de 80% dos quartos em novembro, um recorde na história do empreendimento (cuja média de ocupação durante o ano é de 50% a 60%). Já no inverno, diversos pacotes promocionais ajudam a manter os hóspedes circulando pelo vale. A estratégia ajuda na constante melhoria do desempenho econômico da empresa, que neste ano deve faturar em torno de R$ 4,5 milhões. “De 2012 para 2011, o crescimento foi de 60%”, detalha Monique.
O perfil dos clientes do Ecoland é de públicos A e B, em geral oriundos de Porto Alegre e Região Metropolitana. Em comparação com a principal cidade da Serra – Gramado –, os preços são mais acessíveis, garante Monique. “Uma diária para casal, com direito a café da manhã e atividades livres (exceto a pescaria) está em torno de R$ 266,00”, exemplifica a hoteleira. Mas os pacotes promovem direito a outros mimos, como música ao vivo, piqueniques, pensão completa e chegada do Papai Noel, no caso deste Natal.
Sustentabilidade é um dos pilares do projeto
O nome, que significa “terra da ecologia” em alemão, faz do Ecoland, em Igrejinha, uma referência de espaço elaborado de acordo com os preceitos da sustentabilidade. “As pessoas buscam enxergar isso no empreendimento”, aponta a hoteleira Monique Willers. Lá, as varandas construídas com madeira de reflorestamento e os detalhes rústicos da madeira de demolição contrastam com o colorido interno. “Nossas construções e nossas ações, por menores que sejam, sempre têm o intuito de preservar e reaproveitar materiais e cuidar do lixo, por exemplo”, diz a gestora.
Separar resíduos orgânicos para utilização de compostagem para virar adubo, destinar óleo de cozinha para indústrias, armazenar água da chuva (via reservatório), aproveitar madeira de demolição, entre outras iniciativas, são rotina no empreendimento. “Os móveis, o estacionamento, o bicicletário, tudo foi feito de reaproveitamento de madeira certificada”, ressalta Monique. Outra curiosidade é que o aquecimento da água do hotel é feito com energia solar.
Para 2014, a ideia é reformar os apartamentos do complexo, transformando-os em suítes com lareira. “Os nossos clientes têm buscado algo diferenciado”, justifica a hoteleira. Segundo ela, o plano para os próximos anos é dobrar o número de quartos, sempre com foco na sustentabilidade.