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Globalização

- Publicada em 04 de Dezembro de 2013 às 00:00

Tony Blair diz que governo é determinante para sucesso de um país


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Jornal do Comércio
O ex-primeiro ministro britânico e atual patrono da Africa Governance Initiative, Tony Blair, disse, em palestra na UniRitter, nesta quarta-feira (4), em Porto Alegre, que o sucesso de um país depende da performance de seu governo. “A qualidade do governo é determinante”, apontou ele, destacando a importância da ausência de corrupção e elencando mais quatro fatores para uma nação deslanchar no mundo globalizado.

O ex-primeiro ministro britânico e atual patrono da Africa Governance Initiative, Tony Blair, disse, em palestra na UniRitter, nesta quarta-feira (4), em Porto Alegre, que o sucesso de um país depende da performance de seu governo. “A qualidade do governo é determinante”, apontou ele, destacando a importância da ausência de corrupção e elencando mais quatro fatores para uma nação deslanchar no mundo globalizado.

Com o tema Globalização: desafios, oportunidades e o papel das lideranças, Blair citou, entre os fatores, a necessidade de um sistema de mercado aberto, educação, definição da posição do país no mundo e conectividade. “O Brasil será um dos players de liderança no mundo. Se você comparar o Brasil de 20 anos atrás com o de agora, há uma mudança muito marcante”, considerou ele, que veio pela primeira vez a Porto Alegre através de uma promoção da UniRitter. A universidade promove eventos com lideranças graças à parceria com a Laureate International Universities. 

O presidente da Laureate Brasil, José Roberto Loureiro, justificou a presença de Blair como um líder que “demonstrou aguçada habilidade de governar seu país em tempos difíceis”. Ao responder a uma pergunta proposta por uma aluna - sobre os malefícios trazidos com a globalização, como danos ao meio ambiente, por exemplo -, Blair ressaltou que esse processo deve ser liderado por pessoas, não apenas por governos. “A globalização pode ter o lado bom e o ruim. É preciso abraçar as coisas boas e eliminar as ruins”, aconselhou.

O ex-primeiro ministro salientou, ainda, que a crise financeira mundial mudou o consenso econômico que havia por volta dos anos 2000, antes do atentado às Torres Gêmeas, em 11 de setembro de 2001. Surgiu, segundo ele, a partir daquele momento, um novo problema de segurança. “É uma época difícil para ser um líder”, pontuou. 

Infraestrutura também foi um tópico considerado de importância por Blair para o desenvolvimento no cenário internacional. “O melhor caminho a seguir é através de parcerias púbico-privadas”, opinou. Além disso, o britânico ressaltou a mudança que deve haver na postura de alguns políticos. “O desafio do governo não é ideologia, é eficiência. As coisas devem ser feitas de forma eficaz. Não se trata de falar como melhorar a sociedade, mas de fazer isso”, sugeriu. 

Para quem tem interesse em seguir a vida pública, o líder aconselhou: “antes, faça algo fora da vida pública”. Para ele, os políticos de hoje estão muito inexperientes em relação a como funcionam os negócios e o mundo em geral. 

Tecnologia e espionagem são abordados pelo ex-primeiro ministro

Espionagem e tecnologia não passaram em branco na palestra de Tony Blair. Ao responder a uma pergunta ao término da fala, ele disse que a espionagem tem dois enfoques: questão da segurança, o que ele acha que pode proteger as pessoas, e a questão de simplesmente controlar o que está acontecendo, à qual ele considera que devam ser aplicadas regras. Blair afirmou, inclusive, não concordar com a maneira como Edward Snowden agiu ao detalhar programas de vigilância confidenciais dos Estados Unidos. 

Ainda sobre tecnologia, Blair brincou que se no tempo em que era estudante o uso das redes sociais fosse tão popular, ele não teria chegado onde chegou. “Cuidem-se”, alertou, sobre o conteúdo das postagens. “Se vocês concorrerem a presidente um dia, poderão usar uma foto sua em uma festa”, advertiu. Veja um vídeo com um trecho da palestra aqui

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