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CELULOSE

- Publicada em 21 de Novembro de 2013 às 00:00

Contratos da CMPC superam R$ 1 bilhão


FREDY VIEIRA/JC
Jornal do Comércio
Os contratos de fornecimento de serviços e equipamentos por empresas gaúchas para a construção do novo complexo da Celulose Riograndense em Guaíba, na Região Metropolitana, romperam a marca de R$ 1 bilhão. A cifra, anunciada ontem pelo diretor-presidente da empresa, Walter Lídio Nunes, mais do que dobrou frente à previsão inicial, que era de R$ 450 milhões. O projeto quadruplicará a produção a partir de 2015, passando das atuais 450 mil toneladas de celulose anuais para 2 milhões, mais de 90% para exportação e com destino á Ásia. O volume de papel, de 60 mil toneladas anuais, será mantido. O investimento total para implantar o complexo remodelado alcançará quase R$ 5 bilhões.
Os contratos de fornecimento de serviços e equipamentos por empresas gaúchas para a construção do novo complexo da Celulose Riograndense em Guaíba, na Região Metropolitana, romperam a marca de R$ 1 bilhão. A cifra, anunciada ontem pelo diretor-presidente da empresa, Walter Lídio Nunes, mais do que dobrou frente à previsão inicial, que era de R$ 450 milhões. O projeto quadruplicará a produção a partir de 2015, passando das atuais 450 mil toneladas de celulose anuais para 2 milhões, mais de 90% para exportação e com destino á Ásia. O volume de papel, de 60 mil toneladas anuais, será mantido. O investimento total para implantar o complexo remodelado alcançará quase R$ 5 bilhões.
Nunes adiantou que o valor será maior devido a operações de logística, como na área que a celulose ocupará no Porto do Rio Grande, mas a conta não foi fechada. O projeto alcançou 10% da execução, com as primeiras montagens de estruturas em andamento e que despontam na grande área do futuro complexo na zona urbana do município. A data de largada da produção foi definida para 3 de maio de 2015. “A data é parte da psicologia de quem está no comando. Se não coloca prazo, não tem liderança”, justificou o executivo, que se manteve no posto mesmo após a aquisição dos ativos pela companhia chilena CMPC, em fim de 2009, após a crise dos chamados derivativos tóxicos, que fulminou em 2008 a Aracruz, que havia se associado à Votorantin (VCP) dando origem à Fibria. 
O êxito no suprimento das necessidades por operações locais, um dos focos da direção da celulose, será badalado em evento no Palácio Piratini na próxima segunda-feira, com o governador Tarso Genro. O novo complexo é apontado como ícone da atual fase de aportes em expansão produtiva da economia gaúcha, posiciona-se como o maior da história recente e acionou mecanismos de parceria com áreas de secretarias do Estado e da prefeitura para preparar desde a mão de obra (com treinamento de beneficiários do programa Bolsa Família) ao reforço de equipamentos públicos, como segurança.
O diretor-presidente afirmou que o resultado na composição de fornecedores, com operadores locais alcançando um quinto da cifra dos aportes, está subsidiando a formulação de “uma padronização de processos”, com um passo a passo de como articular os empreendedores e fornecedores, com foco na atração de empresas com sede local. Em conversas entre a companhia e a Secretaria Estadual de Desenvolvimento e de Promoção ao Investimento (SDPI), foi definida a criação de um modelo a ser replicado em outros projetos. “A exigência era ter competitividade”, vinculou Nunes. O modelo será incluído no programa Desenvolve-RS e tem participação da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e Sinduscon-RS.
O diretor-presidente apontou que o grupo chileno tem interesse em ampliar investimentos, como a instalação de uma nova fábrica, com provável sede no Sul, na zona de influência da base florestal do projeto Losango. A planta estava nos planos da Fibria, que acabou abortando o investimento ao repassar as florestas à CMPC. “A lógica do acionista é de fazer o investimento”, sugeriu o executivo. O presidente do conselho de administração da companhia chilena, Eliodoro Matte, revelou, em entrevista publicada em 12 de agosto pelo Jornal do Comércio, a intenção de construir nova fábrica, diante do potencial do mercado e da produtividade alcançada nesse tipo de negócio no Estado. O problema, segundo Matte e reforçado ontem por Nunes, é a legislação brasileira, que dificulta aquisição de terras por estrangeiros. Para instalar nova unidade, a empresa precisa ampliar a base de florestas em produção, hoje de mais de 100 mil hectares, além de áreas de reserva.
O diretor-presidente da Celulose Riograndense criticou a Advocacia-Geral da União (AGU), que emitiu em 2010 um parecer contrário a mudanças nas regras, alegando grilagem de terras, compra de ativos para lavagem de dinheiro e reserva de páreas para fins de reforma agrária. “O parecer da AGU tem, no mínimo, motivação duvidosa”, reagiu Nunes, que não aposta em mudança na lei, que motiva projeto no Congresso Nacional, até 2014, devido ao calendário eleitoral e da polêmica que este tema gera internamente. Enquanto não consegue definir a aquisição de áreas, a empresa finaliza negociação com a direção do Porto do Rio Grande para ocupar nova área no setor público do terminal, além da operação atual em um depósito para 30 mil toneladas de celulose. A intenção é trocar a área que pertence à companhia em São José do Norte, onde o projeto original do complexo previa a construção de um terminal privado para despachar as exportações de matéria-prima.

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