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desenvolvimento

- Publicada em 01 de Novembro de 2013 às 00:00

Política de APLs deve se firmar em até uma década


Jornal do Comércio
Uma década após ser reconhecida pelo governo federal e passar por altos e baixos ao longo desse período, a política de Arranjos Produtivos Locais (APLs) ainda deve levar de cinco a dez anos para se consolidar no Brasil. A estimativa é do coordenador-geral de Sistemas Produtivos Locais do Ministério do Desenvolvimento, Indústria de Comércio Exterior (MDIC), Ricardo Romeiro. O dirigente esteve ontem em Porto Alegre para participar da Conferência dos APLs do Rio Grande do Sul.
Uma década após ser reconhecida pelo governo federal e passar por altos e baixos ao longo desse período, a política de Arranjos Produtivos Locais (APLs) ainda deve levar de cinco a dez anos para se consolidar no Brasil. A estimativa é do coordenador-geral de Sistemas Produtivos Locais do Ministério do Desenvolvimento, Indústria de Comércio Exterior (MDIC), Ricardo Romeiro. O dirigente esteve ontem em Porto Alegre para participar da Conferência dos APLs do Rio Grande do Sul.
“O problema é que cada estado está em um nível diferente. Há trabalhos muito bons, como o do Rio Grande do Sul, mas há localidades em que os APLs estão abandonados. Os governos estaduais e o federal precisam encarar isso como uma prioridade”, aponta Romeiro. Hoje, existem 1,3 mil aglomerações em todo o Brasil, das quais cerca de 200 estão em um nível de desenvolvimento avançado e a maioria ainda está em um estágio intermediário.
Para que os APLs cumpram o papel de potencializar a vocação econômica de uma região, Romeiro diz que é necessário resolver alguns gargalos, como a falta de investimento em inovação e as carências de governança. O  MDIC deve realizar um censo dos APLs para ter um mapeamento completo dos arranjos no Brasil. Em 2014, deve ser lançado um portfólio com ações voltadas à atividade.
Pioneiro na criação de arranjos ainda no final da década de 1990, o Rio Grande do Sul retomou o foco na política há dois anos. Hoje, o Estado possui 20 APLs. Ao final do evento, os APLs elegeram, em um documento, uma série  de temas que devem ser encarados como prioritários, entre eles linhas de crédito mais acessíveis, incentivos tributários e capacitação de agentes comerciais. O diretor de produção e inovação da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), Sérgio Kapron, ressalta que ainda é necessário haver mais interação entre as empresas inseridas nos arranjos e as universidades e instituições ligadas à pesquisa.
A AGDI quer estimular a integração de diferentes políticas públicas já oferecidas, mas ainda pouco acessadas pelos APLs. “O Estado oferece recursos para governança dos APLs e também para pesquisas nas universidades. Alguns polos conversam com a academia, outros não. Então, em muitos casos, as pesquisas não são aplicadas”, diz. Segundo Kapron, o modelo francês é um exemplo a ser replicado. Na França, os recursos para pesquisas só são liberados a partir do momento em que pesquisadores e empresas achem um denominador comum.
O caso foi abordado na conferência pelo diretor do Vegepolys (polo de competitividade francês para a agricultura) Yves Darricau. Na França, os 300 APLs existentes nos anos 1990 sofreram modificações que culminaram na criação de polos de competitividade. Hoje, são 72 estruturas que incluem empresas de diferentes atividades que tenham afinidade e também companhias que oferecem equipamentos e serviços para eles. “No caso do polo agrícola, estão desde o setor de sementes até o de vinhos e todas as empresas que ofereçam produtos e serviços para essas atividades. Assim, é possível elaborar projetos em conjunto.”
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